O raptotabela quartas de final copa do mundo 2024crianças indígenas por cientistas alemãestabela quartas de final copa do mundo 2024expedição pelo Brasil no século 19:tabela quartas de final copa do mundo 2024

Crédito, Getty Images
Dois séculos após serem louvadas por suas conquistas científicas, somente nos últimos anos esse lado mais problemático da expedição, o rapto das crianças, tem ganhado os holofotes.
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Fim do Matérias recomendadas
Esse outro lado da históriatabela quartas de final copa do mundo 2024Spix e Martius foi explorado pela exposição Travelling Back: A Change of Perspective on an expedition from Munich to Brazil in the 19th century [A viagemtabela quartas de final copa do mundo 2024volta: Uma mudançatabela quartas de final copa do mundo 2024perspectiva sobre a expediçãotabela quartas de final copa do mundo 2024Munique para o Brasil no século 19], que ficoutabela quartas de final copa do mundo 2024cartaz até 5tabela quartas de final copa do mundo 2024abril no instituto Zentralinstitut für Kunstgeschichte,tabela quartas de final copa do mundo 2024Munique, na Alemanha.

Crédito, Divulgação/Felix Ehlers
Com curadoria da historiadora brasileira Sabrina Moura, a mostra reuniu obrastabela quartas de final copa do mundo 2024artistas contemporâneos que revisitam criticamente o episódio, alémtabela quartas de final copa do mundo 2024um material diverso, como jornais da época revelando um grande interesse público pelas crianças.
No Brasil, o raptotabela quartas de final copa do mundo 2024Juri e Miranha despertou maior interesse após o lançamento do livro O Som do Rugido da Onça (2021), da escritora e historiadora brasileira Micheliny Verunschk. Vencedor do Prêmio Jabutitabela quartas de final copa do mundo 20242022, o romance narra a história especialmente a partir do pontotabela quartas de final copa do mundo 2024vistatabela quartas de final copa do mundo 2024Iñe-e, nome que Miranha ganha na trama.
Trechos da publicação foram traduzidos para o alemão e incluídos na exposiçãotabela quartas de final copa do mundo 2024Munique. A programação da mostra incluiu também uma conferência, realizadatabela quartas de final copa do mundo 2024fevereiro, com a participaçãotabela quartas de final copa do mundo 2024Verunschk.
Episódio desconfortável

Crédito, Litografiatabela quartas de final copa do mundo 2024Carl Friedrich Heinzmann
Na conferência, comentários na plateia deixavam claro como o episódio ainda provocava reações confrontantes.
Houve quem tentasse relativizar, afirmando que também havia raptotabela quartas de final copa do mundo 2024crianças entre povos indígenas inimigos. Ou, ainda, quem justificasse que elas foram trazidas com objetivos científicos.
"Eu achei que essa história já tivesse sido mais discutida e digerida pela sociedade da Baviera [Estado alemão onde fica Munique]. Mas não,tabela quartas de final copa do mundo 2024fato é algo ainda permeadotabela quartas de final copa do mundo 2024ausências e bastante sensível", diz Moura, doutoratabela quartas de final copa do mundo 2024História da Arte pela Universidade Estadualtabela quartas de final copa do mundo 2024Campinas (Unicamp) que hoje vivetabela quartas de final copa do mundo 2024Munique, onde realiza o pós-doutorado no centrotabela quartas de final copa do mundo 2024pesquisas Käte Hamburger Research Center global dis:connect.
"Enquanto a gente vê a relevância desses cientistastabela quartas de final copa do mundo 2024Munique, há uma grande ausência sobre outros aspectos dessa prática científica."
De acordo com a curadora, o debate sobre esse outro lado da expediçãotabela quartas de final copa do mundo 2024Spix e Martius tem sido levantado por instituições e cientistas mais ligados aos debates pós-coloniais (abordagemtabela quartas de final copa do mundo 2024estudo que olha criticamente para o passado e para as consequências atuais do colonialismo e do imperialismo), mas "grandes instituições da Bavária pouco falam sobre essa história".
O legado da viagemtabela quartas de final copa do mundo 2024Spix e Martius ao Brasil para a ciência já foi devidamente reconhecido, assim como os louros dos cientistas foram colhidos o suficiente no antigo reino da Baviera — que existiutabela quartas de final copa do mundo 20241806 até 1918, quando, após a Revolução Alemã, foi sucedido pelo então Estado Livre da Baviera.
Três anos após voltarem da expedição na qual percorreram 14 mil quilômetros do território brasileiro, coletando e catalogando maistabela quartas de final copa do mundo 202422 mil espéciestabela quartas de final copa do mundo 2024plantas, o botânico Martius e o zoólogo Spix foram agraciados com o títulotabela quartas de final copa do mundo 2024nobreza, incorporando o "von" antestabela quartas de final copa do mundo 2024seus sobrenomes.

Crédito, Münchner Stadtmuseum, Sammlung Angewandte Kunst
Foi tambémtabela quartas de final copa do mundo 20241823 que lançaram o primeiro volume do livro Reise in Brasilien (Viagem pelo Brasil, na versãotabela quartas de final copa do mundo 2024Português), com textos onde mesclavam relatostabela quartas de final copa do mundo 2024uma visão romântica da natureza tropical com observações atestando a superioridade europeiatabela quartas de final copa do mundo 2024relação aos povos nativos.
Hoje, grande parte dos itens levados por Spix e Martius integra uma coleção do museu etnológicotabela quartas de final copa do mundo 2024Munique.
O historiador Markus Wesche, autor do livro Zwei Bainer in Brasilien (Dois Bávaros no Brasil,tabela quartas de final copa do mundo 2024tradução livre), foi uma das vozes locais que criticou a maneira como o assunto foi abordado na exposição.
Segundo ele, o foco na história das crianças levadas por Spix e Martius é problemático pois ignora que houve "um grande númerotabela quartas de final copa do mundo 2024indígenas levados para a Europa sobre os quais praticamente nada sabemos", escreveu à BBC News Brasil por e-mail.
Ele questiona também a denominaçãotabela quartas de final copa do mundo 2024sequestro, afirmando que esse "é um termo do Direito Penal [atual] e não descreve adequadamente o caso."
O historiador relata que Martius "sentiu a morte do menino como um 'veredito pesado'", citando as palavras do cientista.
"Os feitos do jovem Martius [o botânico tinha 23 anos quando deixou a Europa] foram motivados pelatabela quartas de final copa do mundo 2024profunda crença como cristão e cientistatabela quartas de final copa do mundo 2024que desvendar os segredos da natureza e a educação levaria ao enobrecimento humano", defende Wesche.
Micheliny Verunschk, cujo romance também revisita trechos dos diáriostabela quartas de final copa do mundo 2024Martius e Spix, foi enfática ao responder aos argumentostabela quartas de final copa do mundo 2024Wesche na conferência.
"Causa espanto que, dentre as milharestabela quartas de final copa do mundo 2024anotações feitas minuciosamente pelos cientistas a respeito da expedição e seus resultados, apenas as informações sobre as crianças tenham sido reescritas diversas vezes. As rasuras dizem que von Martius e Spix sabiam muito bem o que estavam fazendo", afirmou a autora à BBC News Brasil, depois do evento.
Quando menciona trechos reescritos, Verunschk está se referindo a relatos contraditórios e rasuras nos escritostabela quartas de final copa do mundo 2024Martius já observados por pesquisadores.
Sobre o uso do termo "sequestro", adotado tambémtabela quartas de final copa do mundo 2024diversos artigos acadêmicos, a escritora justificatabela quartas de final copa do mundo 2024pertinência.
"O tráfico infantil indígena no contexto colonial ainda é pouquíssimo estudado, mas todo tráfico, sabemos, é antecedido por atostabela quartas de final copa do mundo 2024violência: a separaçãotabela quartas de final copa do mundo 2024alguémtabela quartas de final copa do mundo 2024sua família, terra, cultura. Talvez possamos,tabela quartas de final copa do mundo 2024certa medida, chamar a esse ato violentotabela quartas de final copa do mundo 2024sequestro, ainda mais quando temos informações tão díspares sobre o quetabela quartas de final copa do mundo 2024fato aconteceu com essas crianças."

Crédito, Divulgação
Até hoje não se sabe como se chamavam originalmente Johannes e Isabella, nomes que as crianças ganharam após serem batizadas na Alemanha.
Em 1824, a rainha Carolina da Baviera encomendou ao artista Johann Baptist Stiglmaier uma placa mortuária para adornar o túmulo das crianças indígenas no antigo cemitério sultabela quartas de final copa do mundo 2024Munique, levada depois para o Stadtmuseum, um museutabela quartas de final copa do mundo 2024Munique.
A placa mortuária foi emprestada pelo museu e foi um dos destaques da exposição Travelling Back: A Change of Perspective on an expedition from Munich to Brazil in the 19th century.
A mostra também teve obras dos artistas visuais Frauke Zabel, Yolanda Gutiérrez, Igor Vidor, Elaine Pessoa e Gê Viana.
É dessa última uma colagem digital inspiradatabela quartas de final copa do mundo 2024uma litografia presente no livro Reise in Brasilien, com um retratotabela quartas de final copa do mundo 2024Miranha — a qual faz parte da Coleção Brasiliana do Itaú Cultural,tabela quartas de final copa do mundo 2024São Paulo (SP).
Na versãotabela quartas de final copa do mundo 2024Gê Viana, a menina é adornada com penas, folhas e um halo azul justaposto a facões — uma reinterpretação da violência colonial.







