O smartphone que donos podem consertar por conta própria:7k cassino

Parte traseira7k cassinocelular

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A companhia holandesa Fairphone criou um aparelho que pode ser consertado pelos próprios usuários

Fundada7k cassinoAmsterdã, na Holanda,7k cassino2013, a Fairphone fabrica smartphones Android que podem ser facilmente substituídos, customizados e reparados pelos próprios proprietários. Ao permitir e incentivar as pessoas a consertar seus telefones celulares,7k cassinovez7k cassinose desfazer deles quando quebra algum componente, a Fairphone espera ajudar a reduzir o descarte7k cassinoresíduos eletrônicos.

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Números astronômicos

O lixo eletrônico é a fonte7k cassinoresíduos que mais cresce no mundo. Estima-se que 50 milhões7k cassinotoneladas7k cassinolixo eletrônico sejam produzidas anualmente7k cassinotodo o mundo – mais do que todos os aviões comerciais já fabricados até hoje, segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). E apenas 20% desses resíduos são reciclados.

A montanha global7k cassinolixo eletrônico cresce proporcionalmente ao aumento da demanda por aparelhos portáteis e telefones celulares. A produção anual7k cassinolixo eletrônico deve mais do que dobrar até 2050, atingindo 120 milhões7k cassinotoneladas, segundo o Fórum Econômico Mundial.

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Somente7k cassino2022, 5,3 bilhões7k cassinotelefones celulares foram descartados, segundo estimativas da ONG belga The WEEE Forum, que analisa o lixo eletrônico. Nos Estados Unidos, as pessoas trocam7k cassinotelefone celular,7k cassinomédia, a cada 18 meses, à medida que são lançados novos modelos com funções mais avançadas.

A maioria dos aparelhos agora são vendidos na forma7k cassinounidades lacradas, cujo reparo é extremamente difícil e caro. Alguns chegam até a gerar mensagens7k cassinoerro quando componentes danificados são consertados.

A Fairphone quer interromper essa tendência, vendendo telefones com vida útil mais longa.

"Nós fabricamos telefones que podem ser consertados para que você possa utilizá-los por muito mais tempo", afirmou van Abel à BBC, durante o Festival7k cassinoDesign para o Planeta, promovido pela organização britânica Design Council7k cassinoNorwich, no Reino Unido.

"O cálculo é muito simples: se você usar o telefone pelo dobro do tempo, você produz a metade do número7k cassinoaparelhos e a metade da quantidade7k cassinoresíduos", explica ele.

A ONG britânica The Restart Project estima que aumentar a vida útil dos telefones celulares7k cassino33% pode eliminar emissões7k cassinocarbono equivalentes ao total anual da Irlanda.

A sustentabilidade é um ponto central da missão da Fairphone. "Nós usamos plástico 100% reciclado7k cassinotodos os nossos telefones, além7k cassinoouro e prata provenientes7k cassinocomércio justo", afirma van Abel.

Mas nem todos os materiais encontrados nos modelos da Fairphone são sustentáveis. O Fairphone 5, por exemplo, contém 40 materiais diferentes, mas apenas 14 deles (correspondentes a 42% do peso total do aparelho) têm fontes éticas e sustentáveis.

E, dessas 14 matérias-primas, apenas 70% vêm7k cassinofontes recicladas ou7k cassinocomércio justo.

A mineração das terras raras empregadas pela Fairphone e pelas outras fábricas7k cassinotelefones celulares causa impactos ambientais significativos e pode ocasionar contaminação do ar, da água e do solo.

Especialistas afirmam,7k cassinouma avaliação independente, que a Fairphone poderia aumentar seu nível7k cassinosustentabilidade buscando maior quantidade7k cassinomateriais7k cassinofontes justas e certificadas, além7k cassinofabricar celulares que possam receber upgrades, além7k cassinoserem consertados.

Van Abel afirma que a empresa já ampliou7k cassinooito para 14 o número7k cassinomateriais oriundos7k cassinofontes éticas e sustentáveis e os planos são7k cassinoaumentar ainda mais esse número. "Nós nos concentramos nos 14 materiais com maior necessidade7k cassinomelhoria e maiores oportunidades7k cassinobeneficiar as pessoas e o planeta", explica ele.

Bas van Abel

Crédito, Griesham Taan

Legenda da foto, A missão7k cassinoBas van Abel, como um dos fundadores da Fairphone, é aumentar os níveis7k cassinosustentabilidade da indústria7k cassinosmartphones

Uma das ambições da Fairphone é melhorar as condições éticas7k cassinotrabalho7k cassinotoda a cadeia7k cassinofornecimento.

A empresa social começou pelo ativismo, com uma campanha7k cassino2009, promovendo a consciência sobre os conflitos da mineração na República Democrática do Congo (RDC). Atualmente, a Fairphone compra estanho e tântalo certificados e livres7k cassinoconflitos7k cassinominas na RDC e trabalha junto aos fabricantes para garantir condições justas7k cassinotrabalho nas minas e nas fábricas, segundo van Abel. Ele também afirma que todos os trabalhadores recebem salários dignos.

Mas, apesar das ambições, a Fairphone ainda é um participante pequeno do mercado7k cassinotelefones celulares.

Desde o seu lançamento, a empresa vendeu cerca7k cassino550 mil aparelhos. Em termos7k cassinocomparação,7k cassino2022, foram vendidos7k cassinotodo o mundo mais7k cassino232 milhões7k cassinoiPhones.

Mas van Abel afirma que a Fairphone está tentando provar que é possível para as companhias vender telefones celulares sustentáveis e ainda ter lucro.

Diferenças7k cassinocusto

O preço da sustentabilidade é alto. O modelo mais recente da Fairphone custa 699 euros (cerca7k cassinoR$ 3,7 mil). Um dos motivos é o fato7k cassinoque a Fairphone precisa fabricar tudo sozinha, segundo van Abel.

"Nós mesmos fazemos todas as atualizações7k cassinosoftware porque nenhuma empresa do mundo apoia telefones com longa vida útil", ele conta. "É necessário muito investimento para podermos fazer o que queremos."

Mas a assistência técnica do Fairphone é mais barata que a dos concorrentes. Uma bateria nova para o Fairphone 5 custa US$ 49 (cerca7k cassinoR$ 240),7k cassinocomparação com os US$ 99 (cerca7k cassinoR$ 480) cobrados pela Apple para substituir a bateria7k cassinoum iPhone 15 e os US$ 135 (cerca7k cassinoR$ 660) da Samsung para o Galaxy S23.

Substituir a tela7k cassinoum Fairphone custa US$ 112 (cerca7k cassinoR$ 550), contra US$ 359 (cerca7k cassinoR$ 1.750) da Apple e US$ 297 (cerca7k cassinoR$ 1.450) da Samsung.

A Fairphone também mantém um programa7k cassinoreciclagem para smartphones que não possam mais ser consertados. Mas, normalmente, apenas 30-50% dos materiais podem ser recuperados no processo7k cassinoreciclagem. A empresa considera a reciclagem como o último recurso.

"Você quer reutilizar todos os componentes", explica van Abel. "A última coisa que você quer fazer é reciclar... por isso, nós nos concentramos tanto na durabilidade."

Como ocorre com muitos outros aparelhos eletrônicos modernos, a reciclagem dos smartphones é difícil porque eles contêm até 70 elementos diferentes. E também não é fácil separar, durante o processo7k cassinoreciclagem, aparelhos finos e compactos que são colados.

O telefone celular da Fairphone

Crédito, Griesham Taan

Legenda da foto, O telefone celular da Fairphone pode ser customizado e consertado pelos próprios usuários.

"Nós temos a compreensão instintiva7k cassinoque a tecnologia e os aparelhos eletrônicos não são [feitos] para quebrar... que eles são preciosos", afirma Cat Drew, chefe7k cassinodesign do Design Council, no Reino Unido. Ela é também a líder da iniciativa7k cassinosustentabilidade Design for Planet.

"É por isso que muitos7k cassinonós nos apegamos a três ou quatro celulares antigos que poderiam muito bem estar7k cassinoum museu", prossegue Drew. "Não conseguimos nos desfazer deles porque sabemos que eles são valiosos."

Uma estimativa do setor indica que até cinco bilhões7k cassinotelefones celulares podem estar sem uso7k cassinogavetas7k cassinotodo o mundo.

O design da maioria dos smartphones evita que as pessoas os consertem para usá-los pelo máximo7k cassinotempo possível, segundo Drew. Os telefones celulares não são projetados7k cassinoforma modular, para que sejam desmontados facilmente. Além disso, as pessoas preferem aparelhos muito finos e compactos,7k cassinodifícil separação.

O custo7k cassinoreparo dos aparelhos eletrônicos também pode ser "proibitivo". "Consertar a tela7k cassinoum laptop pode sair mais caro do que comprar um aparelho novo", segundo ela.

Mas fabricar smartphones que possam ser consertados não é um "desafio tecnológico", segundo Joe Iles, da Fundação Ellen MacArthur, uma organização sem fins lucrativos que busca facilitar a transição para a economia circular, com a reutilização e reciclagem7k cassinoprodutos e materiais ao máximo possível.

Iles afirma que a tecnologia7k cassinoprodução7k cassinotelefones celulares que podem ser consertados já existe e que as principais marcas estão começando a adotá-la.

É preciso mudar o modelo

O modelo atual7k cassinovenda7k cassinoaparelhos como smartphones tem como objetivo incentivar os clientes a atualizar seus aparelhos a cada dois anos, o que ocorre frequentemente muito antes da vida útil para a qual eles são projetados. Mas novas leis garantindo o direito à assistência técnica estão sendo criadas na Europa e nos Estados Unidos para mudar esta situação.

Em fevereiro7k cassino2023, a Nokia lançou seu primeiro smartphone que pode ser consertado pelos próprios clientes, substituindo peças quebradas com orientações7k cassinoconserto disponíveis online.

Já a Apple começou a publicar manuais7k cassinoassistência técnica online e abriu uma loja7k cassinoreparos por autoatendimento. Nela, os clientes podem comprar peças7k cassinoreposição da Apple e alugar ou comprar ferramentas para ajudá-los a consertar aparelhos quebrados.

Mas o esquema7k cassinoreparos da Apple foi criticado por ser muito restritivo. Os clientes precisam fornecer um número7k cassinosérie único que deve coincidir com a peça específica do aparelho. A peça só pode ser substituída se coincidir remotamente com o aparelho, utilizando software fornecido pelo fabricante.

O verdadeiro desafio é alterar o modelo comercial da indústria eletrônica, segundo Iles.

"A forma como fabricamos, vendemos e transportamos os produtos... essas cadeias7k cassinofornecimento passaram por décadas7k cassinootimização", explica ele. "Romper [esse modelo comercial] ou fazer algo que o contradiga, às vezes, é difícil7k cassinoimaginar e é incerto que as empresas realmente invistam nisso."

Outro obstáculo é o marketing. "Todo o modelo comercial é baseado no crescimento e na venda7k cassinomais telefones", afirma van Abel. "O marketing é muito bom para vender coisas7k cassinoque, na realidade, não precisamos."

Restos7k cassinocelulares amontoados

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Em 2022, 5,3 bilhões7k cassinotelefones celulares foram descartados7k cassinotodo o mundo

"Muitas pessoas ainda ficam muito animadas com o lançamento7k cassinoum novo telefone celular", afirma Iles, "mas é um enorme desperdício comprar um novo todos os anos, só porque a câmera tem alguns megapixels a mais e o tamanho da tela é um pouco diferente."

É preciso haver um modelo comercial que incentive as pessoas a consertar seus celulares, prossegue Iles. Ele acrescenta que isso poderia ser conseguido se as empresas oferecessem aos clientes garantias mais longas para os aparelhos eletrônicos ou fornecessem peças7k cassinoreposição, como telas e baterias.

Adotar um modelo7k cassinoassinatura7k cassinoaparelhos eletrônicos também poderia incentivar as empresas7k cassinotecnologia a priorizar a sustentabilidade, segundo Drew. "Não é questão7k cassinovender cada vez mais, mas7k cassinoprojetar produtos que durem e possam ser consertados."

Este modelo já é adotado para roupas, segundo ela,7k cassinoreferência ao grande número7k cassinoplataformas7k cassinoaluguel, que vem ajudando a indústria da moda na transição para uma economia mais circular.

"Imagine se fizéssemos isso para máquinas7k cassinolavar e para todo tipo7k cassinoeletrodomésticos", sugere Drew. Mas isso iria exigir novas leis e regulamentações para ajudar a "nivelar o campo7k cassinojogo" e garantir que as empresas continuem a ter lucro com a adoção7k cassinoum modelo mais sustentável, segundo ela.

Legislação a caminho

Diversos países europeus já trabalham para combater a cultura do descarte, facilitando para os consumidores a escolha7k cassinoprodutos que possam ser consertados e o reparo dos aparelhos quebrados.

Em 2021, a França começou a rotular certos aparelhos eletrônicos – incluindo televisores, smartphones, máquinas7k cassinolavar, laptops e cortadores7k cassinograma – com uma avaliação da capacidade7k cassinoreparo, com base7k cassinocinco critérios que determinam o preço e disponibilidade das peças7k cassinoreposição e a facilidade para desmontar o aparelho.

Na Suécia, os consumidores recebem incentivos fiscais para consertar roupas e aparelhos como máquinas7k cassinolavar roupas e pratos, além7k cassinobicicletas. E também há incentivos para que os consumidores consertem seus aparelhos nos Estados Unidos.

O presidente norte-americano Joe Biden assinou recentemente um decreto destinado a oferecer aos consumidores dos Estados Unidos o direito7k cassinoconsertar seus próprios aparelhos eletrônicos. E os Estados da Califórnia, Nova York, Minnesota e Colorado criaram leis7k cassino2023 que garantem o direito à assistência técnica.

As leis exigem que os fabricantes forneçam aos consumidores peças e ferramentas adequadas por sete anos após a fabricação dos produtos, para que os usuários possam consertar seus próprios aparelhos.

"Estão surgindo muitas leis que obrigam os fabricantes a mudar7k cassinocomportamento", destaca van Abel. E ele espera que a Fairphone possa inspirar outras mudanças na indústria7k cassinotelefones celulares, mostrando o que pode ser realizado.

"Nosso principal objetivo é tornar toda a indústria7k cassinosmartphones mais sustentável", defende ele. "Estamos aumentando a consciência7k cassinotorno dos problemas da cadeia7k cassinofornecimento e criando soluções."

Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Future.