Feminicídio: 4 mulheres são mortas por dia no Brasil — por que isso ainda acontece com tanta frequência?:bet pix bonus

Cruzes pintadasbet pix bonusrosa

Crédito, Getty Images

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Em 2022, 1,4 mil mulheres foram vítimasbet pix bonusfeminicídio

Ele ainda teria colocado fogobet pix bonusparte do imóvel na tentativabet pix bonusesconder o crime. O rapaz foi preso no dia seguinte e confessou o assassinato.

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Fim do Matérias recomendadas

A crueldade com que Mariele foi morta choca, mas não é uma situação isolada no Brasil.

Em 18bet pix bonusagosto, a médica Thallita da Cruz Fernandes,bet pix bonus28 anos, foi assassinada com ao menos 30 facadas no apartamento onde moravabet pix bonusSão José do Rio Preto, no interiorbet pix bonusSão Paulo, e colocadabet pix bonusuma mala.

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BBC Lê

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Também foram câmerasbet pix bonussegurança que mostraram à polícia que o namoradobet pix bonusThallita foi a única pessoa que saiu do imóvel no dia do crime.

O rapaz foi preso no dia seguinte e confessou que matou a namorada. Segundo a Polícia Civil, o crime aconteceu depois que a médica tentou romper seu relacionamentobet pix bonustrês anos.

Mariele, Thallita e outras centenasbet pix bonusmulheres são mortas todos os anos no paísbet pix bonuscrimesbet pix bonusfeminicídio.

Dados do Anuário Brasileirobet pix bonusSegurança Pública apontam que,bet pix bonus2022, uma mulher foi morta a cada seis horas no país.

No total, foram 1.437 vítimasbet pix bonusfeminicídio no ano passado, um aumentobet pix bonus6,5%bet pix bonusrelação aos 1.347 registradosbet pix bonus2021.

Esse alto índicebet pix bonusmulheres vítimasbet pix bonusfeminicídio está relacionado a fatores como a crençabet pix bonusque as mulheres são subalternas aos homens e que suas vontades são menos relevantes, dizem especialistas ouvidos pela BBC News Brasil.

Uma visão que faz com que mulheres sejam vistas por muitos homens como objetosbet pix bonussua propriedade.

"Ainda há muitos crimes devido à cultura machista e sexista que existe no país, que coloca o sexo feminino como um ser inferior, que não tem direito a ter suas próprias vontades e que está submissa à vontade do homem, devendo sempre fazer o que ele quer", explica Deíse Camargo Maito, professorabet pix bonusDireito da Universidade do Estadobet pix bonusMinas Gerais (UEMG) que pesquisou sobre violência contra a mulher.

Mariele

Crédito, Reprodução/ Redes Sociais

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Mariele Bueno Pires foi encontrada morta na casa onde morava no Paraná

O anuário produzido pelo Fórum Brasileirobet pix bonusSegurança Pública aponta que,bet pix bonussetebet pix bonuscada dez femincídios no país, a vítima foi morta dentro da casabet pix bonusque vivia.

Na maioria das vezes, o autor do crime foi seu parceiro (53,6%) ou ex-parceiro (19,4%).

Em 10,7%, a mulher foi morta por outro familiar, como filho, irmão ou pai,bet pix bonus8%, por algum conhecido, ebet pix bonus8,3% por uma pessoa desconhecida.

"O agressor não aceita o término da relação ou ele não aceita a autonomia da mulher dentro dessa relação. Por isso que a maioria dos feminicídios é cometido por alguém muito íntimo", diz Maito.

"Essa pessoa, tão próxima, é a que apresenta mais perigo, porque ela tem mais acesso a essa mulher."

O assassino nem sempre se apresenta como uma pessoa violenta o tempo todo, explicam os especialistas, e isso pode confundir a vítima sobre o que ela está passando no relacionamento.

Na maioria das vezes, ele tenta justificar abet pix bonusatitude agressiva colocando a culpa na vítima.

"O agressor é uma pessoabet pix bonuscomportamento normal e carinhosa. Em um momentobet pix bonustensão ele comete um atobet pix bonusviolência e logobet pix bonusseguida ele se desculpa e o relacionamento vive um momento da luabet pix bonusmel", afirma Juliana Fontana Moyses mestrebet pix bonusDireito pela Universidadebet pix bonusSão Paulobet pix bonusRibeirão Preto e doutoranda no Programabet pix bonusDireitos Humanos.

"Com isso, a tendência é que essa violência vá ficando pior, podendo se potencializar até chegar no feminicídio."

Entre as vítimasbet pix bonusfeminicídio no Brasil, 71,9% tinham entre 18 e 44 anos — o maior percentual se concentra na faixa entre 18 e 24 anos (16,1%).

"Essas jovens estão no início da vida com menos conhecimentobet pix bonusque aquelas atitudes do parceiro é uma violência contra ela. Por não terem essa visão, elas pedem menos ajuda às suas famílias e ao seu entorno", diz Maito.

Thallita da Cruz Fernandes

Crédito, Reprodução/ Facebook

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Thallita da Cruz Fernandes foi assassinada e teve o corpo colocadobet pix bonusmala

Feminicídio é o ponto final

O feminicídio é a formabet pix bonusviolência mais grave contra a mulher. Mas, antesbet pix bonusacontecer o crime, a mulher passa por outros tiposbet pix bonusviolência como agressões, violência sexual, psicológica e ameaças.

Por isso, dizem especialistas, é importante que todos que convivem com mulheres que podem estarbet pix bonusuma relação abusiva fiquem atentos aos sinais para ajudá-la a quebrar o ciclobet pix bonusviolênciabet pix bonusque está inserida.

"Os sinais são muito claros, tudo começa com desrespeito à opinião, depois o cerceamento do convívio dessa mulher com outras pessoas, a violência psicológica, verbal e moral, e por fim, o ponto mais crítico, a violência física", diz Lazara Carvalho, advogada especialistabet pix bonusresoluçãobet pix bonusconflitos e chefebet pix bonusgabinete da Secretaria Nacionalbet pix bonusJustiça.

No entanto, mudar essa realidadebet pix bonuscomportamento e pensamento da sociedade, dizem os especialistas, exige uma mudança cultural, o que não é uma tarefa fácil e pode demorar décadas.

"É necessária uma educação centrada no antimachismo, que ensine aos nossos meninos e meninas o valor das liberdades individuais, a garantia dos direitos humanosbet pix bonustodas as pessoas, independente do gênero, e a necessidade da construçãobet pix bonusvínculos afetivos saudáveis baseados no respeito e na cooperação", avalia Carvalho.

Feminicídios no Brasil

Onde buscar ajuda e como denunciar

Em uma situaçãobet pix bonusemergência, é possível buscar ajudabet pix bonusqualquer delegaciabet pix bonuspolícia ou ligar para o 190, da Polícia Militar.

Jábet pix bonuscasobet pix bonussuspeita ou violação dos direitos da mulher, a vítima ou qualquer pessoa pode pedir ajuda na Centralbet pix bonusAtendimento à Mulher, pelo número 180 ou pelo WhatsApp (61) 9610-0180.

Dados do governo federal mostram que, no primeiro semestrebet pix bonus2023, a centralbet pix bonusatendimento registrou 51,78 mil denúncias e 267,76 mil violações envolvendo a violência doméstica contra as mulheres - uma denúncia pode conter maisbet pix bonusuma violaçãobet pix bonusdireitos humanos.

O Ligue 180 orienta sobre os direitos das mulheres e sobre os serviços da redebet pix bonusatendimentobet pix bonustodo o Brasil, alémbet pix bonusanalisar e o serviço encaminha as denúncias para os órgãos competentes como: conselhos tutelares, CRAS, CREAS, delegaciasbet pix bonuspolícia e Ministério Público.

"Por meio do atendimento integrado, buscamos oferecer apoio e solução para essa mulher conseguir deixar o ciclobet pix bonusviolência e se reestruturar", explica Denise Motta Dau, secretaria nacionalbet pix bonusEnfrentamento à Violência contra Mulheres, do Ministério das Mulheres.

"Além disso, as mulheres também podem procurar as Casas da Mulher Brasileira para receber ajuda e até mesmo abrigo por um dia, caso necessário. Os atendimentos também estão voltados para ajudar a essa vítima conseguir um emprego.”