A física por trás dos passos dos dançarinosplataforma arbetybreak que desafiam a gravidade:plataforma arbety

O DJ começa a tocar músicas, e os atletas começam a girar, rodopiar e aparentemente desafiar a gravidade, observando-se respeitosamente e se revezando para mostrar suas habilidades.

Os atletas conversam por meioplataforma arbetyseus movimentos, falando por meioplataforma arbetyuma dança que celebra o atletismo e a criatividade.

Embora os atletas provavelmente não estejam pensando conscientemente sobre a física por trásplataforma arbetyseus movimentos, essas danças complexas e hipnotizantes demonstram uma variedadeplataforma arbetyprincípios científicos diferentes.

O breaking, também conhecido como break dance, teve origem no final dos anos 1970 no bairro do Bronx,plataforma arbetyNova York.

Estreando como um esporte olímpico na Olimpíadaplataforma arbetyVerãoplataforma arbety2024, dançarinosplataforma arbetybreaking mostrarão seus movimentos dinâmicosplataforma arbetyum palco global.

Desde seu início, o breaking evoluiu para uma formaplataforma arbetyarte competitiva.

Um MC narra os movimentos, enquanto um DJ mistura músicas para criar uma atmosfera dinâmica.

Os Jogos Olímpicos apresentarão dois eventos: um para homens, chamadosplataforma arbetyb-boys, e um para mulheres, chamadasplataforma arbetyb-girls. Nesses eventos, os atletas se enfrentarãoplataforma arbetybatalhasplataforma arbetydança.

Os atletas ganham pontos por criatividade, personalidade, técnica, variedade, performatividade e musicalidade.

O sucesso neste esporte requer a combinaçãoplataforma arbetymovimentosplataforma arbetydançaplataforma arbetytrês categorias básicas: top rock, down rock e freeze.

(Saiba mais sobre breaking neste artigo interativo da BBC News Brasil.)

É uma formaplataforma arbetydança extremamente exigente fisicamente, demandando explosões rápidas poderosas e atividade cardiovascular.

Movimentosplataforma arbetypé

Os movimentos do top rock são realizadosplataforma arbetypé, com focoplataforma arbetymovimentosplataforma arbetypés e mãos sofisticados. Esses movimentos lembram a dança hip-hop.

Esses movimentos dependemplataforma arbetymuito atrito – a força que resiste quando você desliza algo sobre uma superfície – entre os sapatosplataforma arbetyum atleta e o chão.

Esse atrito permite que o atleta dê passos muito rápidos e pare abruptamente.

Os dançarinos devem entender intuitivamente a inércia, ou o fatoplataforma arbetyque seus corpos continuarão na direçãoplataforma arbetyque estão se movendo, a menos que sejam afetados por uma força externa.

Para parar abruptamente, os atletas precisam envolver seus músculos, fazendo com que seus sapatos agarrem o chão para impedi-losplataforma arbetycontinuar para frente.

Movimentos no chão

Os movimentos do down rock são realizados no chão. Os atletas podem girarplataforma arbetycírculos com a cabeça, costas, cotovelos ou ombros tocando o chão e com os pés no ar.

B-boys e b-girls dependem muitoplataforma arbetyum conhecimento internoplataforma arbetyfísica para completar esses movimentos.

Considere a físicaplataforma arbetyum backspin. Um backspin ocorre quando o atleta estáplataforma arbetycostas com os pés levantados no ar, girandoplataforma arbetytornoplataforma arbetyuma área específica das costas.

Sentado no chão, o pé esquerdo do atleta permaneceplataforma arbetycontato com o chão enquanto ele abre bem a perna direita, ganhando momento linear enquanto ele joga a perna direitaplataforma arbetydireção ao pé esquerdoplataforma arbetyum arco amplo.

Então, ele libera a perna esquerda do contato com o chão e rolaplataforma arbetycostas.

Agora que apenas as costas estãoplataforma arbetycontato com o chão, o momento linear da perna se transformaplataforma arbetymomento angular, que gira o atletaplataforma arbetytornoplataforma arbetyum eixo que se estende para cima do pontoplataforma arbetycontato das costas com o chão.

Esse movimento se torna mágico quando ele traz as pernas e os braços para dentro,plataforma arbetydireção ao eixoplataforma arbetyrotação. Esse princípio é chamadoplataforma arbety"conservação do momento angular".

Quando um atleta aproximaplataforma arbetymassa do eixoplataforma arbetyrotação, as rotações do atleta aceleram.

Estender as pernas e os braços mais uma vez e afastarplataforma arbetymassa do eixoplataforma arbetyrotação fará com que o competidor diminuaplataforma arbetyvelocidadeplataforma arbetyrotação.

Depois que ele desacelera, ele pode fazer a transição para outro movimento.

Parandoplataforma arbetyuma pose

O freeze (congelamento,plataforma arbetyinglês) ocorre quando os atletas paramplataforma arbetyuma pose estranha, geralmente ocorrendo no ritmo da música eplataforma arbetyuma posiçãoplataforma arbetycabeça para baixo.

Para congelar efetivamente, o atleta deve ter controle total sobre seu centroplataforma arbetymassa, colocando-o logo acima do pontoplataforma arbetyseu corpo que estáplataforma arbetycontato com o chão.

O centroplataforma arbetymassa é a posição médiaplataforma arbetytodas as partesplataforma arbetyum atleta, ponderadasplataforma arbetyacordo com suas massas.

O "pontoplataforma arbetyequilíbrio" onde toda a massa do atleta está concentrada é o centroplataforma arbetymassa.

Os atletas ficam mais estáveis quando seu centroplataforma arbetymassa está o mais próximo possível do chão.

Você verá muitos competidores congelarem com os braços dobradosplataforma arbetyum esforço para abaixar seu centroplataforma arbetymassa.

Isso reduz a distância do chão e minimiza a tendência do corpo balançar para um lado ou outro devido ao torque.

O torque é uma forçaplataforma arbetytorção, como a força usada para girar uma chave inglesa.

Ele dependeplataforma arbetyduas coisas: a quantidadeplataforma arbetyforça que você aplica e a que distância do ponto pivotal você aplica a força.

Com o centroplataforma arbetymassaplataforma arbetyum atleta mais próximo do chão, o atleta diminui a distância entre o ponto pivotal — o chão — e onde a força da gravidade é aplicada — o centroplataforma arbetymassa do atleta.

Os atletas precisamplataforma arbetymuita força para interromperplataforma arbetymovimentação no meioplataforma arbetyum movimento porque eles têm que aplicar uma força para resistir à inércia (mas isso também pode aumentar o riscoplataforma arbetylesões nas articulações).

A roupa certa

Muitos esportes exigem um uniforme específico. O breaking não — um atleta pode usar o que quiser — mas a roupa certa pode maximizarplataforma arbetychanceplataforma arbetysucesso.

O atleta quer uma camisa que minimize o atrito entre seu corpo e o chão durante um giro.

Letras ou imagens nas costas da camisa adicionarão atrito, o que dificulta a capacidade do atletaplataforma arbetyexecutar alguns movimentosplataforma arbetydown rock.

Um atleta pode escolher usar mangas compridas se planeja deslizar sobre os cotovelos, pois a pele nuaplataforma arbetycontato com o chão também fornece mais atrito.

Os atletas também precisam pensar sobre o acessório que usam na cabeça.

Embora existam muitos estilos diferentesplataforma arbetychapéus feitos especificamente para breaking, o atleta pode escolher o que melhor se adapta ao seu estiloplataforma arbetydança.

Eles precisam ter certezaplataforma arbetyque seu chapéu forneça algum acolchoamento paraplataforma arbetycabeça, minimizando o atrito entre a cabeça e o chão.

As costas, cotovelo e cabeça são eixosplataforma arbetyrotação durante o down rock, então o atleta quer uma vestimenta que minimize o atritoplataforma arbetytodos esses lugares.

Mas eles também precisam ter certezaplataforma arbetyque seus sapatos tenham aderência para maximizar o atrito enquanto fazem o trabalhoplataforma arbetypés no top rock.

Os atletas também querem ter certezaplataforma arbetyque suas mãos não estão suadas ou escorregadias para que possam usar o atrito delas para controlar a velocidade com que estão girando durante os giros do down rock.

No mundo do breaking – onde os dançarinos parecem desafiar a gravidade – força e arte trabalham lado a lado com a física para criar os movimentos que cativarão o público durante as Olimpíadasplataforma arbety2024.

*Amy Pope é professora titularplataforma arbetyfísica e astronomia na Clemson University, na Carolina do Sul, Estados Unidos.

Este artigo é uma adaptaçãoplataforma arbetyum artigo originalmente publicado no site The Conversation e republicado sob uma licença Creative Commons.