Cármen Lúcia homologa delações da Odebrecht: entenda os próximos passos e implicações:melhor jogo bet365

Ministra Cármen Lúcia

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Após serem homologadas pelo STF, delações da Odebrecht serão analisadas pela Procuradoria Geral da República

melhor jogo bet365 A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, homologou hoje as delaçõesmelhor jogo bet365funcionários da Odebrecht, mantendo o sigilo sobre seu conteúdo. A decisão torna oficiais os depoimentosmelhor jogo bet36577 executivos e ex-executivos da empreiteira.

Agora, as centenasmelhor jogo bet365páginasmelhor jogo bet365depoimentos produzidos pela operação Lava Jato serão analisados pela Procuradoria Geral da República (PGR). A partir disso, os procuradores decidirão contra quem serão apresentadas denúncias à Justiça.

Segundo a assessoriamelhor jogo bet365imprensa da PGR, cabe ao Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, analisar essas delações, mas não há um prazo para que isso seja feito.

"O que pode acontecer agora é a aberturamelhor jogo bet365novos inquéritos, a distribuição das informações recebidasmelhor jogo bet365inquéritos já abertos ou, ainda, o encaminhamento a outras instâncias do Ministério Público Federal. No entanto, só teremos esta informação após a análise", informou a PGR por meiomelhor jogo bet365nota à BBC Brasil.

Uma vez feitas as denúncias, caberá ao relator do processo no STF decidir se elas devem ser aceitas ou não. A função cabia ao ministro Teori Zavascki, que morreumelhor jogo bet365uma quedamelhor jogo bet365aviãomelhor jogo bet36519melhor jogo bet365janeiromelhor jogo bet365Paraty, no Estado do Rio.

Pelo regimento interno do STF, no artigo 38, "em casomelhor jogo bet365aposentadoria, renúncia ou morte", o relator é substituído pelo ministro que será nomeado pelo presidente da República paramelhor jogo bet365vaga. Mas,melhor jogo bet365casos urgentes, a presidente do STF poderia passar a relatoria para outro membro da corte, segundo as regras da Casa.

O novo relator terámelhor jogo bet365submetermelhor jogo bet365decisão à apreciação dos integrantes da turma da Corte da qual participa. O ministro Zavascki era membro da segunda turma, junto com os ministros Gilmar Mendes, Celsomelhor jogo bet365Mello, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.

Mas, commelhor jogo bet365morte e a indefiniçãomelhor jogo bet365quem o substituirá no cargo e na relatoria da Lava Jato, não é possível saber no momento a qual turma caberá a apreciação das denúncias que vierem a ser feitas pela PGR.

Expectativa

Marcelo Odebrecht

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Marcelo Odebrecht, ex-presidente da Odebrecht ,está entre os executivos que fizeram delações premiadas

Há uma grande expectativamelhor jogo bet365torno das delações feitas por executivos da Odebrecht. Seu ex-presidente, Marcelo Odebrecht, foi condenadomelhor jogo bet365março do ano passado a 19 anos e 4 mesesmelhor jogo bet365prisão pelo juiz Sérgio Moro pelos crimesmelhor jogo bet365corrupção, lavagemmelhor jogo bet365dinheiro e associação criminosa.

Para o magistrado, as investigações comprovaram que Odebrecht pagou maismelhor jogo bet365R$ 113 milhõesmelhor jogo bet365propinas para quemelhor jogo bet365empresa conquistasse contratos com a Petrobras.

Em nota na época,melhor jogo bet365defesa afirmou que recorreria da decisão "injusta e equivocada, alémmelhor jogo bet365lastreadamelhor jogo bet365provas obtidas ilegalmente".

Ele e outros executivos da empreiteira aceitaram colaborar com a Justiça nas investigaçõesmelhor jogo bet365trocamelhor jogo bet365terem suas punições atenuadas.

Já se sabe que ao menos uma das delações, feita por Claudio Melo Filho, cita maismelhor jogo bet36550 políticos, entre eles o presidente Michel Temer e outros integrantes do primeiro escalão do governo federal.

'Propinas'

Edifício da Odebrecht

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Odebrecht teria pago maismelhor jogo bet365R$ 113 milhõesmelhor jogo bet365propinas para obter contratos com a Petrobras, diz Moro

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Emmelhor jogo bet365delação, o ex-executivo da Odebrecht disse que a relação da empreiteira com políticos envolvia repassesmelhor jogo bet365propinas emelhor jogo bet365doações legaismelhor jogo bet365campanha.

O objetivo, afirmou, era "manter uma relação frequentemelhor jogo bet365concessões financeiras e pedidosmelhor jogo bet365apoio,melhor jogo bet365típica situaçãomelhor jogo bet365privatização indevidamelhor jogo bet365agentes políticosmelhor jogo bet365favormelhor jogo bet365interesses empresariais nem sempre republicanos".

O teor do documento foi vazado e publicado pelo site Buzzfeed e pela revista Veja em dezembro passado. Nele, Temer é mencionado 43 vezes.

Melo Filho disse que mantinha "relação próxima" com o núcleo político do presidente, mas que tratou "poucas vezes diretamente" com Temer sobre repassesmelhor jogo bet365recursos.

Uma dessas ocasiões, teria ocorridomelhor jogo bet365maiomelhor jogo bet3652014,melhor jogo bet365um jantar no Palácio do Jaburu (residência oficial do vice-presidente), quando Temer teria pedido a Marcelo Odebrecht uma contribuição para as campanhas eleitorais do PMDB, e o presidente da empreiteira teria concordadomelhor jogo bet365repassar R$ 10 milhões ao partido.

Em agosto passado, o presidente confirmou ter jantado com Odebrecht, mas ressaltou ter havido um pedido legalmelhor jogo bet365"auxílio financeiro da Odebrecht a campanhas eleitorais do PMDB,melhor jogo bet365absoluto acordo com a legislação eleitoralmelhor jogo bet365vigor".

Em nota, o presidente "repudiou com veemência as falsas acusações" e disse que as doações da Odebrecht ao PMDB foram "todas por transferência bancária e declaradas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral)".

Ministros citados

Presidente Michel Temer

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Temer e outros membros do primeiro escalão do governo foram citadosmelhor jogo bet365delações

Identificado como "Primo"melhor jogo bet365documentos internos da Odebrecht, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PSDB), aparece 45 vezes na delaçãomelhor jogo bet365Melo Filho.

Segundo o ex-executivo, Padilha atua como "verdadeiro prepostomelhor jogo bet365Michel Temer e deixa claro que muitas vezes falamelhor jogo bet365seu nome". Em nota, Padilha negou ter recebido propina da empreiteira.

Também foi citado por Melo Filho o ex-assessor especial do gabinete da Presidência, o advogado José Yunes, que pediu demissão do cargo após vir à público que seu nome estava na delação.

Os nomes do secretário-executivomelhor jogo bet365Parceriasmelhor jogo bet365Investimentos, Moreira Franco (PMDB), do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, e do ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), aparecem nesta emelhor jogo bet365outras delações.

Os três negam terem cometido irregularidades, assim como o ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB), que é apontado por funcionários da Odebrecht como destinatáriomelhor jogo bet365R$ 23 milhões repassados via caixa 2 paramelhor jogo bet365campanha presidencialmelhor jogo bet3652010.

Os ministros Mendonça Filho (Educação, DEM), Raul Jungmann (Defesa, PPS) e Ricardo Barros (Saúde, PP) também aparecemmelhor jogo bet365documentos da Odebrecht apreendidosmelhor jogo bet365fevereiromelhor jogo bet3652016.

Eles estariam entre os maismelhor jogo bet365200 políticosmelhor jogo bet365maismelhor jogo bet36520 partidos que receberam recursos da empreiteira.