'Faltabingo e cassinoindependência está por trásbingo e cassinocrisebingo e cassinosaúde mentalbingo e cassinocrianças', diz psicólogo americano:bingo e cassino

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'O modo como as crianças desenvolvem confiança, desenvolvem o sensobingo e cassinoserem capazesbingo e cassinoresolver problemas,bingo e cassinocontrolar suas próprias vidas,bingo e cassinoenfrentar os obstáculos no caminho, é através da experiênciabingo e cassinoter controle independente (sobre situações),bingo e cassinoter gradualmente maior independência à medida que crescem', diz Peter Gray.

O artigo cita inúmeras pesquisas, feitas ao longobingo e cassinodécadas, que demonstram tanto a queda gradual na autonomia oferecida aos jovens quanto nabingo e cassinosaúde mental.

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“Não estamos sugerindo que seja a única causa do declínio do bem-estar mental dos jovens”, dizem os autores, “mas sim que é uma causa importante”.

Retratobingo e cassinoPeter Gray; o rosto é bem aproximado ele olha para o lado

Crédito, Cortesia/Peter Gray/David Stewart

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Peter Gray é professor pesquisadorbingo e cassinopsicologia e neurociência no Boston College

As pesquisas foram feitas principalmente nos Estados Unidos e na Europa, ebingo e cassinoalguns países as crianças têm mais independência do quebingo e cassinooutros. Mas os autores dizem que esta “é uma crise nacional e internacional, e deve ser tratada como tal”.

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O artigo destaca que a mudança começou nos anos 1960. As crianças, antes consideradas competentes, responsáveis e resilientes, passaram a receber cada vez mais supervisão e proteção.

“Ganharam mais autonomiabingo e cassinoalguns aspectos, como escolher o que querem vestir ou comer, mas perderam a liberdade para se engajarbingo e cassinoatividades que envolvem algum graubingo e cassinorisco e responsabilidade pessoal, longebingo e cassinoadultos.”

Em entrevista à BBC News Brasil, Gray falou sobre os principais motivos por trás da queda na autonomia dada às crianças, como essas mudanças podem impactarbingo e cassinosaúde mental atual e futura, e o que pais e mães podem fazer para ajudar seus filhos a serem mais independentes.

Leia a seguir os principais trechos da entrevista.

bingo e cassino BBC News Brasil - O senhor diz que uma das principais causas do aumento nas taxasbingo e cassinoansiedade, depressão e suicídiobingo e cassinocrianças e adolescentes é o declínio, ao longobingo e cassinodécadas, das oportunidades para realizarem atividadesbingo e cassinoforma independente, sem a interferênciabingo e cassinoadultos. Como essas duas tendências estão relacionadas?

bingo e cassino Peter Gray - O modo como as crianças desenvolvem confiança, desenvolvem o sensobingo e cassinoserem capazesbingo e cassinoresolver problemas,bingo e cassinocontrolar suas próprias vidas,bingo e cassinoenfrentar os obstáculos no caminho, é através da experiênciabingo e cassinoter controle independente (sobre situações),bingo e cassinoter gradualmente maior independência à medida que crescem.

Portanto, não surpreende que, como não estamos mais oferecendo às crianças esse aumento gradualbingo e cassinoindependência, elas não estejam desenvolvendo essas características, o sentimentobingo e cassinoque podem solucionar problemas,bingo e cassinoque, se algo acontecer, conseguem resolver. O tipobingo e cassinoatitude que protege contra ansiedade e depressão.

Temos muitas evidênciasbingo e cassinoque as crianças não estão desenvolvendo essas habilidades. Além disso, e é senso comum, essas atividades também deixam as crianças felizes. Brincar é uma das principais fontesbingo e cassinofelicidade para crianças pequenas. Em brincadeiras e atividades independentes, nas quais estão fazendo as coisas por conta própria, elas se sentem bem, orgulhosas, têm a sensaçãobingo e cassinorealização.

Quando as privamos disso, as estamos privando tanto da sensação imediatabingo e cassinofelicidade e satisfação quanto da capacidadebingo e cassinodesenvolver os traçosbingo e cassinocaráter, como coragem e o quebingo e cassinopsicologia é chamadobingo e cassinolocus de controle interno (definido como a tendênciabingo e cassinouma pessoabingo e cassinoacreditar que tem controle sobrebingo e cassinovida e consegue resolver os problemas que aparecerem), que ajudam jovens e até mesmo adultos a enfrentar os desafios da vida.

Então, não deveria causar surpresa que acabar com essas atividades independentes levaria a altas taxasbingo e cassinoansiedade, depressão e até mesmo suicídio.

bingo e cassino BBC News Brasil - O senhor menciona uma redução gradual na independência dada às crianças. O que motivou essa mudança?

bingo e cassino Gray - Nos últimos 50 a 70 anos houve, pelo menos nos Estados Unidos, um declínio contínuo na liberdade oferecida às crianças, especialmente para brincar, explorar e realizar atividadesbingo e cassinoforma independente, principalmente ao ar livre.

Há diversas razões para esse declínio, desde a popularização da televisão, nos anos 1950, que trouxe muitas crianças para dentrobingo e cassinocasa e as isoloubingo e cassinoseus pares, até o desenvolvimentobingo e cassinoesportes infantis dirigidos por adultos.

Em vezbingo e cassinosair para a rua e inventar seus próprios jogos, o que era brincar, agora cada vez mais crianças participambingo e cassinoesportes que são controlados não por elas próprias, mas por adultos. Isso é muito diferentebingo e cassinobrincar, parece mais com escola, porque estão seguindo regras e decisões feitas pelos adultos. Não estão aprendendo a tomar suas próprias decisões, a resolver as diferenças entre si, a solucionar seus problemas sozinhas.

Outro fator é uma ênfase cada vez maior no desempenho escolar. O tempo que as crianças passam na escola ou fazendo deverbingo e cassinocasa aumentou ao longo dessas décadas.

Além disso, especialmente a partir dos anos 1980, nós desenvolvemos um medo exageradobingo e cassinodeixar as crianças saírem para a rua sem um adulto por perto. Na época, houve dois casosbingo e cassinosequestro e assassinatobingo e cassinomeninos que ganharam muita atenção nos Estados Unidos,bingo e cassino1979 (Etan Patz) ebingo e cassino1981 (Adam Walsh). Esse tipobingo e cassinocrime era extremamente raro na época, e ainda é raro hoje.

Mas as pessoas passaram a acreditar que era comum, o que levou ao medobingo e cassinodeixar crianças, e mesmo adolescentes, sair sozinhos.

Essa foi uma mudança dramática no estilo parental. Antigamente, os pais mandavam as crianças sairbingo e cassinocasa, todas as crianças (da vizinhança) estavam na rua, se conheciam e brincavam juntas. Agora, muitas pessoas veem isso como negligência.

Menina pequena andandobingo e cassinorua

Crédito, Getty Images

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'O que pode acontecer (...) é uma criança estar na rua, talvez caminhando sozinha para a escola ou brincando num parque, e alguém chamar a polícia", diz psicólogo americano

bingo e cassino BBC News Brasil - Essa percepção é ampliada, nos Estados Unidos, por casosbingo e cassinopais e mães que acabaram perdendo a guarda após deixarem os filhos sair sozinhos, não?

bingo e cassino Gray - O que pode acontecer, e aconteceubingo e cassinotantos casos que passou a assustar muitos pais e mães, é uma criança estar na rua, talvez caminhando sozinha para a escola ou brincando num parque, e alguém chamar a polícia. (A pessoa que faz a chamada) acredita estar fazendo uma boa ação, relatando que uma criança está na rua sem um adulto por perto e provavelmente estábingo e cassinoperigo.

Quando a polícia recebe uma chamada dessas, é obrigada a investigar. Então os policiais vão entrevistar os pais, o que é muito assustador, tanto para os pais quanto para a criança. E,bingo e cassinoalguns Estados, a polícia é então obrigada a encaminhar o caso para os serviçosbingo e cassinoproteção infantil que, porbingo e cassinovez, também são obrigados por lei a investigar.

E,bingo e cassinoalguns casos, eles irão ameaçar tirar os filhos dos pais. Se os pais são pessoas brancasbingo e cassinoclasse média, provavelmente irão contestar essa decisão nos tribunais e vencer. Mas, para pessoas pobres e, muitas vezes,bingo e cassinominorias raciais, há uma chance realbingo e cassinoperder a guarda dos filhos.

Diante disso, mesmo pais que acham uma boa ideia deixar seus filhos ter mais independência e sair para a rua sozinhos têm medobingo e cassinofazer isso, medobingo e cassinoque alguém chame a polícia.

Eu faço partebingo e cassinouma organização chamada Let Grow (Deixe Crescer,bingo e cassinotradução livre) e estamos trabalhandobingo e cassinovários Estados para criar o que chamamosbingo e cassinoleisbingo e cassinoindependência razoável, que basicamente dizem que cabe aos pais, e não ao Estado, determinar o que é seguro ou não para seus filhos, com a exceçãobingo e cassinoatividades obviamente perigosas.

bingo e cassino BBC News Brasil - Seu artigo cita não apenas um declínio nas oportunidades para brincarbingo e cassinoforma independente, mas também nas contribuições das crianças à família e à comunidade.

bingo e cassino Gray - Não é apenas brincar na rua e explorar, mas também há menos oportunidades para empregosbingo e cassinomeio período. (No passado, nos Estados Unidos) as crianças costumavam entregar jornaisbingo e cassinomanhã, ou cuidar das crianças (menores) dos vizinhos depois da escola, cortar a grama, e recebiam pagamento por isso. Isso quase não existe mais, hojebingo e cassinodia as pessoas acham que não é seguro deixar crianças fazer esse tipobingo e cassinotrabalho.

bingo e cassino BBC News Brasil - Elas estão menos independentesbingo e cassinomaneira geral?

bingo e cassino Gray - Há 10 ou 15 anos, começamos a ver relatosbingo e cassinouniversidades sobre aumentos dramáticos nas taxasbingo e cassinousobingo e cassinoserviçosbingo e cassinoaconselhamento. Aumentou a taxabingo e cassinoestudantes pedindo afastamento, ou permissão para refazer um teste, ou algo do gênero porque estavam angustiadosbingo e cassinoalguma maneira, psicologicamente.

Aumentou o envolvimento dos pais, mesmo com estudantes na universidade. Entre outras atividades independentes, as crianças costumavam ser responsáveis por seu próprio trabalho escolar. Isso era uma questão entre aluno e professor, não entre professor e pais.

De certa maneira, parte da culpa é das próprias escolas, que começaram a encorajar os pais a se envolver mais na liçãobingo e cassinocasa. O primeiro passo foi que as escolas (nos Estados Unidos) começaram a exigir que os pais assinassem a liçãobingo e cassinocasa, para mostrar que estavam cientes do trabalho escolar dado a seus filhos.

Com a internet e as redes sociais, os pais começaram a se comunicar com os professores o tempo todo. Muitas vezes os pais sabem da nota que o filho recebeubingo e cassinouma prova antes mesmo que a própria criança. Os pais começaram a ajudar os filhos com a liçãobingo e cassinocasa e também passaram a ser defensores da criança diante dos professores. Passaram a tentar fazer com que os professores permitissem que a criança refizesse um teste, ou que fossem mais lenientes, esse tipobingo e cassinocoisa.

Mesmo no ambiente escolar, os pais passaram a exercer mais e mais controle, e as crianças ficaram cada vez mais dependentes dos pais para defender seus interesses. O resultado é visto não apenas nas universidades, mas até mesmo entre empregadoresbingo e cassinojovens adultos. É difícil acreditar, mas há até mesmo casosbingo e cassinopais que querem estar presente durante a entrevistabingo e cassinoempregobingo e cassinoseus filhos.

E também ouvimosbingo e cassinoempregadores que cada vez mais funcionários jovens querem que o chefe diga exatamente o que precisam fazer ebingo e cassinoque maneira, passo a passo. Não estão acostumados a tentar descobrir como solucionar um problema sozinhos, estão acostumados a ter sempre a orientaçãobingo e cassinoum adulto oubingo e cassinouma figurabingo e cassinoautoridade.

Mas estamosbingo e cassinouma economia que precisa mais do que nuncabingo e cassinopessoas que possam resolver problemas por conta própria, ser criativas, até mesmo identificar problemas que ninguém viu. Essas são as habilidadesbingo e cassinoque precisamos e, no entanto, tudo o que estamos fazendo com as crianças está acabando com essas habilidadesbingo e cassinovezbingo e cassinopromovê-las.

bingo e cassino BBC News Brasil - A partirbingo e cassinoque idade os pais devem começar a dar independência às crianças?

bingo e cassino Gray - Realmente começa a partir dos dois anosbingo e cassinoidade, e acelera a partir dos quatro. Aos dois, já querem fazer várias coisas sozinhos. Tudo o que são capazesbingo e cassinofazer, preferem fazer sozinhos. E seria bom se permitíssemos. É claro que você não vai deixar uma criançabingo e cassinodois anos sozinha no parque, isso seria negligente, (mas há outras coisas que podem fazer sozinhas).

Uma das minhas memórias mais antigas é que, aos quatro anosbingo e cassinoidade, minha avó me ensinou a atravessar a rua. E ela me mandava sozinho ao mercado, a dois quarteirõesbingo e cassinodistância, para comprar algo. E isso não era incomum na época. Hoje (nos Estados Unidos), se você enviar uma criançabingo e cassino10 anosbingo e cassinoidade sozinha, alguém é capazbingo e cassinochamar a polícia.

Aos cinco anosbingo e cassinoidade, vivíamosbingo e cassinouma cidade pequena, e eu andava sozinhobingo e cassinobicicleta por toda parte. Aos 10, eu entregava jornais. Aos 13, tinha um emprego após a escola. Aos 16, fui contratado como salva-vidas.

São aumentos graduaisbingo e cassinoindependência. E é isso que permite a uma pessoa adquirir o tipobingo e cassinohabilidades e confiança para ser capazbingo e cassinoenfrentar a vida sem desmoronar. E para, no fim, ser capazbingo e cassinoassumir responsabilidades adultas.

Não há uma idade mágica a partir da qual uma pessoa se torna independentebingo e cassinouma hora para outra. Precisa ser um processo gradual. Você não pode proteger completamente seu filho até os 18 anos e então mandá-lo para a faculdade e esperar que ele seja capazbingo e cassinoser independente.

Crianças correndobingo e cassinogramado, com mulheres no planobingo e cassinofundo torcendo pelas crianças

Crédito, Getty Images

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Para Peter Gray, focobingo e cassinoatividades como esportes monitorados por adultos afasta criançasbingo e cassinobrincadeiras com independência e espontaneidade

bingo e cassino BBC News Brasil - O senhor diz que o declínio na autonomia dada às crianças ainda não é levado tãobingo e cassinoconta quando se fala sobre as causas da crisebingo e cassinosaúde mental. Por que essa relação não recebe mais atenção?

bingo e cassino Gray - Acho que há dois motivos. A principal razão pela qual as pessoas não estão mais conscientes disto é que a mudança tem sido muito gradual. Foi uma mudança enorme ao longo do tempo, mas se observarmos o que mudoubingo e cassinoum ano para o outro, ou mesmobingo e cassinouma década para a outra, não parece tão grande.

Os jovens pais e mãesbingo e cassinohoje, por exemplo, foram criadosbingo e cassinouma épocabingo e cassinoquebingo e cassinoliberdade já era muito restrita se comparada abingo e cassinoseus avós. Então eles não percebem a magnitude das mudanças.

Outro ponto é que as mudanças ocorreram por causabingo e cassinoboas intenções. Pais e mães, e a sociedadebingo e cassinogeral, passaram a acreditar que a segurança é extremamente importante para as crianças. Há muito mais ênfasebingo e cassinosegurança hojebingo e cassinodia do que no passado.

Além disso, principalmente no caso dos Estados Unidos, mudanças na sociedade, como o aumento dramático da desigualdade entre ricos e pobres e outros aspectos, deixaram pais e mães mais ansiososbingo e cassinorelação ao futuro dos seus filhos. Eles se convencerambingo e cassinoque é muito importante que seus filhos frequentem a universidade, ou podem acabar sem teto.

A ênfasebingo e cassinoeducação tornou-se extremamente forte, e é parte do motivo pelo qual os pais ficaram mais envolvidos na educaçãobingo e cassinoseus filhos, e pelo qual o tempo que os alunos passam na escola aumentou. Os pais começaram a colocar seus filhosbingo e cassinoatividades dirigidas por adultos (como esportes), que consideravam mais educacionais do que simplesmente brincar.

Criou-se a ideiabingo e cassinoque, quando uma criança está simplesmente brincando, ela está perdendo tempo, não está fazendo nada que possa colocarbingo e cassinoseu currículo, que possa ajudá-la (no futuro) a entrar na universidade.

Tudo isso resultou, cada vez mais, na crençabingo e cassinoque as crianças se desenvolvem melhor quando são cuidadosamente guiadas, controladas e orientadas por adultos. E que deixá-las simplesmente ir para a rua brincar era não apenas perdabingo e cassinotempo, mas elas poderiam até mesmo se envolverbingo e cassinoproblemas. O que, claro, é verdade. Elas vão ter problemas. Mas esquecemos que isso faz partebingo e cassinocrescer: ter um problema e descobrir como resolver.

bingo e cassino BBC News Brasil - Muitos especialistas citam a influência das redes sociais na piora da saúde mentalbingo e cassinocrianças e adolescentes. O senhor acredita que elas têm um papel importante nessa crise?

bingo e cassino Gray - Eu passei os últimos dias imerso nessa questão (para redigir um artigo), e as pesquisas são muito claras: não há evidências convincentesbingo e cassinoque o aumentobingo e cassinoansiedade, depressão e suicídio entre jovens seja resultadobingo e cassinoum aumento do uso da internet oubingo e cassinoredes sociais. Há literalmente centenasbingo e cassinoestudos que investigam correlações entre esses fatores. E todos eles, ou não mostram nenhuma correlação, ou mostram correlação muito pequena para ter significado prático.

Eu não quero negar que há problemas com o usobingo e cassinoredes sociais, mas também há benefícios. Em alguns experimentos, quando foi pedido aos jovens que abandonassem as redes sociais por determinado períodobingo e cassinotempo, muitos disseram se sentir mais solitários do que antes, porque não conseguiam se conectar com seus colegas.

Na minha opinião, o argumentobingo e cassinoque o aumentobingo e cassinoansiedade e depressão é resultado das redes sociais é uma distração do que considero a real causa. Além disso, as pessoas que fazem esse argumento esquecembingo e cassinoobservar que o aumento da ansiedade e da depressão precedeu a (popularização da) internet e das redes sociais.

bingo e cassino BBC News Brasil - O que pais e mães podem fazer para ajudar seus filhos a ser mais independentes e a ter maior bem-estar mental?

bingo e cassino Gray - O primeiro passo é examinar suas prioridades e entender que seus filhos precisam gradualmentebingo e cassinomais independência. Parte do propósito do artigo que publicamos no Journal of Pediatrics é convencer os pediatras a conversar com os pais sobre a necessidadebingo e cassinoindependência.

Mas simplesmente mandar seus filhos irem para a rua não vai funcionar, por todos os motivos que discutimos. Talvez alguém chame a polícia. Talvez não haja nenhuma outra criança na rua para brincar — e, nesse caso, eles provavelmente vão preferir ficarbingo e cassinoseus telefones.

É necessário encontrar maneiras para que seus filhos e outras crianças se reúnam sem a interferênciabingo e cassinoadultos. Uma coisa que os pais podem fazer é se reunir com outros pais no bairro e combinarbingo e cassinomandar todas as crianças para a rua no mesmo horário, depois da escola, talvez até sem seus telefones. E, por medidabingo e cassinosegurança, ter um adulto presente, mas apenas um, e que não interfira, só esteja lá para caso algo realmente perigoso aconteça.

A organização Let Grow, da qual faço parte, promove um programabingo e cassinoque escolas oferecem um local para as crianças brincarem na rua, após as aulas. A única regra é não machucar ninguém e não destruir nadabingo e cassinovalor. Um professor monitora, mas é instruído a intervir somentebingo e cassinocasos realmente graves, não para apartar uma briga qualquer ou se preocupar com um joelho esfolado. Também não fica disponível para crianças que querem reclamar das outras. Porque o objetivo é deixar que elas aprendam a resolver seus próprios problemas.