As mães que assumiram cabelos cacheados para inspirar filhas:minijogos online

Weruska Goeking e Amanda Vidal

Crédito, Arquivo pessoal/Weruska Goeking e Amanda Vidal

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Weruska Goeking eminijogos onlinefilha Manuela, (à esquerda), e Amanda Vidal comminijogos onlinefilha, Laura

A opçãominijogos onlinealisar os cabelos foi colocada à prova na medidaminijogos onlineque Weruska era exposta a conteúdosminijogos onlinemais e mais mulheres assumindo seus cabelos naturais na internet. Em paralelo a isso, crescia a vontademinijogos onlineser mãe.

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"Eu já vinha flertando com a ideiaminijogos onlinever meu cabelo naturalminijogos onlinenovo, buscando referências, pesquisando sobre transição capilar… Quando engravidei, veio o reforço que eu precisava para abraçar minha identidade."

Weruskaminijogos onlinetrês versões: com os fios alisados, durante a transição capilar e com seus cachos naturais

Crédito, Arquivo pessoal/Weruska Goeking

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Weruskaminijogos onlinetrês versões: com os fios alisados, durante a transição capilar e com seus cachos naturais

Quando recebeu a confirmaçãominijogos onlineque seria mãe, Weruska conta que começou a refletir como ensinaria a criança a amar seu corpo,minijogos onlineidentidade e seu cabelo — especialmente se fosse uma menina, o que se confirmou algumas semanas mais tarde.

"Não fazia sentido eu não aceitar uma parteminijogos onlinemim mesma, como meu cabelo, e tentar ensiná-la a se amar. A Manuela desempenhou um papel fundamental nessa decisão."

Assim como para muitas mulheres que passam pela transição capilar, a fase foi desafiadora para Weruska. "Eu não estava preparada para cuidar do cabelo natural, e estar com ele metade cacheado e metade liso era complicado. Cortei, tirando toda a química, após um ano e alguns mesesminijogos onlinetransição."

Os cachosminijogos onlineManuela, filhaminijogos onlineWeruska

Crédito, Arquivo pessoal/Weruska Goeking

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Os cachosminijogos onlineManuela, filhaminijogos onlineWeruska

A força da identidade

Na avaliação da psicóloga Danielle Braga, o atominijogos onlineassumir os cachos tem relação direta com mostrar a essência, personalidade e ancestralidade.

"Acho que está tudo bem querer mudar, mas quando optamos por alisar o cabelo por uma pressão externa, estamos,minijogos onlinecerta forma, representando um papel social para sermos aceitos e nos encaixarmos minimamenteminijogos onlineum contexto social. Assumir nossos cabelos é uma quebraminijogos onlinerelação a essa violência."

Danielle Braga

Crédito, Arquivo pessoal/Danielle Braga

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Danielle Braga é psicóloga social e atuaminijogos onlinecoletivos periféricos da Zona Sul da cidademinijogos onlineSão Paulo

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O impacto da rejeição do cabelo natural — por si próprias ou por outras pessoas— pode ter um impacto negativo grande na vidaminijogos onlinemeninas, diz Braga.

"Como será que a mente dessa menina vai se comportarminijogos onlineoutras relações no futuro se foi uma figuraminijogos onlinecuidado dizendo que ela não pode ou não deve deixar o cabelo como ele é naturalmente? Provavelmente ela constantemente pensará que não é suficiente"

Quanto às mães e cuidadoras que permitiam ou incentivavam o alisamento dos cabelos das meninas, a psicóloga avalia que a decisão era tomada por um conjuntominijogos onlinemotivos — e que não seria justo colocá-las como vilãs mal-intencionadas.

"Muitas dessas mães são negras, e pode ser que tenham enfrentado preconceito devido ao cabelo e estivessem tentando proteger suas filhas. Essas decisões também podem estar relacionadas ao contexto da época", diz Braga.

"A transição é uma ruptura, permitindo deixar para trás um passadominijogos onlinedor, negligência e silenciamento, e assumirminijogos onlineverdadeira identidademinijogos onlineum mundo que ainda não a enxerga com olhos gentis, que às vezes a exotizam, é um processo complexo e desafiador, mas é fundamental para a nossa evolução."

Já o movimento que mães como Weruska fazem —minijogos onlineromper com um ciclominijogos onlineanos na mudança da aparência — tem, na visãominijogos onlineBraga, um impacto na autoestima e no amor-próprio.

"Quando as mães podem transmitir essa mensagem, o processominijogos onlineaceitação se torna mais positivo. As meninas também são preparadas para enfrentar a escola e os comentáriosminijogos onlineforma diferente."

"Ao invésminijogos onlinedizer 'vamos alisar o cabelo para não passar por isso', as mães podem dizer 'vou conversar com a diretoria, isso não vai ficar assim'. Essa sensaçãominijogos onlineproteção,minijogos onlineter alguém que olha por você, te protege e te cuida, é valiosa. Essa geração não vai aceitar menos do que merece. "

'Educar pelo exemplo'

Diferentementeminijogos onlineWeruska, a carioca Amanda Vidal,minijogos online40 anos, ainda alisava o cabelo quandominijogos onlinefilha, Laura, nasceu.

"Quando ela tinha cinco anos, estava tentando deixar os fios naturais, mas eu não gostava do que via no espelho. Cedi à voltar para o alisamento sem pensar no impacto que isso teria nela", conta.

Não demorou muito para que Laura começasse a pedir para ter os fios lisos como o da mãe — ela dizia querer “poder jogar os cabelosminijogos onlinelado”.

Amanda teve um flashback. “Era exatamente o que eu falava quando era mais nova — meu sonho era ter um cabelo bem lisinho para poder jogar. Foi aí que eu comecei a me preocupar com isso e tentei convencê-laminijogos onlineque seu cabelo era lindo do jeito que era, mas não funcionou como eu esperava.”

Três fotos diferentesminijogos onlineAmanda comminijogos onlinefilha, Laura

Crédito, Arquivo pessoal/Amanda Vidal

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Amanda, 40 anos , e Laura, 7

"Eu percebi que não podia dizer que seu cabelo era lindo enquanto alisava o meu. Precisava educar pelo exemplo, então, comecei a trabalhar nisso dentrominijogos onlinemim. Foi um processo longo."

"Agora, ela balança seu cabelo e não se preocupa mais com o volume, porque ela sabe que é linda do jeito que é. Isso me deixa muito feliz."

"Esse exemplo que eu pude dar não era tão comum no passado. Minha mãe também tinha cabelo cacheado, mas alisava com progressiva porque acreditava que era melhor e a fazia sentir-se mais bonita e arrumada. Havia um estigmaminijogos onlineque cabelo cacheado não ficava arrumado, o que não é verdade.:

A tentação da busca pelo 'perfeito'

Amanda acredita que essa mudança — da qual ela e outras mães fazem parte — pode ajudar as futuras gerações a aceitarem seus cabelos naturais desde cedo.

"Sem sentir a pressãominijogos onlinealisá-los para se encaixarminijogos onlinepadrõesminijogos onlinebeleza tradicionais. Isso é maravilhoso, todos devem se sentir bem consigo mesmos do jeito que são."

Ela diz não aceitar comentários externos sobre os fiosminijogos onlineLaura. "Se sugerem que ela prenda ou passe um creme, por exemplo, eu digo que ela pode usar como quiser — e que não existe cabelo cacheado sem frizz."

Weruska concorda — e acrescenta que é perigoso reforçar padrõesminijogos onlineperfeição também para as cacheadas.

"É importante não trocar uma prisão estética por outra. Aceitar e amar nosso cabelo natural envolve também aceitar a diversidade dos outros. Cuido do cabelo da minha filha com atenção e carinho, mas evito reforçar padrõesminijogos onlineperfeição."

"Não a elogio apenas quando o cabelo está recém lavado ou preso. É importante que ela saiba que seu cabelo é lindominijogos onlinequalquer estado, e que não existe um cacho 'perfeito'".