Os planos da Austrália para banir crianças1xbet 60mbredes sociais, como X, TikTok e Instagram:1xbet 60mb

Uma adolescente olhando para um smartphone

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O governo australiano considera1xbet 60mbproposta1xbet 60mbproibição das redes sociais como 'líder mundial'

James (nome fictício) entrou no Snapchat pela primeira vez quando tinha 10 anos, depois que um colega1xbet 60mbturma sugeriu que todos1xbet 60mbseu grupo1xbet 60mbamigos baixassem o aplicativo. Mas depois1xbet 60mbcontar aos pais sobre1xbet 60mbexperiência com cyberbullying, que acabou sendo resolvida pela escola, James excluiu1xbet 60mbconta.

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In the case of Tottenham Hotspur, rival fans chanted antisemitic abuse including 'Yids' against Tottenham fans. In response some Jewish and non-Jewish fans of Tottenham Hotspur F.C. adopted "Yid" (or "Yiddo") as a nickname and "Yiddo, Yiddo!" as a battle cry and often identify themselves as "Yid Army".

Fim do Matérias recomendadas

A experiência dele é um alerta que mostra por que a proibição das redes sociais proposta pelo governo australiano para menores1xbet 60mb16 anos é necessária, diz1xbet 60mbmãe Emma, que também está usando um pseudônimo.

O projeto1xbet 60mblei, que foi apresentado na câmara baixa do Parlamento na quinta-feira (20/11), foi classificado pelo primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, como "líder mundial".

Mas embora muitos pais tenham aplaudido a medida, alguns especialistas questionam se as crianças devem — ou até mesmo podem — ser impedidas1xbet 60mbacessar as redes sociais, e quais podem ser os efeitos adversos1xbet 60mbfazer isso.

O que a Austrália está propondo?

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Albanese afirma que a proibição — que vai abranger plataformas como X (antigo Twitter), TikTok, Facebook e Instagram — tem como objetivo proteger as crianças dos "danos" das redes sociais.

"Este é um problema global, e queremos que os jovens australianos tenham basicamente uma infância. Queremos que os pais tenham paz1xbet 60mbespírito", disse ele na quinta-feira.

A nova legislação oferece um "arcabouço" para a proibição. Mas o documento1xbet 60mb17 páginas, que deve chegar ao Senado na próxima semana, é escasso1xbet 60mbdetalhes.

Caberá, então, ao órgão regulador da internet do país — o eSafety Commissioner — definir como implementar e fazer cumprir as regras, que só vão entrar1xbet 60mbvigor pelo menos 12 meses após a aprovação da legislação.

De acordo com o projeto1xbet 60mblei, a proibição vai ser aplicada a todas as crianças menores1xbet 60mb16 anos — e não haverá qualquer isenção para usuários existentes ou com consentimento dos pais.

As empresas1xbet 60mbtecnologia vão enfrentar penalidades1xbet 60mbaté 50 milhões1xbet 60mbdólares australianos (R$ 188 milhões) se não cumprirem a regra, mas haverá isenções para plataformas que sejam capazes1xbet 60mbcriar "serviços1xbet 60mbbaixo risco" considerados adequados para crianças. Os critérios para isso ainda não foram definidos.

Os serviços1xbet 60mbmensagens e sites1xbet 60mbjogos, no entanto, não vão ser restritos, assim como alguns sites que podem ser acessados ​​sem uma conta, como o YouTube, o que levantou questões sobre como os órgãos reguladores vão determinar o que é ou não uma plataforma1xbet 60mbrede social1xbet 60mbum ambiente1xbet 60mbconstante evolução.

Um grupo que representa os interesses1xbet 60mbempresas1xbet 60mbtecnologia como Meta, Snapchat e X na Austrália rejeitou a proibição, classificando-a como "uma resposta do século 20 aos desafios do século 21".

Uma legislação deste tipo poderia levar as crianças para "partes perigosas e não regulamentadas da internet", afirma o Digital Industry Group Inc.

O mesmo receio também foi manifestado por alguns especialistas.

Anthony Albanese

Crédito, EPA

Legenda da foto, Anthony Albanese diz que a proibição visa mostrar às famílias australianas que seu governo 'as está protegendo'

Julie Inman Grant, à frente do eSafety Commissioner, reconheceu a tarefa colossal que1xbet 60mbagência vai enfrentar ao aplicar a proibição, visto que "a mudança tecnológica sempre vai ultrapassar a política".

"Isso vai ser sempre fluido, e é por isso que os órgãos reguladores, como o eSafety, precisam ser ágeis", ela disse à BBC Radio 5 Live.

Mas Inman Grant também levantou preocupações1xbet 60mbrelação à ideia central por trás da política do governo, que é a1xbet 60mbque existe uma relação1xbet 60mbcausalidade entre as redes sociais e o declínio da saúde mental.

"Eu diria que a base1xbet 60mbevidências não está nada estabelecida", ela afirmou, indicando uma pesquisa da1xbet 60mbprópria agência que constatou que alguns dos grupos mais vulneráveis, como adolescentes LGBTQ+ ou1xbet 60mbpovos originários, "se sentem mais eles mesmos online do que no mundo real".

Este é um sentimento compartilhado por Lucas Lane,1xbet 60mb15 anos, que administra um negócio online que vende esmaltes para meninos. "Esta [proibição] destrói… minhas amizades e a capacidade1xbet 60mbfazer as pessoas se sentirem vistas", disse o adolescente à BBC.

Inman Grant prefere ver as empresas1xbet 60mbtecnologia despoluindo suas plataformas, assim como mais investimentos1xbet 60mbferramentas educativas para ajudar os jovens a se manterem seguros online. Ela usa a analogia1xbet 60mbensinar as crianças a nadar,1xbet 60mbvez1xbet 60mbproibi-las1xbet 60mbentrar na água.

"Não colocamos cercas no oceano... mas criamos ambientes para natação protegidos, que oferecem medidas1xbet 60mbsegurança e ensinam lições importantes desde a mais tenra idade", disse ela ao Parlamento no início deste ano.

Julie Inman Grant

Crédito, Matthew Abbott

Legenda da foto, Julie Inman Grant, que lidera o órgão regulador da internet na Austrália, vai ser incumbida1xbet 60mbdescobrir como implementar a proibição

Mas pais como Emma veem isso1xbet 60mbforma diferente.

"Deveríamos realmente perder nosso tempo tentando ajudar as crianças a navegar por sistemas difíceis quando as empresas1xbet 60mbtecnologia só querem que elas usem esses sistemas o tempo todo?", ela questiona.

"Ou deveríamos apenas permitir que elas sejam crianças e aprendam a ser sociáveis ​​umas com as outras ao ar livre, e começar essas discussões mais tarde?"

Amy Friedlander, mãe1xbet 60mbtrês filhos, do movimento Wait Mate — que incentiva os pais a adiarem a decisão1xbet 60mbdar smartphones aos filhos — concorda.

"Não podemos ignorar todos os aspectos positivos que a tecnologia trouxe para nossas vidas. Há vantagens enormes, mas o que realmente não consideramos é o impacto que está tendo nos cérebros que não estão preparados para isso."

'Um instrumento muito contundente'

Mais1xbet 60mb100 acadêmicos australianos criticaram a proibição como "um instrumento muito contundente" — e argumentaram que vai contra a orientação da Organização das Nações Unidas (ONU), que pede aos governos que garantam que os jovens tenham "acesso seguro" aos ambientes digitais.

A proposta também não conseguiu obter o apoio1xbet 60mbuma comissão parlamentar bipartidária que tem analisado o impacto das redes sociais nos adolescentes. Em vez disso, a comissão recomendou que as gigantes da tecnologia enfrentem regulamentações mais rigorosas.

Para abordar algumas dessas preocupações, o governo diz que vai acabar introduzindo leis1xbet 60mb"dever1xbet 60mbcuidado digital", que vão tornar uma obrigação legal para as empresas1xbet 60mbtecnologia priorizar a segurança do usuário.

Joanne Orlando, pesquisadora1xbet 60mbcomportamento digital, argumenta que embora uma proibição "possa fazer parte1xbet 60mbuma estratégia, ela não pode1xbet 60mbforma alguma ser a estratégia completa".

Ela diz que "a maior peça do quebra-cabeça" deveria ser educar as crianças a pensar criticamente sobre o conteúdo que elas veem1xbet 60mbseus feeds e como usam as redes sociais.

O governo já gastou 6 milhões1xbet 60mbdólares australianos (R$ 23 milhões) desde 2022 para desenvolver "ferramentas1xbet 60mbalfabetização digital" gratuitas para tentar fazer exatamente isso. No entanto, pesquisas sugerem que muitos jovens australianos não estão tendo aulas regularmente.

Orlando e outros especialistas alertam que também existem obstáculos significativos para tornar a tecnologia1xbet 60mbverificação1xbet 60mbidade — necessária para fazer cumprir a proibição — eficaz e segura, dados os "enormes riscos" associados ao potencial armazenamento online dos documentos1xbet 60mbidentificação1xbet 60mbtodos os australianos.

Mão1xbet 60mbcriança segurando um smartphone

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A proposta divide opiniões no país

O governo disse que pretende resolver esse desafio por meio1xbet 60mbtestes para verificação1xbet 60mbidade, e espera apresentar um relatório1xbet 60mbmeados do próximo ano. Prometeu ainda que as preocupações com a privacidade vão estar no centro das atenções, mas ofereceu poucos detalhes sobre que tipo1xbet 60mbtecnologia vai ser realmente testada.

Em1xbet 60mborientação, o eSafety Commissioner deu a ideia1xbet 60mbusar um serviço independente para tornar anônima a identidade1xbet 60mbum usuário antes que ela seja repassada a qualquer site1xbet 60mbverificação1xbet 60mbidade, para "preservar"1xbet 60mbprivacidade.

Mas Orlando permanece cética. "Não consigo pensar1xbet 60mbnenhuma tecnologia que exista neste momento que possa fazer isso", disse ela à BBC.

A Austrália vai conseguir?

A Austrália não é,1xbet 60mbforma alguma, o primeiro país a tentar restringir a forma como os jovens acessam determinados sites ou plataformas online.

Em 2011, a Coreia do Sul aprovou uma lei que proibia crianças menores1xbet 60mb16 anos1xbet 60mbjogar games na internet entre 22h30 e 6h, mas as regras — que enfrentaram reações adversas — foram posteriormente revogadas, citando a necessidade1xbet 60mb"respeitar os direitos dos jovens".

Mais recentemente, a França introduziu uma legislação que exige que as plataformas1xbet 60mbredes sociais bloqueiem o acesso a crianças menores1xbet 60mb15 anos sem o consentimento dos pais. Uma pesquisa indicou que quase metade dos usuários conseguiram burlar a proibição usando uma VPN simples.

Uma lei no Estado1xbet 60mbUtah, nos EUA — que era semelhante à da Austrália — se deparou com uma questão diferente: foi obstruída por um juiz federal que a considerou inconstitucional.

Albanese admitiu que a proposta da Austrália pode não ser infalível e, se for aprovada no Parlamento, vai estar sujeita a uma revisão.

"Todos nós sabemos que a tecnologia avança rapidamente, e algumas pessoas vão tentar encontrar formas1xbet 60mbburlar estas novas leis, mas isso não é motivo para ignorar a responsabilidade que temos", disse ele aos legisladores.

Para pais como Emma e Friedlander — que fizeram lobby pelas mudanças —, o mais importante é a mensagem transmitida pela proibição.

"Durante muito tempo, os pais tiveram esta escolha impossível entre ceder e dar aos seus filhos um dispositivo viciante ou vê-los isolados e sentindo-se excluídos socialmente", observa Friedlander.

"Ficamos presos a uma norma da qual ninguém quer fazer parte."

James diz que desde que saiu do Snapchat, ele passou mais tempo fora1xbet 60mbcasa com os amigos.

E ele espera que as novas leis possam permitir que mais crianças como ele "saiam e façam as coisas que amam",1xbet 60mbvez1xbet 60mbse sentirem pressionadas a estar conectadas online.