'Limpezabetconstruct vbetpele me fez descobrir um câncer':betconstruct vbet

"Acordei e meu nariz estava sangrando muito. Foi quando decidi marcar uma consulta com uma dermatologista", diz.

Por não ter planobetconstruct vbetsaúde, a jovem, que trabalha como autônoma, precisou usar as economias para pagar uma consulta particular. E foi logo na primeira visita ao médico que surgiu a suspeitabetconstruct vbetque aquela ferida no nariz que não cicatrizava poderia ser, na verdade, um câncerbetconstruct vbetpele.

"Quando a médica falou dessa possibilidade, eu já desabei a chorar. Você pensa mil coisas. Como eu era nova e não tinha casosbetconstruct vbetcâncerbetconstruct vbetpele na família, nunca imaginei que isso poderia acontecer comigo. Meu mundo desabou naquele momento", conta a jovem.

O resultado da biópsia confirmou que Daiane estava com carcinoma basocelular, um tipobetconstruct vbetcâncerbetconstruct vbetpele, e precisava fazer uma cirurgia para retirá-lo.

Em janeiro, ela fez o procedimento e parte da pele do rosto foi retirada para remover o tumor. Foram necessários 27 pontos e ela precisou ficar dois meses sem trabalhar. O diagnóstico também fez a jovem trancar o último semestre da faculdadebetconstruct vbetHistória.

"Minha vida mudou completamentebetconstruct vbetum dia para o outro. Não é só o diagnóstico, mas também todas as consequências que ele traz. Alémbetconstruct vbetparalisar a faculdade e o trabalho, também tem a questão da autoestima que se acaba, ainda mais por meu câncer ser no rosto, um lugar muito visível", relata.

Além da marca na pele, Daiane diz que o câncer também fez com que ela fosse diagnosticada com crisebetconstruct vbetansiedade e depressão.

"Minha autoestima acabou. Eu não conseguia me olhar no espelho e evitava sair na rua. Todo mundo me pergunta o que fiz e o porquê da minha cicatriz. Fiquei um bom tempo sem sairbetconstruct vbetcasa por não querer ser vista. Sem contar que as pessoas fazem piadas que me machucam como me chamarbetconstruct vbetgordinha. Elas não têm noção do porquê meu corpo está assim", diz ela, que aponta que os medicamentos a levaram a engordar.

O que é carcinoma basocelular

Segundo o Instituto Nacionalbetconstruct vbetCâncer (Inca), o carcinoma basocelular é o tipo mais comumbetconstruct vbetcâncerbetconstruct vbetpele não melanoma, representando cercabetconstruct vbet80% dos diagnósticos. Ele tem origem nas células basais da epiderme e se apresenta, principalmente, como uma lesão (ferida ou nódulo) com bordos róseos, translúcidos ou perolados, que não cicatriza, podendo ulcerar e sangrar.

"É um câncerbetconstruct vbetpele considerado, entre todos os tumores, o mais benigno, porque dificilmente ele encaminha células tumorais para outros órgãos. Isso só acontece quando o tratamento é bastante demorado e o tumor é agressivo, invadindo a parte óssea, por exemplo. Porém, isso é raro", explica Reinaldo Tovo, coordenador do núcleobetconstruct vbetDermatologia do Hospital Sírio-Libanês.

O principal fatorbetconstruct vbetrisco para o carcinoma basocelular é a exposição direta ao sol. Pessoasbetconstruct vbetpele clara são as mais vulneráveis à doença, que se manifesta normalmente após os 40 anos e aparecebetconstruct vbetáreas do corpo diretamente submetidas à radiação ultravioleta, como face, pescoço, costas e peito, por exemplo. A doença afeta mais os homens do que as mulheres, sendo rarabetconstruct vbetcrianças, adolescentes e pessoas negras.

"O principal fatorbetconstruct vbetrisco é a exposição prolongada ao sol, principalmente na fase da infância e adolescência. O sol é uma questão cumulativa, quanto mais sol você toma ao longo da vida, maiores as chancesbetconstruct vbetter um câncerbetconstruct vbetpele na vida adulta. Quem tem a pele mais clara, aquela pessoa que ao tomar sol fica vermelha e não morena, tem mais chancesbetconstruct vbetdesenvolver um câncerbetconstruct vbetpele também", acrescenta Vanessa D'Andretta Tanaka, dermatologista do Hospitalbetconstruct vbetAmor,betconstruct vbetBarretos.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico geralmente é clínico. O dermatologista avalia a lesão na pele e se houver dúvidas, ele pode fazer uma dermatoscopia, que é a colocaçãobetconstruct vbetuma lente sobre a lesão para análise mais detalhada. Para confirmar o diagnóstico do carcinoma basocelular, é feita uma biópsia.

O tratamento padrão do câncerbetconstruct vbetpele não melanoma é a cirurgia, já que o procedimento permite maior controle das margens do tumor, possibilitando assim, maior garantia da cura. O objetivo da cirurgia é retirar completamente a lesão e o tecido ao redor como margembetconstruct vbetsegurança.

"Esse tipobetconstruct vbetcirurgia costuma ser muito segura, pois a maioria das lesões normalmente ébetconstruct vbetfases iniciais, com baixo riscobetconstruct vbetmetástase", diz Tiago Kenji, diretor técnicobetconstruct vbetDasa Oncologia do Hospital Santa Paula.

Cuidados

Alguns cuidados como boa alimentação, não ingestãobetconstruct vbetbebidas alcoólicas, evitar fumar e, principalmente, evitar uma exposição solar agressiva ajudam a prevenir o câncerbetconstruct vbetpele.

"As pessoas devem usar filtro solarbetconstruct vbettodas as áreas expostas e o filtro deve ser adequado ao tipobetconstruct vbetpele, se for mais jovem ou madura, oleosa ou com tendência a acne", acrescenta Tovo.

Também é importante se proteger usando roupas e acessórios com fotoproteção, como camisetas, bonés e chapéus. Caso a pessoa não tenha condiçõesbetconstruct vbetadquirir essas peças, as roupas e acessórios comuns também ajudam a proteger a pele, desde que façam a cobertura total da área.