A professora que viaja 108 kmaplicativo casas das apostascarona todos os dias para dar aulas a 2 crianças:aplicativo casas das apostas

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"São filhosaplicativo casas das apostasfamílias que moram na região e trabalham no campo", conta ela à BBC News Mundo (o serviçoaplicativo casas das apostasespanhol da BBC).

María Domínguez não tem outra formaaplicativo casas das apostaschegar à escola que não seja pedindo carona — ou, como se diz no Uruguai, "fazendo dedo".

Mulheraplicativo casas das apostaspele clara no bancoaplicativo casas das apostastrásaplicativo casas das apostasum carro

Crédito, Arquivo Pessoal

As dificuldades do transporte

Domínguez não tem carro próprio. Mesmo se tivesse, não teria como pagar pelo combustível para uma viagem tão longa, todos os dias. Ela tem moto, mas conta que o trajeto não é adequado pra o veículo.

"Nunca conseguiria, são muitos quilômetros e, na primeira viagem, destruiría a moto. E a estrada não estáaplicativo casas das apostascondições", explica ela.

Domínguez destaca que existe um fluxo considerávelaplicativo casas das apostasveículos pesados nessas estradas. Por isso, fica perigoso viajaraplicativo casas das apostasduas rodas por maisaplicativo casas das apostas100 km para ir e outros 100 km para voltar.

E o problema não termina aí. Para usar o transporte público, seria preciso pegar dois ônibus. O primeiro saiaplicativo casas das apostasFlorida às 6h15 da manhã. O segundo, pela tabelaaplicativo casas das apostashorários, deveria passar no pontoaplicativo casas das apostasembarque às nove horas.

"Mas, como a rodovia estáaplicativo casas das apostasobras, ele, com sorte, passa às 9h30,aplicativo casas das apostasforma que não chegaria a tempo", lamenta a professora.

E, depois, há a volta. O primeiro ônibus passa pela rodovia na altura da escola logo após o por do sol. Mas, para o segundo trajeto, só há transporte público no dia seguinte.

Viagemaplicativo casas das apostasquatro partes

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Domínguez chega ao pontoaplicativo casas das apostaspartidaaplicativo casas das apostasmoto e a estaciona ao ladoaplicativo casas das apostasum postoaplicativo casas das apostasgasolina. Às vezes, chega a deixar a chave na ignição. Ela sabe que, quando voltar, irá encontrar a moto intacta.

Essa moto que ela usaaplicativo casas das apostasFlorida não é dela, mas do seu marido. Ele não precisa usar a moto e a empresta para que ela possa cumprir com a primeira parte daaplicativo casas das apostaslonga viagemaplicativo casas das apostastodos os dias.

Naquele ponto, Noelia está àaplicativo casas das apostasespera — uma colega que trabalhaaplicativo casas das apostasoutra escola rural próxima. Quando conseguem fazer com que alguém pare o carro para levá-lasaplicativo casas das apostascarona, elas têm pela frente um primeiro trechoaplicativo casas das apostasviagemaplicativo casas das apostas31 km para o leste.

"Tenho mais sorte com os caminhoneiros", conta Domínguez. E também com trabalhadores do campo. Quase sempre, os motoristas que concordamaplicativo casas das apostaslevá-la são homens.

Depois desse primeiro trecho, elas descemaplicativo casas das apostasum pontoaplicativo casas das apostasônibusaplicativo casas das apostasSan Gabriel, um povoadoaplicativo casas das apostas172 habitantes. Ali, a estrada por onde viajavam se encontra com outra, que cruza o paísaplicativo casas das apostasnorte a sul. Elas então voltam a se posicionar à beira do asfalto,aplicativo casas das apostasbuscaaplicativo casas das apostasalguém disposto a parar o veículo e levá-las rumo ao norte.

María Domínguez tem pela frente um trajetoaplicativo casas das apostas63 km. Noelia desce um pouco antes.

Domínguez conta que, às vezes, a pessoa que as leva encerra a viagem ou se desvia do trajeto antes do seu pontoaplicativo casas das apostasdestino. Nestes casos, ela precisa recorrer à generosidadeaplicativo casas das apostasum terceiro motorista.

Depoisaplicativo casas das apostas40 minutosaplicativo casas das apostasviagem, Domínguez chega à fazenda Jazmín. Lá, ela encontra Eco, como ela chama, "ou a Guerreira, porque passou por tantas coisas..."

"Ela nunca havia passado por estradaaplicativo casas das apostasterra. Começou a fazer estradaaplicativo casas das apostasterra no ano passado", conta a professora, como se falasseaplicativo casas das apostasuma pessoa.

Eco, na verdade, é uma motocicletaaplicativo casas das apostasbaixa cilindrada que ela ganhouaplicativo casas das apostaspresente daaplicativo casas das apostasmãe quando completou 15 anosaplicativo casas das apostasidade.

"Ela me pediu que escolhesse entre a festa e a moto", recorda Domínguez. "Sempre pensei que a moto me serviria muito mais do que uma festinha que iria me alegrar por uma noite e acabar."

Agora, é a moto que a leva à escola distante todos os dias. E, graças ao caseiro da fazenda Jazmín, Umpiérrez, ela pode deixar a Eco protegida.

Pessoa andandoaplicativo casas das apostasmoto

Crédito, Arquivo Pessoal

Legenda da foto,

A professora usa vários métodosaplicativo casas das apostastransporte diferentes para chegar

Entrada na zona rural

María Domínguez se formouaplicativo casas das apostasmagistérioaplicativo casas das apostas2019. No ano seguinte, começou a pandemiaaplicativo casas das apostascovid-19 e as aulas presenciais foram suspensas no Uruguai e no resto do mundo.

Os primeiros estudantes a voltarem à salaaplicativo casas das apostasaula foram os da zona rural,aplicativo casas das apostasmaioaplicativo casas das apostas2020. Por isso, Domínguez começou a lecionar como professora suplenteaplicativo casas das apostasescolas rurais. As diretoras das escolas da região compartilhavam seu contato, para que ela substituísse as ausências dos professores titulares.

"No começo, quando me escreviam, eu primeiro respondia que sim e depois perguntava como chegar", ela conta.

Mas,aplicativo casas das apostas2020 e 2021, ela conseguia ir e voltaraplicativo casas das apostasônibus das escolas onde deveria dar aula. Segundo ela, "a experiênciaaplicativo casas das apostaspedir carona começou no ano passado".

Em 2022, ela foi destacada para outra escola rural, perto da atual. E, certo dia, aconteceu: ninguém a levouaplicativo casas das apostasvolta e ela precisou retornar da escolaaplicativo casas das apostasmoto antesaplicativo casas das apostasanoitecer.

À noite, é impossível transitar pelas estradasaplicativo casas das apostasterra e pedras com a luz da moto, que é muito fraca, e o gado que anda solto pelo campo.

Criançasaplicativo casas das apostaspele parda e claraaplicativo casas das apostasuma escola rural

Crédito, Getty Images

Legenda da foto,

Cercaaplicativo casas das apostas17,3 mil crianças frequentam as 1.440 escolas rurais do Uruguai

Segunda mãe

O trajeto prossegue. Na fazenda Jazmín, Domínguez sobe na moto e dirige por 1,5 km, até entraraplicativo casas das apostasuma sinuosa estradaaplicativo casas das apostasterra. Ela então passa por outra escola rural e por uma estaçãoaplicativo casas das apostastrem abandonada desde a décadaaplicativo casas das apostas1990 (com os trilhos cobertosaplicativo casas das apostasmato).

A professora percorre 12 km até chegar à escola, entre 9h45 e 9h50, com pequena antecedência para poder abrir as portas, esperar a chegadaaplicativo casas das apostasJuliana e Benjamín — e, às 10 horas, começar a aula.

Mas por que é preciso manter a escola aberta para apenas duas crianças?

"Pode haver diversos motivos que façam com que essa criança precise ir a esta escola", responde a professora. "Porque ela mora longe e a escola mais próxima é esta; devido ao trabalho dos pais, que podem deixar a criança ali no caminho; ou porque existe um córrego que transborda nos diasaplicativo casas das apostaschuva e a escola a que ela consegue ter acesso é esta."

A escolaaplicativo casas das apostasPasoaplicativo casas das apostasla Cruz del Yí é uma casa simplesaplicativo casas das apostasdois andares. Ela tem uma salaaplicativo casas das apostasaula, dois banheiros, uma cozinha e um pequeno dormitório que, agora, ninguém mais usa. Mas a professora mantém ali um colchão e cobertores, para o casoaplicativo casas das apostasprecisar passar a noite.

Benjamín chega à escola comaplicativo casas das apostasmãe, Carla. No fimaplicativo casas das apostasmarço, ela foi contratada pela administração da educação pública para limpar e cozinhar na escola.

Entre o início das aulas,aplicativo casas das apostas6aplicativo casas das apostasmarço, e a contrataçãoaplicativo casas das apostasCarla, Domínguez precisava trataraplicativo casas das apostaslimpar e cozinhar para as crianças, além das tarefas acadêmicas.

A cada 15 dias, a professora vai ao supermercado e faz as comprasaplicativo casas das apostasalimentos e produtosaplicativo casas das apostaslimpeza que forem necessários para a escola. Com o cardápio preparado antecipadamente pelos nutricionistas da administração pública, ela procura os ingredientes que Carla irá usar para cozinhar para as crianças e para elas próprias.

Lecionar, ao mesmo tempo, para dois alunosaplicativo casas das apostasidades tão diferentes não é uma tarefa simples. Um deles precisa aprender a multiplicar e dividir, enquanto a menor ainda não sabe ler e escrever.

Por isso, a professora começa a aula conversando sobre o que as crianças desejarem compartilhar e, depois, distribui as tarefasaplicativo casas das apostascada um, tentando encontrar formas para que os dois trabalhem juntos, ainda que seus níveisaplicativo casas das apostasaprendizado sejam diferentes.

"Sobre uma mesma frase, posso pedir à pequena que desenhe e, ao maior, que escreva. Se for um trabalho manual, posso juntar o grande com a pequena", descreve a professora. "Seria uma pena se, todos os dias, eles ficassem separados, cada um naaplicativo casas das apostasbolha."

O horárioaplicativo casas das apostasaula termina às três da tarde, depoisaplicativo casas das apostasum intervaloaplicativo casas das apostasuma hora para comer e brincar.

Com tão poucas pessoas na escola, tudo se torna muito familiar.

"As crianças me chamaram, maisaplicativo casas das apostasuma vez,aplicativo casas das apostas'mamãe'", ela conta. "É inevitável, pois o vínculo é muito próximo."

María Domínguez fecha a escola e volta para a fazenda na Eco. Ali, ela guarda a moto e segue novamente para a margem da estrada.

E fica à espera da próxima carona.