Confronto entre Irã e Israel pode se espalhar para além do Oriente Médio?:técnicas de apostas esportivas

Mas qual o potencial desse confronto escalar ainda mais e arrastar outros atores regionais e globais para a disputa?

Segundo analistas, é difícil fazer previsões. Mas o que acontece a seguir dependerátécnicas de apostas esportivasgrande partetécnicas de apostas esportivascomo Israel responderá aos acontecimentos do finaltécnicas de apostas esportivassemana.

Para May Darwich, professoratécnicas de apostas esportivasRelações Internacionais do Oriente Médio da Universidadetécnicas de apostas esportivasBirmingham, no Reino Unido, a situação está relativamente contida no momento, mas não há garantiastécnicas de apostas esportivasque se manterá assim.

"Tudo pode mudar no futuro, são muitas variáveis", diz a pesquisadora egípcia. "Mas é fato que esse ataque foi muito significativo para a dinâmica regional."

"No passado, a dissuasão entre Irã e Israel era mantida por meiotécnicas de apostas esportivasuma guerra por procuração [jargão que indica um conflito armado no qual dois países se utilizamtécnicas de apostas esportivasterceiros como intermediários ou substitutos, para não lutarem diretamente entre si],técnicas de apostas esportivasrivalidades indiretas e ataques indiretos. Mas esta é a primeira vez que há um confronto direto entre os dois."

O fator americano

Após o ataque iraniano, Benny Gantz, líder da oposição israelense que integra o gabinetetécnicas de apostas esportivasguerra do governo desde os ataques do Hamastécnicas de apostas esportivas7técnicas de apostas esportivasoutubro, disse que Israel vai responder "quando chegar a hora" e vai "cobrar o preço".

"Israel contra o Irã, o mundo contra o Irã. Este é o resultado. Esta é uma conquista estratégica que devemos aproveitar para a segurançatécnicas de apostas esportivasIsrael."

As palavras que Gantz não excluíram ataques a alvos iranianos ou um ataque diretotécnicas de apostas esportivasIsrael dentro do Irã.

Mas os Estados Unidos, os mais importantes aliados israelenses no momento e cuja assistência foi essencial para bloquear os mísseis e drones iranianos na noitetécnicas de apostas esportivassábado, pedem contenção a Israel.

Segundo Jeremy Bowen, editortécnicas de apostas esportivasnotícias internacionais da BBC, o governo americano e seus aliados receberam diversos alertas sobre a investidatécnicas de apostas esportivasTeerã.

O presidente Joe Biden teve tempo suficientetécnicas de apostas esportivasretornar à Casa Branca depoistécnicas de apostas esportivasuma viagemtécnicas de apostas esportivasfimtécnicas de apostas esportivassemana ao seu Estado natal, Delaware.

O Irã também optou por iniciar o ataque não com seus mísseis balísticos supersônicos, mas com drones lentos, identificados pelos radares durante duas horas à medida que se aproximavam dos seus alvos.

O ataque foi maior do que muitos analistas esperavam do inimigo mais ferrenhotécnicas de apostas esportivasIsrael. Pela primeira vez o Irã lançou bombardeios – cercatécnicas de apostas esportivas300 drones, mísseistécnicas de apostas esportivascruzeiro e mísseis balísticos – do seu próprio território contra otécnicas de apostas esportivasIsrael.

Mas quase todos foram interceptados pelas armastécnicas de apostas esportivasdefesatécnicas de apostas esportivasIsrael, reforçadas pelos EUA, Reino Unido, França e Jordânia.

Ao longo da noite, o governo israelense recebeu diversos sinais do presidente Joe Biden, que reafirmou "o firme compromisso da América com a segurançatécnicas de apostas esportivasIsrael".

Em troca, os americanos pedem moderação. Segundo Bowen, Biden enviou ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu uma mensagem clara.

Algo na linhatécnicas de apostas esportivas"o ataque do Irã foi frustrado, Israel obteve uma vitória. Não agrave ainda mais a situação respondendo com ataques militarestécnicas de apostas esportivassolo iraniano."

Para May Darwich, os EUA enfatizaram que não estão interessadostécnicas de apostas esportivasfazer partetécnicas de apostas esportivasuma guerra – e antes mesmo dos ataques iranianos esclareceram que não participaram ou tiveram conhecimento prévio do atentado ao consuladotécnicas de apostas esportivasDamasco.

E essa posição pode ser essencial para coibir a expansão do confronto.

"Neste momento, a escalada estátécnicas de apostas esportivascerta forma contida e é controlada pelo fatotécnicas de apostas esportivasos EUA manterem as coisastécnicas de apostas esportivasum certo nível que não pode ser ultrapassado", diz a pesquisadora.

E se os Estados Unidos não estão interessadostécnicas de apostas esportivasmais um confronto expandido, também não há qualquer indicaçãotécnicas de apostas esportivasque outros importantes atores globaistécnicas de apostas esportivasfora do Oriente Médio possam se envolver diretamente.

"Para China e Rússia, uma guerra pode ser uma boa notícia se os EUA forem arrastados e tiveremtécnicas de apostas esportivasinfluência a nível global diminuída", diz Darwich.

"Portanto, eles não precisam e não tem interessetécnicas de apostas esportivasestarem envolvidos diretamente. Digamos que os EUA estejam fazendo isso por eles."

A pesquisadora, porém, não descarta a possibilidade dessas duas potências se envolveram por meiotécnicas de apostas esportivasapoio logístico e fornecimentotécnicas de apostas esportivasarmas, caso o conflito escale.

'Assunto concluído'

Contenção também parece ser o desejo do Irã no momento.

Após os ataques, a missão iraniana na ONU afirmou que "o assunto pode ser considerado concluído".

O ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, disse ainda ter informado os EUAtécnicas de apostas esportivasque os ataques contra Israel seriam "limitados" e para autodefesa.

Segundo Siavash Ardalan, da BBC Persa, a ação iraniana foi uma retaliação ao que o governo local considera como operações "cada vez mais ousadas" dos israelenses.

O Irã culpa Israel pelo ataque ao edifício da embaixadatécnicas de apostas esportivasDamasco que matou 13 pessoas, incluindo o brigadeiro-general Mohammad Reza Zahedi, uma figura importante da força Quds, ramo paramilitartécnicas de apostas esportivaselite da Guarda Revolucionária do Irã, responsável pelo relacionamento com governos e grupos aliadostécnicas de apostas esportivasTeerã.

Teerã também estaria respondendo a agressões contra grupos aliados na Síria e no Líbano, assassinatostécnicas de apostas esportivascientistas nucleares e outras ações que atribuem a Israel, diz Ardalan.

"O ponto da virada foi o ataque ao consulado. Acho que o cálculo e o pensamento iranianos envolveram algo como 'se não traçarmos uma linha agora, onde isso irá parar'?", avalia Ardalan.

Lina Khatib, pesquisadora especialistatécnicas de apostas esportivasOriente Médio ligada à Chatham House, uma consultoria e centrotécnicas de apostas esportivaspesquisastécnicas de apostas esportivasLondres, afirmou à BBC que o objetivo do Irã foi "proporcionar uma espécietécnicas de apostas esportivasespetáculo para o mundo testemunhar".

Para ela, a ofensiva foi amplamente coreografada e bastante limitada – e "o Irã não quer que a coisa se torne uma escaladatécnicas de apostas esportivastensões."

"O Irã queria enviar uma mensagem muito clara e firme para impor respeito e ser visto como capaztécnicas de apostas esportivasresponder diretamente a Israel [após o ataquetécnicas de apostas esportivasDamasco]", diz.

Lyse Doucet, correspondente internacional chefe da BBC, concorda.

"Ficou muito claro pela natureza desse ataque que ele foi cuidadosamente calibrado. Ainda estamos esperando o que Israel vai fazer, mas o Irã não quer provocar uma espiral crescente", diz.

Para Jeremy Bowen, editortécnicas de apostas esportivasnotícias internacionais da BBC, o Irã possui força militar suficiente para realizar um ataquetécnicas de apostas esportivasmaior escala, mas escolheu não usar todo seu arsenal. Da mesma maneira, seu aliado Hezbollah poderia ter se juntado à ofensiva direta contra o território israelense, algo que não aconteceu.

O grupo apoiado pelo Irã no Líbano disse ter disparado duas barragenstécnicas de apostas esportivasfoguetes contra uma base militar israelense nas Colinastécnicas de apostas esportivasGolã ocupadas, um planalto que Israel capturou da Síria,técnicas de apostas esportivasum movimento não reconhecido pela maior parte da comunidade internacional.

Segundo May Darwich, o próprio fato do governo iraniano ter informado Washington sobre seus planos e ter garantido que bases e alvos militares americanos não seriam atingidos se o país não se envolvesse corrobora essa visão.

Entretanto, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, major-general Mohammad Bagheri, alertou Israel que atécnicas de apostas esportivasresposta "será muito maior do que a ação militar desta noite se Israel retaliar".

Ele afirmou aindatécnicas de apostas esportivasuma entrevista à televisão local que as bases dos EUA também seriam atacadas se Washington participassetécnicas de apostas esportivasqualquer retaliação israelense.

Os EUA têm instalações militarestécnicas de apostas esportivastodos os seis Estados árabes do Golfo, bem como na Síria, no Iraque e na Jordânia.

'Ambos podem reivindicar vitória'

A decisão israelensetécnicas de apostas esportivasseguir ou não as advertências dos EUA etécnicas de apostas esportivasoutros aliados regionais trará "consequências enormes", avalia Gordon Corera, correspondentetécnicas de apostas esportivassegurança da BBC.

Até o momento, porém, a posição oficial do governo não foi suficiente para desvendar o que pode vir a seguir.

O próprio gabinetetécnicas de apostas esportivasguerra israelense – formado por Netanyahu, Gantz e o ministro da Defesa, Yoav Gallant –, tem demonstrado dificuldadetécnicas de apostas esportivaschegar a um consenso sobre como agir.

Corera cita uma gamatécnicas de apostas esportivascaminhos que Israel poderia seguir.

Se por um lado há quem defenda não fazer mais nada, já que a defesa do país se mostrou eficientetécnicas de apostas esportivasbarrar a ofensiva, no outro extremo estão os que acreditam que esse é o momento perfeito para atacar com força o Irã e seu programa nuclear.

"Qualquer um desses extremos parece improvável", opina o correspondentetécnicas de apostas esportivassegurança da BBC. "Mas entre [esses dois extremos] há outra gamatécnicas de apostas esportivasopções. Será que eles tentam atacar um alvo militar dentro do próprio Irã, por exemplo, algum lugar onde os drones são fabricados outécnicas de apostas esportivasonde voam?", questiona. "Ou tentam atacar representantes iranianos no estrangeiro, outécnicas de apostas esportivasoutros países vizinhos?"

As consequências dessa decisão serão enormes, porque poderão ditar se este conflito realmente se transformarátécnicas de apostas esportivasalgo muito mais sério ou não, acrescenta

"Se Israel seguir o conselho do presidente Bidentécnicas de apostas esportivasnão reagir, o Oriente Médio poderá respirar fundo. Mas não étécnicas de apostas esportivasforma alguma certo que este será o fim deste episódio perigoso", avalia Jeremy Bowen.

Por detrás dessa decisão existem ainda duas grandes narrativas correndo pelo Oriente Médio no momento, segundo especialistas.

Israel vê os últimos acontecimentos como uma grande derrota para o Irã pelatécnicas de apostas esportivascapacidadetécnicas de apostas esportivasanular 99% dos projéteis iranianos etécnicas de apostas esportivasreunir uma coalizãotécnicas de apostas esportivasaliados ao seu redor. Já do pontotécnicas de apostas esportivasvistatécnicas de apostas esportivasTeerã foram eles que conseguiram uma vitória ao executar seu primeiro ataque contra território israelense.

Para Siavash Ardalan, da BBC persa, ambas as versões servem a um único propósito, que é diminuir a escalada.

"O lado bomtécnicas de apostas esportivastudo isso é que ambos os lados podem reivindicar a vitória."

Já do pontotécnicas de apostas esportivasvista da guerratécnicas de apostas esportivasGaza, Jeremy Bowen aponta que Netanyahu pode se beneficiartécnicas de apostas esportivasuma pausa na cobertura massiva da imprensa internacional sobre o conflito.

Se há poucos dias o foco das notícias era o conflito entre Biden e Netanyahu sobre a ondatécnicas de apostas esportivasfome criada pelo bloqueiotécnicas de apostas esportivasIsrael no enclave palestino, atualmente os dois têm falado sobre unidade.

"Netanyahu também pode se apresentar como um líder resoluto e razoável, o protetor do seu povo, apesartécnicas de apostas esportivasos seus muitos inimigostécnicas de apostas esportivasIsrael quererem ele fora do poder", avalia Bowen.