K9 e K2: 'Dei dois tragos e pensei que fosse morrer', diz jovem internado pela 2ª vezbetano bonus amigoclínicabetano bonus amigoreabilitação:betano bonus amigo

Mãosbetano bonus amigojovem entrevistado pela BBC News Brasilbetano bonus amigoclínicabetano bonus amigoreabilitação no interiorbetano bonus amigoSão Paulo

Crédito, Felipe Souza/ BBC

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Jovem entrevistado pela BBC foi afastado do emprego para tratar o víciobetano bonus amigoK2 e K9

Na época, ele já tinha experimentado maconha e bebia com certa frequência. Decidiu aceitar a oferta. Ele não sabia, mas estava experimentando K2.

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Film
Release date
Budget
3 Ninjas
August 7, 1992
.5 million
3 Ninjas Kick Back
May 6, 1994
million
3 Ninjas3️⃣ Knuckle Up
April 7, 1995

3 Ninjas: High Noon at Mega Mountain
April 10, 1998

The film is about three young brothers who learn martial arts3️⃣ from their Japanese grandfather. The film was released on August 7, 1992, and was preceded by the Bonkers D. Bobcat3️⃣ cartoon Petal to the Metal in theaters.

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Fim do Matérias recomendadas

"Achei que fosse maconha, mas, quando eu dei dois tragos, pensei que fosse morrer", diz Jonathan, que conversou com a reportagembetano bonus amigouma das salas da clínica onde está internado, no Estadobetano bonus amigoSão Paulo.

"Senti um tremor nos músculos, faltabetano bonus amigoar e tive uma confusão mental muito grande. Achei que não sairia mais do lugar."

Ele diz que,betano bonus amigomeio a essa "sensação ruim, eu senti um poucobetano bonus amigoprazer".

Jonathan diz que, depois disso, continuou a fumar maconha e experimentou cocaína, mas não gostou. Logo, veio a vontadebetano bonus amigofumar K2betano bonus amigonovo.

Hoje, ele reconhece que a vontade logo virou um vício.

Jonathan diz que cada porçãobetano bonus amigoK2, vendidabetano bonus amigocápsulas, custa R$ 5. No auge do vício, ele usava cercabetano bonus amigodez por dia.

Sem dinheiro para sustentar um consumo tão frequente, chegou a furtar dinheiro dos pais.

A primeira internação foi há pouco maisbetano bonus amigoum ano. Depoisbetano bonus amigouma recaída, precisou voltar para a clínica mais uma vez no mês passado.

O que são as drogas K?

Partebetano bonus amigodrogas K apreendida pela políciabetano bonus amigoSP

Crédito, Divulgação/ Denarc

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Em apenas uma operação, políciabetano bonus amigoSP apreendeu 48 kgbetano bonus amigodrogas K

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As drogas K surgiram a partirbetano bonus amigoum experimento para tentar produzir,betano bonus amigomaneira sintética, as substâncias terapêuticas da maconha, explicam especialistas à BBC News Brasil.

O que os cientistas produziram nesse estudo foi, na verdade, uma variação ao menos cem vezes mais potente do que a própria cannabis.

As variedades mais comuns são conhecidas como K2 e K9, mas há outras no mercado.

São drogas extremamente potentes que provocam efeitos colaterais, como agressividade, paranoia, arritmia cardíaca e até a morte.

Carlos Castiglioni, delegado da Divisãobetano bonus amigoInvestigações Sobre Entorpecentes do departamentobetano bonus amigonarcóticos da Polícia Civilbetano bonus amigoSão Paulo, explica que a diferença entre as drogas K está, basicamente, na formabetano bonus amigoconsumo.

"Essa droga é um líquido que, quando borrifadobetano bonus amigofolhasbetano bonus amigoplantas e chásbetano bonus amigogeral, convencionou-se chamarbetano bonus amigoK2", diz.

"Mas, quando ela é colocadabetano bonus amigopapel ou cartolina para ser digerida ou consumidabetano bonus amigomaneira sublingual, convencionamos chamar K9."

Em pouco tempo, essas drogas se tornaram uma importante questãobetano bonus amigosaúde pública no Brasil por contabetano bonus amigoseu alto potencialbetano bonus amigodependência. Segundo Castiglioni, que investiga as substâncias K há cercabetano bonus amigoum ano e meio, elas são encontradas principalmente nas regiões periféricas da Grande São Paulo.

"Os policiais do Rio Grande do Sul disseram que nunca viram por lá. Na Bahia ebetano bonus amigooutros Estados também não há nenhum relatobetano bonus amigoapreensão", diz.

Jonathan conta que comprava drogas K com facilidade, próximo a uma linha férrea na cidade onde ele mora, e que usou tanto K2 quanto K9.

Para ele, a segunda versão é a mais forte delas.

"A K9 afeta o sistema nervoso mais rápido. O uso exagerado da K9 faz você ter uma confusão mental muito rápida", afirma.

Na internet, viralizaram vídeosbetano bonus amigohomens tendo convulsões e paralisias após o uso da droga. São casosbetano bonus amigousobetano bonus amigoK9, diz Jonathan.

"Aqueles piripaques que a gente acaba vendo na rua são mais comuns quando você usa K9."

Ele diz o efeito é quem usa muitas vezes nem se lembra do que pensou ou sentiu no auge do efeito causado pela droga.

"Quando você está tendo esse piripaque, o seu consciente está totalmente desligado", conta.

"As pessoas vão falar que você estava tendo uma convulsão, mas você não vai se lembrar. Essa droga te tira da realidade."

Ele diz que o efeito não costuma durar maisbetano bonus amigodez minutos, o que, ao seu ver, estimula o uso contínuo.

Furtos para manter o vício

Jonathan conta que sempre estudoubetano bonus amigoescola pública e teve uma infância "bem tranquila" financeiramente. Aos 18 anos, começou a usar drogas.

"Queria encontrar na droga uma coragem, uma vontadebetano bonus amigoenfrentar os desafios e, logicamente, não encontrei", diz.

"Ela era só uma ilusão e acabei me afundando cada vez mais."

Ele afirma que, depoisbetano bonus amigocada uso, vinha uma sensaçãobetano bonus amigodepressão e impotência que eram inversamente proporcionais ao bem-estar causado pela droga.

Jonathan lembra que a K2 passou a causar um grande bem-estar a cada trago. Vinha um picobetano bonus amigofelicidade, depois caíabetano bonus amigosono profundo.

"Quando acordava, sentia uma vontade muito grandebetano bonus amigousarbetano bonus amigonovo. Você acorda querendo. E vai correr atrás para saciar esse desejo", conta.

Sem ganhar dinheiro suficiente para bancar o vício, Jonathan admite que chegou a fazer pequenos furtos dentrobetano bonus amigocasa.

"Nunca cheguei a roubar, mas, depois que comecei a usar K2, meus pais passaram a esconder suas carteiras", afirma.

"Porque, se deixasse moscando na mesa, eu pegava. Já cheguei até a pensarbetano bonus amigovender (coisas da casa), mas não vendi."

Jonathan diz que também passou a pedir dinheiro emprestado para pessoas próximas, mas não conseguia pagá-lasbetano bonus amigovolta.

Longe da sociedade

Jonathan diz que não percebeu que já estava viciado e precisavabetano bonus amigoajuda. Foram seus pais que decidiram que ele deveria ser internado compulsoriamente.

"Estavabetano bonus amigocasa, deitado, quando chegaram duas pessoas vestidasbetano bonus amigobranco. Meu pai falou que era para fazer alguns exames que a empresa estava pedindo", lembra.

"Na época, acreditei porque eu não estava conseguindo trabalhar. Quando entrei na ambulância, minha ficha caiu."

Ele passou cinco meses internado e saiu da clínicabetano bonus amigomaio. Pouco tempo depois, teve uma recaída.

"Fiquei limpo duas semanas. Mas já estava na minha cabeça que eu queria usar só mais uma vez", diz.

"Mas é a mesma coisa do cigarro. Não dá para usar só mais uma vez."

Depoisbetano bonus amigoalguns meses, foi obrigado a voltar para a clínica. “Na segunda internação, tentei fugir duas vezes", diz.

"A primeira foi quando eu estava sendo levadobetano bonus amigocasa, mas o cara (enfermeiro) me segurou", diz.

"Quando chegou aqui na clínica, tentei fugirbetano bonus amigonovo. Mas a ambulância foi atrásbetano bonus amigomim e fui trazidobetano bonus amigovolta para cá.”

Hoje, ele diz que a internação à força foi a melhor estratégia parabetano bonus amigorecuperação.

"Não conseguia me suportar. Como o cara que não se suporta vai amar alguém?", diz.

"Se eu não estivesse aqui, provavelmente estaria na rua usando. Eu quero me sentir bem comigo mesmo e sair sozinho. Colocar minha melhor roupa, passar meu melhor perfume, sair sozinho e curtir minha própria companhia."

Desintoxicação e ressocializaçãobetano bonus amigotrês fases

Myriam Albers, usando jaleco branco,betano bonus amigosala onde concedeu entrevista para a BBC

Crédito, Felipe Souza/ BBC

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Psicóloga Myriam Albers explica que tratamentobetano bonus amigodependência química tem três fases e dura cercabetano bonus amigoquatro meses

Myriam Albers, psicóloga e coordenadora terapêutica na Clínica Maia, que tem seis unidadesbetano bonus amigoSão Paulo para tratar pessoas com dependência química, explica que o tratamento para o víciobetano bonus amigodrogas sintéticas é dividobetano bonus amigotrês fases.

A primeira é a adaptação e desintoxicação do usuário. Nesse período, um psicólogo o avalia e inicia um tratamento com medicações.

Também é estimulada a práticabetano bonus amigoatividades físicas e a participaçãobetano bonus amigoaulasbetano bonus amigoarte ebetano bonus amigosessõesbetano bonus amigoterapia que duram por todo o períodobetano bonus amigointernação.

No início do tratamento, explica Albers, pode ser necessária uma quantidadebetano bonus amigomedicação maior para ajudar o paciente com alterações mentais ebetano bonus amigocomportamento, alémbetano bonus amigoajudar com a qualidade do sono.

As doses vão sendo ajustadas ao longo da internação, e a tendência é que sejam diminuídas gradativamente.

Após os sintomas mais importantes da abstinência, como tremores e ansiedade, serem controlados, a segunda fase é dedicada a conscientizar o pacientebetano bonus amigoseu problema e prevenir recaídas.

"Não é simplesmente internar para tirá-lo da vida social familiar. É colocá-lobetano bonus amigoum ambiente protegido e devolvê-lo para a sociedade", diz a psicóloga.

"Se a gente não consegue fazer com que ele ressignifique esse período da vida dele usando a substância, quando ele volta ao habitual, no primeiro desequilíbrio emocional, ele vai retornar à zonabetano bonus amigoconforto, que é o uso da substância."

A clínica visitada pela reportagem tem mesabetano bonus amigobilhar, ping-pong, pebolim e biblioteca para que os pacientes tenham momentosbetano bonus amigolazer.

Há ainda uma área externa com piscina e espaçobetano bonus amigoconvívio com churrasqueira. Tudo para que o paciente consiga lidar com os momentosbetano bonus amigoócio durante a desintoxicação.

Mas não são todos os dependentes químicos que têm condiçõesbetano bonus amigofazer esse tratamento. A mensalidadebetano bonus amigouma clínica como essa custa entre R$ 12 mil a R$ 15 mil por mês.

A maior parte dos pacientes internados na clínica visitada pela reportagem é, no entanto, atendida por convênio médico.

Desta forma, pagam parcialmente o valor da mensalidade, ou o tratamento é coberto integralmente pelo plano.

As visitasbetano bonus amigofamiliares são permitidas após a segunda semanabetano bonus amigointernação.

"A substância que a pessoa usa age diretamente no seu centrobetano bonus amigorecompensa cerebral", explica a psicóloga.

"Não tem como eliminá-la dabetano bonus amigovida, mas você vai tomar consciência do prejuízo dela para retomar a vida normalmente."

Pouco antesbetano bonus amigoreceber alta, o paciente inicia um processo gradativobetano bonus amigoressocialização. Nesse momento, ele é autorizado a sair e passar quatro horas com a família.

"Quando o paciente volta, avaliamos os prós e os contras. A gente trabalha todas as situações que envolveram esse momento", diz.

"Aos poucos, eles ficam um tempo maior até chegar o momentobetano bonus amigoque ele passa um dia fora e, depois, volta para casa."

Jonathan ainda tem quase dois mesesbetano bonus amigotratamento pela frente. Ele diz o que mais quer é terbetano bonus amigoliberdade ebetano bonus amigovida socialbetano bonus amigovolta.

"Quero aproveitar minha companhia e minha família", diz com um olhar perdido para o ladobetano bonus amigofora da sala onde fala com a reportagem.

"Eu tenho um projetobetano bonus amigovirar cabeleireiro. Tem uma garagem na minha casa e meu pai falou que posso usá-la para abrir meu salão. Só quero me tornar uma pessoa feliz sem drogas".

*O nome verdadeiro e a idadebetano bonus amigoJonathan foram omitidos para preservar a identidade dele