Essequibo: por que Brasil colocou tropas e diplomatasfree online casinoprontidão com disputa entre Venezuela e Guiana :free online casino

Crédito, Reuters
Cartazfree online casinocampanha para o referendo sobre a regiãofree online casinoEssequibo convocada pela Venezuela. Votação será no domingo (3/12)
Analistas ouvidos pela BBC News Brasil apontam que o resultado deverá ser favorável à criação do novo Estado venezuelanofree online casinoterras hoje sob administração da Guiana e a principal dúvida é: até onde o regimefree online casinoMaduro estaria disposto a colocar o planofree online casinoprática?
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Fim do Matérias recomendadas
Em visita à região no finalfree online casinooutubro, o presidente da Guiana, Irfaan Ali, declarou que o país não abriria mãofree online casinoEssequibo.
"Que ninguém cometa um único erro. Essequibo é nosso, cada centímetro quadrado", disse.
Em meio a esse cenáriofree online casinotensão entre dois países sul-americanos, o governo brasileiro mobilizou tropas e diplomatas para evitar uma escalada na crise.
Na quarta-feira (28/11), a poucos dias do referendo, o Ministério da Defesa anunciou que acompanha o caso e que aumentou as ações na região.
"O Ministério da Defesa tem acompanhado a situação. As açõesfree online casinodefesa têm sido intensificadas na região da fronteira ao Norte do país, promovendo maior presença militar", disse a pastafree online casinonota enviada à BBC News Brasil.
Especialistas e duas fontes diplomáticas brasileiras ouvidasfree online casinocaráter reservado dizem que a realização do referendo preocupa o governo brasileiro por colocarfree online casinorisco o que classificam como tradiçãofree online casinoresolução pacíficafree online casinoconflitos territoriais na América do Sul.
Os diplomatas avaliam que a perspectivafree online casinouma iniciativa militar dos venezuelanos sobre o território é vista como remota, mas que o tema deve ser tratado com cautela, especialmente porque a Venezuela realizará eleições presidenciaisfree online casino2024 e o assunto poderia ser usado politicamente por Maduro como plataformafree online casinosua campanha.

Consultas e tropas mobilizadas
Fontes diplomáticas ouvidas pela BBC News Brasil contam que a preocupação do Brasil com o assunto tem alguns meses. No dia 9free online casinonovembro, o presidente brasileiro e da Guiana conversaram por videoconferência e, segundo um diplomata brasileiro, o presidente guianense expressou suas preocupações sobre o referendo a Lula (PT).
Duas semanas depois, no dia 22free online casinonovembro, Lula enviou o assessor-especial para assuntos internacionais, o embaixador Celso Amorim, a Caracas. Ele se reuniu com Nicolás Maduro na capital venezuelana e ambos teriam, segundo as duas fontes, conversado longamente sobre o assunto.
Uma das fontes ouvidas pela BBC News Brasil disse que, ao longo da conversa, Maduro teria tentado tranquilizar Amorim sobre as reais intenções do seu governofree online casinorelação à região. O brasileiro, porfree online casinovez, teria expressadofree online casinopreocupação com o tema e reforçado a posiçãofree online casinoque a disputa seja resolvidafree online casinoforma pacífica.
Dias depois, integrantes dos Ministérios das Relações Exteriores e da Defesa passaram a analisar, conjuntamente, a crise na região.
Foi a partir dessa análise que, na quarta-feira, o Ministério da Defesa divulgou a notafree online casinoque anuncia a intensificação das açõesfree online casinodefesa na fronteira. A regiãofree online casinoEssequibo faz divisa com a fronteira norte do Brasil, especificamente com o Estadofree online casinoRoraima.
De acordo com o jornal Folhafree online casinoS. Paulo, houve o deslocamentofree online casino200 militares e veículos blindados sobre rodas para um pelotãofree online casinofronteira localizado na cidadefree online casinoPacaraima,free online casinoRoraima, no extremo norte do país. Também teria havido o transportefree online casinomunição.
Um dos diplomatas ouvidos pela BBC News Brasil avalia que a crise preocupa o Itamaraty porque um conflito entre os dois países romperia com a tradição pacíficafree online casinodisputas territoriais na região e porque aconteceriafree online casinouma área extremamente próxima ao Brasil.
Estima-se que 300 mil pessoas vivamfree online casinoEssequibo e um conflito poderia ter impactos econômicos e sociais nas áreas brasileiras próximas.
Havia a previsãofree online casinoque Lula e o presidente guianense se encontrassemfree online casinoDubai, nos Emirados Árabes Unidos, durante a passagemfree online casinoambos pelo país para a cúpula do ONU sobre o clima (COP 28), mas a reunião bilateral acabou não ocorrendo.
Um elemento que também causa preocupação junto ao governo brasileiro é a incerteza sobre o processo decisório dentro do governo Maduro.
Em novembro, segundo o jornal Folhafree online casinoS. Paulo, emissários do governo Venezuelano disseram que, a depender do resultado do referendo, o governofree online casinoCaracas poderia "ser forçado pelo povo" a agir.
As declarações teriam sido dadas durante um encontrofree online casinoministros da Defesa efree online casinoRelações Exteriores da América do Sul,free online casinoBrasília.
Logo após a decisão da Corte Internacionalfree online casinoJustiça sobre a disputa, Maduro foi às redes sociais dizer que não reconhece a instância como instrumento para resolver a disputa com a Guiana e voltou a convocar a população a participar do plebiscito.
"Não podem minar o direito da comunidade venezuelanafree online casinose expressar através do voto", disse Maduro.
O temor entre parte da diplomacia brasileira é que Maduro explore a disputa sobre Essequibofree online casinoforma política para tentar mobilizar mais votos nas eleições do ano que vem.
Essa possibilidade também é cogitada pelo professorfree online casinoRelações Internacionais da Universidade Federalfree online casinoMinas Gerais (UFMG) Lucas Carlos Lima.
"Sem dúvida a decisão do referendo e o discursofree online casinorecuperaçãofree online casinoum território supostamente perdido por uma ilegalidade é algo que move o espírito nacional e pode ser um argumento nas eleições. Sabemos que apelos ao nacionalismo podem ser fatores extremamente decisivos numa eleição. Isso pode também servirfree online casinoteste da popularidade do atual governo", disse à BBC News Brasil.
Em outubro deste ano, o governo e a oposição da Venezuela assinaram um acordo prevendo regras para as eleições presidenciaisfree online casino2024 que incluem a atuaçãofree online casinomissõesfree online casinoobservação da Organização das Nações Unidas e da União Europeia.

Crédito, Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, defendeu a realização do referendo apesar da oposição feita pela Guiana
Conflito na vizinhança?
Especialistasfree online casinoRelações Internacionais ouvidos pela BBC News Brasil se dividem quanto à possibilidadefree online casinoque a crisefree online casinotornofree online casinoEssequibo possa resultarfree online casinoum conflito armado.
"Acredito que o custo políticofree online casinouma ação militar da Venezuela é muito alto. Ao fazê-lo, a Venezuela estaria violando o Direito Internacional e poderia gerar diferentes reações tanto da comunidade internacional quanto dos países da região", disse o professor Lucas Carlos Lima. "Acredito que o custo é muito alto para ser factível", complementou.
Já para o professor aposentadofree online casinoRelações Internacionais da Universidade Federalfree online casinoSanta Maria e ex-representante da Organização dos Estados Americanos (OEA) no Haiti, Ricardo Seitenfus, o referendo colocaria Maduro sob pressão, o que poderia levá-lo a escalar a crise.
Ele chama o referendo convocado pela Venezuelafree online casino"consulta" por considerá-lo "ilegal" do pontofree online casinovista do Direito Internacional uma vez que o território sobre o qual ele se destina não pertenceria, atualmente, à Venezuela.
"Maduro terá um problema pós-consulta: o que fazer com uma vitória que se anuncia acachapante? Desconhecer o resultado é impossível. Ele pode aumentar a pressão na fronteira? Sim. Invadir, no que seria um passeio militar? É provável. Esse day-after (dia seguinte) está carregadofree online casinoperigos, pois os Estados Unidos, o Reino Unido, a Colômbia e o Brasil reagirão", disse Seitenfus à BBC News Brasil.
Seitenfus comparou Maduro ao ditador argentino Leopoldo Galtieri que,free online casino1982, determinou a ocupação das Ilhas Malvinas e foi derrotado militarmente por tropas inglesas. A derrota é vista como um dos elementos que antecipou o fim da ditadura militar na argentina que durou entre 1976 e 1983.
"Caso não se contenha, Maduro será o futuro Leopoldo Galtieri", disse.
O que é o Essequibo?
Essequibo é como ficou conhecida uma áreafree online casinoaproximadamente 159 mil quilômetros quadrados (equivalente a pouco mais que o Estado do Ceará) situada entre a Venezuela e a Guiana.
A região é ricafree online casinominerais como ouro, cobre, diamante e, recentemente, lá também foram descobertos enormes depósitosfree online casinopetróleo e outros hidrocarbonetos.
O referendo que ser realizado neste domingo remonta uma disputa iniciada ainda no século 19 durante o processofree online casinoindependência das ex-colônias espanholas. Em 1811, a Venezuela tornou-se independente e a regiãofree online casinoEssequibo passou a fazer parte do país.
Três anos depois, porém, o Reino Unido comprou a então Guiana Inglesa por meiofree online casinoum tratado com os Países Baixos. O tratadofree online casinocompra, no entanto, não definiu com precisão qual seria a linhafree online casinofronteira do país com a Venezuela.
Em 1840, o Reino Unido nomeou o explorador Robert Shomburgk para definir essa fronteira e uma linha, chamada Linha Schomburgk, foi inaugurada.
Com ela, a então Guiana Inglesa passou a ter 80 mil quilômetros quadrados adicionaisfree online casinorelação ao território inicialmente adquirido dos Países Baixos.
Em 1841, começou oficialmente a disputa pelo território com denúncias sobre uma incursão indevida do Reino Unido no território.
Nas décadas seguintes, a controvérsiafree online casinotornofree online casinoEssequibo passou a fazer parte da disputa por influência na América do Sul entre os Estados Unidos, uma potência entãofree online casinoascensão, e o então poderoso Império Britânico.
Os norte-americanos expandiram seus interesses pela região e usavam como argumento a chamada Doutrina Monroe ,cujo slogan era "América para americanos". A postura representava, na prática, uma tentativafree online casinolimitar a influência das potências europeias sobre o continente.
Em 1886, uma nova versão da Linha Schomburgk foi traçada, incorporando uma nova porçãofree online casinoterritório à Guiana Inglesa.
Nove anos depois,free online casino1895, os Estados Unidos, então aliados da Venezuela, denunciaram a definição da fronteira e recomendaram que o caso fosse definido por meiofree online casinouma arbitragem internacional.
Três anos mais tarde,free online casino1899, foi emitida a Sentença Arbitralfree online casinoParis, que decidiufree online casinoforma favorável ao Reino Unido.
Meio século depois,free online casino1949, porém, veio a público um memorandofree online casinoum advogado norte-americano que atuou na defesa da Venezuela no processofree online casinoarbitragemfree online casinoParis.
O documento denunciava uma suposta imparcialidade dos juízes do caso. A divulgação desse memorando efree online casinooutros documentos do processo passaram a ser usados pela Venezuela para pedir que a Sentençafree online casinoParis fosse considerada "nula e sem efeito".
Em 1966, porém, o país e o Reino Unido firmaram o Acordofree online casinoGenebra, que reconheceu a reivindicação venezuelana e se comprometeu a buscar soluções para resolver a disputa.
Mais recentemente, a Guiana solicitou que a Corte Internacionalfree online casinoJustiça, sediadafree online casinoHaia, na Holanda, arbitre a disputa, mas o governo venezuelano vem, reiteradamente, negando a legitimidade da instituição para decidir o futurofree online casinoEssequibo.

Reinício da disputa
Apesarfree online casinoa disputa territorial entre os dois países ter maisfree online casinoum séculofree online casinoexistência, as tensões passaram a se intensificar a partirfree online casino2015, quando a petroleira norte-americana ExxonMobil anunciou ter encontrado enormes depósitosfree online casinopetróleo na costa da área disputada.
Até o momento, a multinacional americana ExxonMobil e os seus parceiros fizeram 46 descobertas que elevaram as reservasfree online casinopetróleo da Guiana para cercafree online casino11 bilhõesfree online casinobarris, representando cercafree online casino0,6% do total mundial.
As descobertas, consideradas surpreendentes, tornaram a Guiana, um paísfree online casino800 mil habitantes, numa das economias que mais crescem no mundo. O produto interno bruto (PIB) do país deverá crescer 25% este ano. Em 2022, o aumento no PIB foifree online casino57,8%.
A exploraçãofree online casinopetróleo na costafree online casinoEssequibo é um dos pontos mais criticados pelo regime venezuelano nos últimos anos.
O governo questiona, por exemplo, a emissãofree online casinolicençasfree online casinoexploração para multinacionais que atuam na costa da regiãofree online casinodisputa.
"A Guiana não é uma vítima, não tem títulos sobre o territóriofree online casinodisputa, é uma ocupantefree online casinofato e tem violentado reiteradamente o acordofree online casinoGenebra e a legalidade internacional, outorgando unilateralmente concessões no território terrestre efree online casinoáguasfree online casinodelimitação pendente", disse o governo venezuelano.
A equipe jurídica da Guiana, que denunciou o referendo perante o tribunal internacional, descreve-o como uma "ameaça existencial" que procura preparar o caminho para a anexaçãofree online casinoEssequibo pela Venezuela.

Crédito, Reuters
A costa da regiãofree online casinoEssequibo contém vastas reservasfree online casinopetróleo
O papel do Brasil
Os diplomatas ouvidos pela BBC News Brasil avaliam que o país vem enviando mensagens claras ao governo venezuelano sobre a inviabilidadefree online casinouma escalada na crise com a Guiana.
Uma demonstração disso, segundo eles, seria a manifestação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, durante a reuniãofree online casinoque enviados da Venezuela teriam elevado o tom sobre o referendo,free online casinoBrasília.
"O nosso compromisso comum com a integração da América do Sul é reiterarmos — cada umfree online casinonossos doze países — o nosso compromisso com a solução pacífica das controvérsias", disse o chanceler na ocasião.
Para Lucas Carlos Lima, da UFMG, o Brasil tem tentado evitar um aumento nas tensões na região.
"O Brasil também tem uma partefree online casinosuas fronteiras com a Guiana determinada por arbitragem e acredito que não deseja que esse tipofree online casinoassentamento pacífico se transformefree online casinocontestações. Os bastidores diplomáticos sugerem que o Brasil está interessadofree online casinorestabelecer relações estáveis com a Venezuela e, para isso, está voltado a não escalar o conflito", disse o professor.
Já o professor Ricardo Seitenfus avalia que o país deveria ser mais contundentefree online casinosuas manifestações sobre o referendo venezuelano.
"O Brasl não pode ser conivente com nada que venha a abalar o princípio da paz sul-americana [...] O Brasil precisa se manifestarfree online casinoforma contundente a respeito desse referendo e deixar claro que essa consulta é nula, pois só quem pode decidir sobre o destinofree online casinoEssequibo é a populaçãofree online casinoEssequibo e não o povo da Venezuela", conclui o professor.







