Dia das Crianças: como a ideiaf12bet deposito minimoinfância mudou ao longo do tempo:f12bet deposito minimo

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Criançasf12bet deposito minimoescola no Rio,f12bet deposito minimo1958: segundo pesquisadores, instituições do Estado Moderno delimitaram o espaço destinado à infância

Em outras palavras, era como se não valesse a pena investir tanto esforço e afeto às crianças, diante da incertezaf12bet deposito minimosua própria sobrevivência.

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“O conceitof12bet deposito minimoinfância foi atribuído ao historiador Ariès. No entanto, outros pesquisadores, como [o historiador americano] Peter Stearns, emf12bet deposito minimoobra A Infância [de 2006], questionam tal ideia”, afirma à BBC News Brasil a pedagoga Maria Angela Barbato Carneiro, professora na Pontifícia Universidade Católicaf12bet deposito minimoSão Paulo (PUC-SP).

Ela afirma que, se “o conceitof12bet deposito minimoinfância está relacionado ao papel que a criança ocupa na sociedade” e não há registros sobre isso anteriores ao historiador francês, “atribui-se a ele os primeiros estudos sobre ela”.

“Na sociedade medieval […] o sentimento da infância não existia — o que não quer dizer que as crianças fossem negligenciadas, abandonadas ou desprezadas”, diz Ariès, no livro. “O sentimento da infância não significa o mesmo que afeição pelas crianças: corresponde à consciência da particularidade infantil, essa particularidade que distingue essencialmente a criança do adulto, mesmo jovem. Essa consciência não existia.”

Meninof12bet deposito minimobalançof12bet deposito minimopraçaf12bet deposito minimoBotafogo, no Rio,f12bet deposito minimo1966

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Na arte

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“Até por volta do século 12, a arte medieval desconhecia a infância ou não tentava representá-la. É difícil crer que essa ausência se devesse à incompetência ou à faltaf12bet deposito minimohabilidade. É mais provável que não houvesse lugar para a infância nesse mundo”, pontua Ariès.

Ele observa que as crianças eram pintadas com deformações, como se fossem réplicas menoresf12bet deposito minimoadultos. E cita uma ilustração que constaf12bet deposito minimoevangeliário feito por volta do ano 1000, no Sacro-Império Romano Germânico.

“O tema é a cena do Evangelhof12bet deposito minimoque Jesus pede que se deixe vir a ele as criancinhas […]. Ora, o miniaturista agrupouf12bet deposito minimotornof12bet deposito minimoJesus oito verdadeiros homens, sem nenhuma das características da infância: eles foram simplesmente reproduzidos numa escala menor. Apenas seu tamanho os distingue dos adultos.”

Descrevendo outra obra, Ariès lembra que “o pintor não hesitavaf12bet deposito minimodar à nudez das crianças, nos raríssimos casosf12bet deposito minimoque era exposta, a musculatura do adulto: assim, no livrof12bet deposito minimosalmosf12bet deposito minimoSão Luísf12bet deposito minimoLeyde, datado do fim do século 12 ou do início do 13, Ismael, pouco depoisf12bet deposito minimoseu nascimento, tem os músculos abdominais e peitoraisf12bet deposito minimoum homem.”

Ele defende que essa ideia da infância como um período próprio da vida havia se perdido com a romanização do mundo, na Idade Média. E só seria recuperada com o fim dessa fase histórica.

A partir do século 13, ele nota o reaparecimentof12bet deposito minimofiguras infantis, mas ainda ligadas ao religioso — ou seja, não crianças exatamente, mas anjos,f12bet deposito minimoque “os artistas sublinhariam com afetação os traços redondos e graciosos — e um tanto efeminados — dos meninos mal saídos da infância”. “Já estamos longe dos adultosf12bet deposito minimoescala reduzida […]”, comenta.

O historiador notou que a criança só começa a protagonizar retratos já no século 15, mas ainda assim com trajesf12bet deposito minimoadulto.

Em efígies funerárias, a situação encontrada pelo pesquisador foi ainda mais tardia: remonta ao século 16 a presençaf12bet deposito minimoimagens alusivas a crianças mortas. “Ninguém pensavaf12bet deposito minimoconservar o retratof12bet deposito minimouma criança que tivesse sobrevivido e se tornado adulta ou que tivesse morrido pequena”, explica ele. “No primeiro caso, a infância era apenas uma fase sem importância, que não fazia sentido fixar na lembrança; no segundo, o da criança morta, não se considerava que essa coisinha desaparecida tão cedo fosse dignaf12bet deposito minimolembrança: havia tantas crianças, cuja sobrevivência era tão problemática.”

“O sentimentof12bet deposito minimoque se faziam várias crianças para conservar apenas algumas era e durante muito tempo permaneceu muito forte”, afirma. Ele se baseouf12bet deposito minimorelatos que traziam histórias como af12bet deposito minimouma mulher, no século 17, que estava nervosa por dar à luz ao sexto filho e era consolada por uma vizinha que lhe lembrava: “antes que eles te possam causar muitos problemas, tu terás perdido a metade”.

“As pessoas não se podiam apegar muito a algo que era considerado uma perda eventual”, diz Ariès.

Ele conta que muitas famílias optavam, inclusive, por retardarf12bet deposito minimoalguns anos o batismo dos filhos. E isto fazia com que não houvesse a necessidade dos ritos cristãos do enterro. “Consta que durante muito tempo se conservou no País Basco o hábitof12bet deposito minimoenterrarf12bet deposito minimocasa, no jardim, a criança morta sem batismo”, aponta ele. “[…] será que simplesmente as crianças mortas muito cedo eram enterradasf12bet deposito minimoqualquer lugar, como hoje se enterra um animal doméstico, um gato ou um cachorro?”.

Havia então quem ainda entendesse as crianças como um ser marginal, que ainda não haviam se inserido completamente na vida. Por esse entendimento, bastava a criança superar esses primeiros anos, cuja sobrevivência era mais difícil, para logo ser considerada parte do mundo dos adultos.

‘As Meninas’,f12bet deposito minimoVelázquez

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Crianças como miniadultos: quadro ‘As Meninas’,f12bet deposito minimoVelázquez, é um exemplo trazido pela pedagoga Maria Angela Carneiro

Sexualidade

Outro ponto curioso abordado pelo historiador francês diz respeito à sexualidade — ou como esta era tratadaf12bet deposito minimorelação às crianças. Para isso, ele utiliza como fonte o diário do médicof12bet deposito minimoHenrique 4º (1553-1610), rei da França, especialmente as anotações sobre fatos corriqueiros do filho do monarca, o futuro rei Luís 13 (1601-1643).

Quando o menino tinha menosf12bet deposito minimo1 anof12bet deposito minimovida, o médico escreveu: “Ele dá gargalhadas quandof12bet deposito minimoama lhe sacode o pênis com a ponta dos dedos”. E, mais tarde, relata que Luís passa a exibir seu órgão sexual sempre que avista um criado.

“Muito alegre, ele manda que todos lhe beijem o pênis”, relatou o médico, quando o herdeiro tinha 1 anof12bet deposito minimoidade. Alguns meses depois, quando ficou arranjado seu futuro casamento com a infanta da Espanha, ele passaria a colocar a mãof12bet deposito minimoseu pênis sempre que os adultos lhe perguntavam “onde está o benzinho da infanta?”.

A julgar pelos relatos, todas essas brincadeirasf12bet deposito minimocunho sexual eram encaradas com naturalidade, nunca com reprovação. Aos quatro anos, conforme o diário, ele já havia aprendido, na teoria, como ocorria o ato sexual.

Espaço da infância

Crianças brincam no Jardim do Méier, no Rio,f12bet deposito minimofotof12bet deposito minimo1970

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Mas Ariès nota que a partir do século 16 é possível verificar um movimentof12bet deposito minimoinclusão da criança, sem respeitar suas diferenças, ao mundo dos adultos. Primeiro, como um divertimento. O filósofo Montaigne (1533-1592) escreveu, sobre o gosto pelo pitoresco e a graça dos pequeninos, que com eles era possível se divertir “para nosso passatempo, assim como nos divertimos com os macacos”.

“Esse sentimento podia muito bem se acomodar à indiferença com relação à personalidade essencial e definitiva da criança, a alma imortal”, diz Ariès.

O historiador nota que a partir do século 17 a criança começa a protagonizar retratosf12bet deposito minimofamília. Na mesma época, a infância passa a ser entendida como uma fase da vida.

Essa definição vai ficando mais intensa à medida que a sociedade moderna se organiza. As rotinasf12bet deposito minimotrabalho, dentro do contexto industrial, acabam por criar uma divisão mais clara entre o espaço das crianças — ainda muito novas, impossibilitadas ao trabalho — e o espaço dos adultos — no qual, claro, estavam incluídas as crianças um pouco mais velhas, que também trabalhavam.

E a educação escolar começa a tomar a forma como a conhecemos — são nas escolas que as crianças têm seu espaço e, cada vez mais, passam a ser tratadas com o respeito devido à infância.

“Não saberia dizer se o conceitof12bet deposito minimoinfância acompanhou o próprio conceitof12bet deposito minimoensino como entendemos hoje mas,f12bet deposito minimofato, sempre foi um processo que envolveu ensino e aprendizagem”, comenta a professora Carneiro. “A escolarização assume um papel importante a partir da Reforma Protestante, quando surgem as escolas da igreja onde poderiam aprender a ler a Bíblia, porque antes eram privilégio da elite e da igreja.”

Ela lembra, contudo, que as crianças, “de fato tiveram seu lugar” no mundo a partir da Declaração dos Direitos da Criança, documento criado pela Organização nas Nações Unidas (ONU)f12bet deposito minimo1959. “É algo bastante recente e, mesmo assim, pouco respeitado”, diz.

Doutorf12bet deposito minimoeducação, arte e história da cultura e professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie, Ítalo Francisco Curcio concorda com a ideiaf12bet deposito minimoque “o conceitof12bet deposito minimoinfância, como assimilamos hoje”, tenha surgido com a modernidade, “não por coincidência, paralelamente ao novo modelof12bet deposito minimoprodução, surgido com a chamada primeira Revolução Industrial”.

“Até então […], o ser humano era visto e entendido socialmente num modelof12bet deposito minimodois segmentos, o do ‘pré-adulto’, ou criança; e o do adulto”, diz ele, à BBC News Brasil. “Mais precisamos, o segmento antes da capacidadef12bet deposito minimoprocriação e o segmento a partir da capacidadef12bet deposito minimoprocriação”.

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Curcio sintetiza: embora o conceitof12bet deposito minimoinfância existisse,f12bet deposito minimoforma subliminar, desde a origem da humanidade, “somente a partir do fim do século 17 ele é efetivamente assimilado como uma fase do desenvolvimento da pessoa humana”.

“Mais precisamente, a partir do século 18, especialmente no meio cristão, passou-se a ver o ser humano, nos seus primeiros 10 anosf12bet deposito minimovida, como um tempof12bet deposito minimocrescimento não somente físico mas também intelectual, cultural e espiritual”, afirma ele.

A historiadora da educação e psicóloga Maria Cristina Soaresf12bet deposito minimoGouvêa, professora na Universidade Federalf12bet deposito minimoMinas Gerais (UFMG) também situa a era moderna como o marco do surgimento da ideiaf12bet deposito minimoinfância. “Veio mais ou menos com as mudanças advindas do que a gente chamaf12bet deposito minimomodernidade”, diz ela, à BBC News Brasil.

Isto porque a fundação do Estado moderno implicou na “necessidadef12bet deposito minimoconstruçãof12bet deposito minimouma ordem social ligada ao Estado,f12bet deposito minimoque sujeitos não obedecessem mais apenas a disputas entre nobres”. Segundo ela, como era preciso desenvolver indivíduos “capazesf12bet deposito minimocontrolar a si mesmos” dentro dos princípios da “civilidade”, o momento para essa formação passou a ser a infância.

“Na virada do século 16 surge uma sérief12bet deposito minimotratados, manuaisf12bet deposito minimoconduta,f12bet deposito minimoeducação moral, tudo ensinando como educar os filhos ainda no ambiente doméstico. Ao mesmo tempo, se expandem as escolas, ainda restritas às elites”, afirma a psicóloga. “A escola dá nova visibilidade à criança, cuja formação passa a ser entendida como função do Estado.”

É quando gradualmente começa a existir um momento determinadof12bet deposito minimoque a criança “não é produtiva” porque “todo o investimento é voltado paraf12bet deposito minimoescolarização”. “A criança, inicialmentef12bet deposito minimo8 a 12 anos, ganha uma nova função social: a funçãof12bet deposito minimoaluno inserido na escola. Este é o modelof12bet deposito minimoinfância que se constitui com a decadência do modelo da sociedade medieval”, diz ela.

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Legado e controvérsias

Gouvêa lembra que o principal mérito da obraf12bet deposito minimoAriès está no papelf12bet deposito minimofundamentar o conceitof12bet deposito minimoinfância.

“Ele entendia que havia [no passado] uma indiferençaf12bet deposito minimorelação às crianças, um sentimentof12bet deposito minimoindistinção entre infância e idade adulta. E uma certa indiferença afetiva, ligada à alta mortalidade e às condiçõesf12bet deposito minimovida”, comenta ela. “Para ele, as crianças eram tratadas como pequenos adultos.”

Gouvêa acrescenta que “as pesquisas dele foram muito importantes porque ele foi o primeiro a trazer visibilidade para a história e para as ciências sociais acerca da questão da infância”. “A infância até então era entendida como tema restrito à psicologia e à pedagogia ou à pediatria. Ele trouxe a ideia da infância e o sujeito criança para o interior do campo história. Ele historicizou a noção contemporânea que temos da infância.”

Se o pioneirismof12bet deposito minimoAriès é amplamente reconhecido, também não faltam críticas ao seu modof12bet deposito minimoteorizar a questão.

A psicóloga Gouvêa lembra que a pesquisa do francês foi “muito original” na utilizaçãof12bet deposito minimolápides, pinturasf12bet deposito minimoépoca, cartas e tudo o mais que ele foi levantando, “já que a criança não aparecia claramente nos discursos oficiais, então ele foi procurando traços do infantil nas produções culturais”.

Por outro lado, isto limitou seu alcance. “Ao pesquisar pinturas, ele só teve acesso a crianças nobres da Idade Média e não a criança concreta. E essa criança nobre era retratada como um pequeno adulto porque, historiadores da época vão dizer, naquela época a pintura não retratava o sujeito, mas a posição social”, diz a professora. “Era preciso então retratar o herdeiro do trono, por exemplo, daí essa posição do adulto.”

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Outra hipótese aventada por ela éf12bet deposito minimoque, naquele tempof12bet deposito minimoque as telas precisavamf12bet deposito minimouma observação do artista, “a criança não apareceria porque era difícil retratá-las, difícil que ela ficasse parada por horas”.

“E pesquisas posteriores já mostraram que, mesmo com a alta taxaf12bet deposito minimomortalidade, isso não significaria que os pais tratassem os filhos com indiferença. Há cartasf12bet deposito minimoque eles expressavam a tristeza pela perda dos filhos, o vínculo afetivo, etc.”, diz Gouvêa.

Carneiro lembra ainda que a “ausênciaf12bet deposito minimoquaisquer tiposf12bet deposito minimorepresentação referente às crianças” era menos por um entendimento do papel delas e mais “porque elas viviam pouco, morriam cedo”. “Imagine os povos nômades carregando os pequenos”, exemplifica. “A sobrevivência era difícil para os adultos devido às adversidades, imagine para as crianças.”

O historiador Stearns, por exemplo, defende que a parca documentação sobre crianças do passado é decorrente do fatof12bet deposito minimoque as descrições das mesmas dependiam do pontof12bet deposito minimovista dos adultos. “Na minha opinião, a infância sempre existiu, mas não temos dados suficientes para estudá-la melhor nos diferentes contextos e épocas”, completa a professora.

“Se por um lado, foram poucos os dados encontrados sobre as crianças,f12bet deposito minimoalgumas sociedades elas trabalhavam ajudando os adultos e participandof12bet deposito minimoritosf12bet deposito minimoiniciação”, comenta a professora Carneiro.

Ela ressalta, contudo, que o Ariès precisa ser entendido “dentrof12bet deposito minimouma sociedade ocidental europeia” e, deste pontof12bet deposito minimovista, considerando a época analisada, “ele está correto”. “Não podemos falar o mesmof12bet deposito minimosociedades sul-africanas ou indígenas sul-americanos, porque as realidades eram outras”, afirma Carneiro.

A psicóloga Gouvêa acrescenta ainda que é preciso terf12bet deposito minimomente a diferença entre criança e infância. O primeiro termo é carregadof12bet deposito minimouniversalidade: significa sujeitof12bet deposito minimopouca idade. “Já infância é uma construção social que age sobre esses sujeitos. Ou seja: a criança é criadaf12bet deposito minimoacordo com o modelo socialf12bet deposito minimoinfânciaf12bet deposito minimosua sociedade,f12bet deposito minimosua cultura”, contextualiza.

Etimologicamente, a palavra infância vem do latim, da combinaçãof12bet deposito minimoum prefixof12bet deposito minimonegação com um substantivo que significa “falante”. “Infância poderia ser entendia literalmente como ‘alguém sem fala’, ou que não sabe falar. Sem confundir, porém, com o significadof12bet deposito minimomudo. Entende-se por mudo quem não consegue falar, o que é diferentef12bet deposito minimonão saber falar”, define Curcio.