A síndrome inventada por médicos italianos que salvou dezenasvbet ugjudeus dos nazistas :vbet ug

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Nessa época, começavam a chegar informações sobre os camposvbet ugconcentração nazistas. E, para evitar a temida deportação, muitos judeus refugiaram-se com seus vizinhos, mas principalmentevbet ugigrejas, monastérios, conventos e atévbet ughospitais administrados pela Igreja Católica.
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E foivbet ugum desses centrosvbet ugsaúde que três médicos acolheram dezenasvbet ugpessoas e as diagnosticaram com uma doença mortal e terrível, da qual ninguém havia ouvido falar até então. O que é perfeitamente natural, já que a doença nunca existiu.

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Remédio original e perigoso
Em 16vbet ugoutubrovbet ug1943, Roma acordou sobressaltada.
Os soldados alemães lançaram-se sobre o gueto judeu, a apenas três quilômetrosvbet ugdistância do Vaticano.
E começaram a prender homens, mulheres e crianças. Maisvbet ugmil pessoas foram detidas.

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Mas alguns tiveram a sortevbet ugescapar e chegaram ao hospital São João Calibita, conhecido pelos romanos como Fatebenefratelli ("Faz o bem, irmão",vbet ugportuguês).
Com 437 anosvbet ughistória, o centro médico pertence à Santa Sé e ficavbet uguma pequena ilha no rio Tigre. Dali, pode-se ver a Grande Sinagogavbet ugRoma e o local onde, um dia, ficava o gueto.
Os nazistas logo chegaram ao hospital para continuar a perseguição. Mas, o então diretor do hospital, Giovanni Borromeo – católico fervoroso com bons contatos na Santa Sé –, recebeu os soldados e se ofereceu a mostrar a eles o recinto.
Mas, ao chegar a uma sala, Borromeo advertiu que, ali, havia pessoasvbet ugisolamento. Elas apresentavam sintomasvbet uguma estranha e perigosa doença que o hospital estava começando a investigar.

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O diretor disse aos alemães que se tratava da síndrome K, uma doença que descreveu como altamente contagiosa, que afetava o sistema neurológico, levando o paciente à morte.
"Chamamosvbet ug'síndrome K' devido ao comandante [Albert] Kesselring [responsável pela ocupação da Itália]", afirmou o médico Vittorio Sacerdoti à BBC,vbet ug2004. "Os nazistas pensaram que fosse câncer ou tuberculose e fugiram."
Sacerdoti, Borromeo e o médico e antifascista italiano Adriano Ossicini foram os autores intelectuais do artifício, que permitiu salvar dezenasvbet ugjudeus da morte certa.
Sacerdoti era judeuvbet ugorigem e foi contratado por Borromeo para trabalhar no hospital romano, contrariando as leis discriminatórias aprovadas por Mussolini no final dos anos 1930, que proibiamvbet ugcontratação.

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Existem também versões que garantem que a doença fictícia recebeu o nomevbet ugsíndrome K devido a Herbert Kappler, chefevbet ugRoma da temida SS, o braço paramilitar do partido nazista alemão. Mas outros estudiosos oferecem explicações diferentes.
"Eles batizaram a doençavbet ugsíndrome K para aproximar-se da doençavbet ugKoch [a tuberculose], que estava causando muitos problemas para as tropasvbet ugHitler na Hungria e na Polônia, naquela época", explicou à BBC News Mundo, serviçovbet ugespanhol da BBC, o escritor e sacerdote espanhol Jesús Sánchez Adalid.
Adalid publicou, no iníciovbet ugmarço, o romance Una Luz en la Nochevbet ugRoma ("Uma luz na noitevbet ugRoma",vbet ugtradução livre), uma históriavbet ugamor entre uma jovem abastada e um rapaz judeu, que se passa exatamente durante estes fatos históricos.
Grande atuação
Borromeo, Sacerdoti e Ossicini elaboraram uma grande encenação.
Eles começaram a fabricar os prontuários médicos dos judeus que, supostamente, teriam contraído a misteriosa doença.
Para esta operação, eles precisaram da colaboraçãovbet ugmuitas pessoas, dentro e fora do hospital.

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"Houve uma equipe muito grande, que envolveu religiosos, entre eles o superior da ordem [São Joãovbet ugDeus] que administrava o hospital", explica Sánchez Adalid.
Outras pesquisas históricas e jornalísticas indicam que o então monsenhor Giovanni Battista Monti ocupava na época um alto cargo na Secretariavbet ugEstado do Vaticano.
Ele estava a par do que acontecia no hospital e apoiava a operação. O monsenhor assinou diversos documentos que facilitaram as atividadesvbet ugBorromeo.
Vinte anos depois, Monti se tornaria o papa Paulo 6º.
Mesmo depois que a história da suposta doença mortal afastou os nazistas, os médicos não baixaram a guarda. Eles instruíram os judeus sobre o que deveriam fazer caso os soldados retornassem.
"O médico nos disse que, se víssemos os alemães, precisaríamos tossir com todas as forças e dar a impressãovbet ugque éramos doentes terminais", declarou à rádio e TV pública alemã Deutsche Welle a sobrevivente Gabrielle Soninno,vbet ug2019. Ela tinha apenas quatro anos quando foi "internada" no hospital católico.

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Os nazistas 'engoliram' a história?
"Os alemães enviaram médicos para o hospital, para confirmar a versão da doença", explica Sánchez Adalid. "Mas eles se conformaram com as explicações dos médicos italianos."
"Talvez o medo do contágio ou o simples fatovbet ugnão querer perder tempovbet ugum hospital cheiovbet ugdoentes fez com que eles fossem enganados", afirma o escritor.
"Se os médicos alemães tivessem feito algum exame dos supostos doentes, teriam descoberto a mentira, mas não o fizeram."
Em maiovbet ug1944, as tropas nazistas voltaram ao hospital e o inspecionaram. Mas, quando se aproximaram do quarto onde estavam os judeus isolados, o ruído da tosse fez com que eles passassem direto.
Um mês depois, as forças aliadas liberaram Roma e os supostos pacientes internados no hospital receberam "alta".

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O grande mistério
Os fatos ocorridos no hospital romano foram confirmados por historiadores e por diferentes autoridades.
O Yad Vashem, memorial oficial do Holocaustovbet ugIsrael, homenageou Borromeo postumamentevbet ug2004, nomeando-o "justo entre as nações".
Esta honra é reservada às pessoas que salvaram ou ajudaram a salvar vidasvbet ugcidadãos judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

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Não se sabe até hoje quantas pessoas foram salvas dos nazistas pela síndrome K.
"Não sabemos o número exatovbet ugpessoas salvas no hospital", segundo Sánchez Adalid. "Não conseguimos porque o hospital era uma tábuavbet ugsalvação."
Para escrever seu romance, Sánchez Adalid passou dois anos pesquisando os arquivos do centro médico, do Vaticano, da Fundação Shoah (da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos) e do próprio Yad Vashem.
"As pessoas que chegavam ao Fatebenefratelli, supostamente doentes, recebiam documentos falsos para que pudessem fugir para a Suíça ou para outros países. Em certo momento, chegou a haver 75 crianças", conta o escritor.
Sánchez Adalid afirma que alguns dos "pacientes" acabaram emigrando para a América Latina após o fim da guerra. Ele se recusa a fornecer dados sobre essas pessoas, que desejam manter-se no anonimato.

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O hospital foi apenas um dos lugaresvbet ugque a Igreja Católica salvou os judeus do extermínio na Europa. "A Igreja salvou pelo menos 4.480 judeus naquele hospital,vbet ugigrejas, monastérios e conventos", segundo Sánchez Adalid.
"Pessoas me contaram que, quando a Gestapo chegou a Roma, ficou surpresa ao ver que,vbet ugalguns conventos, havia até 70 freiras. É claro que muitas delas não eram freiras, mas sim mulheres judias disfarçadas."
"As religiosas inventaram explicações sem sentido para enganar os nazistas, como que Roma é a capital do catolicismo e, obviamente, é onde existem mais freiras", afirma Sánchez Adalid.
Não apenas um refúgio
A proteção oferecida pela doença fictícia permitiu que o hospital não servisse apenasvbet ugrefúgio para os judeus.
"Graças ao medo que afastou os nazistas, o hospital foi centrovbet ugespionagem, basevbet ugcomunicações e localvbet ugreuniões da resistência italiana", conta o escritor espanhol.

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No Fatebenefratelli, funcionou a chamada Rádio Vitória — uma redevbet ugcomunicações operada por soldados norte-americanosvbet ugascendência italiana.
Ela transmitia para os aliados onde estavam os quartéis e unidades nazistasvbet ugRoma, para que fossem bombardeados.
O escritor e religioso afirma que não procurou escrever seu romancevbet ugcomemoração aos 80 anos dos acontecimentos ocorridos no hospital romano. Na verdade, a história foi oferecida a ele pelas autoridades do centro médico.
Mas Sánchez Adalid admite quevbet ugpesquisa permitiu confirmar que "nos piores momentos da história da humanidade, é que sai e brota o melhor do ser humano".
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