Como o fenômeno El Niño vai afetar a economia mundial:br betano com cadastrar

Pier parcialmente destruído por mar agitado

Crédito, Getty Images

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El Niño normalmente leva a chuvas e inundaçõesbr betano com cadastrarparte do litoral dos EUA

Os cientistas já alertaram que, com o aumento das emissõesbr betano com cadastrarcarbono e o forte El Niño deste ano, existe 66%br betano com cadastrarpossibilidadebr betano com cadastrarque o planeta ultrapasse o limitebr betano com cadastraraquecimento globalbr betano com cadastrar1,5° Cbr betano com cadastrarpelo menos um ano, até 2027.

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Mas o fenômeno pode também trazer padrões meteorológicos extremos e perigosos, como fortes chuvas e enchentes,br betano com cadastrarpartes dos Estados Unidos ebr betano com cadastraroutros países, no final deste ano e no início do ano que vem.

Prejuízos trilionários

El Niño e La Niña são fenômenosbr betano com cadastrarocorrência natural que alteram os padrões climáticosbr betano com cadastrartodo o mundo.

Durante o El Niño, as temperaturas da superfície do Oceano Pacífico são mais altas do que o normal. E La Niña é o seu oposto mais frio,br betano com cadastrarque as temperaturas do oceano estão abaixo do padrão.

"Nossa previsão é que o El Niño continue até o inverno [no hemisfério norte – verão no hemisfério sul] e a probabilidadebr betano com cadastrarque ele se torne um forte evento ao atingir seu pico é bastante alta,br betano com cadastrar56%. A possibilidadebr betano com cadastrarum evento pelo menos moderado ébr betano com cadastrarcercabr betano com cadastrar84%", segundo Emily Becker, diretora do Instituto Cooperativobr betano com cadastrarEstudos Marinhos e Atmosféricos da Universidadebr betano com cadastrarMiami, nos Estados Unidos, no blog da Administração Nacional Atmosférica e Oceânica (NOAA, na siglabr betano com cadastraringlês) americana.

Agricultor maneja plantasbr betano com cadastrarárea inundada

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Agricultor no Paquistão, um dos 20 países sob riscobr betano com cadastrarinundações excessivas por conta do El Niño este ano

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E os efeitos podem também reverberar por algum tempo no futuro. Um estudo recentebr betano com cadastrarpesquisadores do Dartmouth Collegebr betano com cadastrarHanover, no Estado americanobr betano com cadastrarNew Hampshire, estima que o El Niño que se iniciabr betano com cadastrar2023 pode custar até US$ 3,4 trilhões (cercabr betano com cadastrarR$ 16,6 trilhões) para a economia global nos próximos cinco anos.

Pesquisadores também afirmam que, após dois eventos poderosos recentes do El Niño,br betano com cadastrar1982-83 e 1997-98, o PIB dos Estados Unidos foi 3% menor do que o esperado meia década depois. Se um evento com magnitude similar acontecesse agora, o custo calculado para a economia americana seriabr betano com cadastrarUS$ 699 bilhões (cercabr betano com cadastrarR$ 3,4 trilhões).

É preciso observar que países tropicais costeiros, como a Indonésia e o Peru, sofreram quedabr betano com cadastrar10% do PIB após os mesmos fenômenos, segundo os pesquisadores. Eles projetam que as perdas econômicas globais neste século somarão US$ 84 trilhões (cercabr betano com cadastrarR$ 410 trilhões), com as mudanças climáticas aumentando a frequência e a potência do El Niño.

"O El Niño não é apenas um choque do qual a economia se recupera imediatamente", afirma Justin Mankin, professorbr betano com cadastrargeografia do Dartmouth College e um dos autores do estudo.

"O nosso estudo demonstra que a produtividade econômica após o El Niño é reduzida por muito mais tempo do que simplesmente o ano após o fenômeno."

"Quando falamosbr betano com cadastrarEl Niño aqui nos Estados Unidos, significa que o tipobr betano com cadastrarimpactos que iremos ver, como enchentes e deslizamentos, normalmente não tem coberturabr betano com cadastrarseguro na maioria das empresas e residências", segundo Mankin. Na Califórnia, por exemplo, 98% dos proprietáriosbr betano com cadastrarcasas não têm seguro contra enchentes.

Outros impactos econômicos nos Estados Unidos podem incluir danos à infraestrutura causados por enchentes – que causariam interrupções das cadeiasbr betano com cadastrarabastecimento – e queda das colheitas, causada por enchentes ou seca, diz Mankin.

Desastres e doenças

As pessoas nos Estados Unidos devem se preparar para um inverno especialmente desastroso este ano, se houver a chegada do El Niño?

Não necessariamente. O El Niño pode causar períodosbr betano com cadastrarfenômenos climáticos extremos na América do Norte, mas nem sempre é o que acontece.

Durante o El Niño, os ventos que, normalmente, empurram a água mais quente do Oceano Pacífico para o extremo oeste se enfraquecem.

Isso permite que a água aquecida retorne para o leste e se espalhe por uma área maior do oceano.

Este fenômeno aumenta a concentraçãobr betano com cadastrarumidade no ar acima do oceano mais quente, o que altera a circulaçãobr betano com cadastrarar na atmosferabr betano com cadastrartodo o mundo.

Nestas condições, o Canadá e o norte dos Estados Unidos tipicamente têm clima mais quente e seco do que o normal, enquanto os Estados do sul e o litoral do Golfo do México tendem a ter condições mais úmidas, segundo David DeWitt, diretor do Centrobr betano com cadastrarPrevisões Climáticas do NOAA.

Deslizamentobr betano com cadastrarpraia

Crédito, Getty Images

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Os deslizamentos têm efeitos profundos na produtividadebr betano com cadastrarpaíses afetados pelo El Niño

"O El Niño tende a aumentar a probabilidadebr betano com cadastrarprecipitação acima do normalbr betano com cadastrarum terço dos Estados Unidos, ao sul”, segundo ele.

O fenômeno também costuma reduzir o númerobr betano com cadastrarfuracões no Oceano Atlântico, mas pode gerar mais furacões no Pacífico, na costa oeste dos Estados Unidos. Todos esses efeitos dependem,br betano com cadastrargrande parte, da potência do El Niño responsável pelas mudanças.

O sul dos Estados Unidos é a região mais propensa a sofrer impactos severos, incluindo fortes chuvas e possíveis inundações repentinas, segundo DeWitt.

Estes fenômenos se seguiriam aos vários anosbr betano com cadastrarseca ocorridos após três anos consecutivosbr betano com cadastrarLa Niña.

"O que frequentemente acontece [durante o El Niño] é que, quando a chuva vem, ela vem com muita rapidez", explica DeWitt.

"Isso pode causar deslizamentosbr betano com cadastrarterra na Califórnia ebr betano com cadastraroutros lugares onde tenham ocorrido incêndios florestais, o que pode causar grande devastação."

Os deslizamentos ocorrem porque a terra queimada retém menos quantidadebr betano com cadastrarágua, que pode escoar perigosamente.

Os fortes eventos causados pelo El Niñobr betano com cadastrar1997-98 e 2015-16, por exemplo, incluíram enchentes e deslizamentos na Califórnia. E a estaçãobr betano com cadastrar1997-98 também foi associada a outros eventos extremos incomunsbr betano com cadastraroutras partes dos Estados Unidos, como fortes tempestadesbr betano com cadastrargelo na Nova Inglaterra (nordeste do país) e tornados mortais na Flórida.

Mas as mudanças dos padrões climáticos causadas pelo El Niño também trazem outros problemas. Doenças infecciosas, por exemplo, podem ter maior incidênciabr betano com cadastraráreas onde as condições favorecem a proliferaçãobr betano com cadastrarinsetos e outras pragas transmissoras.

Um estudo sobre o fenômeno El Niño ocorridobr betano com cadastrar2015-16 concluiu que os surtosbr betano com cadastrardoenças foram 2,5% a 28% mais intensos.

Na Califórnia, houve aumentos dos casosbr betano com cadastrarinfecção pelo vírus do Nilo Ocidental, transmitido por mosquitos.

Já Novo México, Arizona, Colorado, Utah e o Texas observaram aumento dos surtosbr betano com cadastrarsíndrome pulmonar por hantavírus, que é principalmente transmitido por roedores.

Houve até aumento do númerobr betano com cadastrarcasosbr betano com cadastrarpestebr betano com cadastrarseres humanos – embora ainda sejam poucos – no oeste e sudoeste dos Estados Unidos.

'Cada 0,1° C importa'

Durante o El Niño, muito calor e umidade são transportados dos trópicosbr betano com cadastrardireção aos polos.

"Quando você aumenta a umidadebr betano com cadastrarlatitudes maiores, ela captura mais radiação infravermelha térmica, o que gera aquecimento", explica DeWitt. "É isso o que chamamosbr betano com cadastrarefeito estufa."

Mesmo que seja temporária, a violação do limitebr betano com cadastrar1,5° C prevista pela Organização Meteorológica Mundial devido ao aumento das emissões e ao El Niño deste ano pode gerar amplo sofrimento humanobr betano com cadastrartodo o mundo.

Um estudo recente da Universidadebr betano com cadastrarExeter, no Reino Unido, concluiu que a limitação por longo prazo do aquecimento global a 1,5° C poderá salvar bilhõesbr betano com cadastrarpessoas da exposição a níveis perigososbr betano com cadastrarcalor (temperatura médiabr betano com cadastrar29° C ou mais).

As políticas atuais foram projetadas para causar o aquecimento globalbr betano com cadastrar2,7° C no final do século. Os autores do estudo advertem que este índice pode deixar dois bilhõesbr betano com cadastrarpessoas expostas a níveis perigososbr betano com cadastrarcalorbr betano com cadastrartodo o mundo.

Mulher grávida com as mãos na barriga

Crédito, PA Media

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As mudanças climáticas colocam nossa saúdebr betano com cadastrarriscobr betano com cadastrardiversas formas, inclusive na gestação

Limitar o aquecimento a 1,5° C faria com que cinco vezes menos pessoas vivessembr betano com cadastrarambientes com níveis perigososbr betano com cadastrarcalor.

A limitação também ajudaria a evitar a migração climática e consequências prejudiciais à saúde, incluindo perdabr betano com cadastrargravidez e prejuízos às funções cerebrais, segundo Tim Lenton, diretor do Institutobr betano com cadastrarSistemas Globais da Universidadebr betano com cadastrarExeter e um dos autores do estudo.

Existem preocupaçõesbr betano com cadastrarque, se as emissõesbr betano com cadastrarcarbono continuarem a aumentar, ocorrências futuras do El Niño podem elevar as temperaturas globais acima do limitebr betano com cadastrar1,5° C com frequência cada vez maior.

"Cada 0,1° C realmente importa", afirma Lenton. "Cada 0,1° Cbr betano com cadastraraquecimento que pudermos evitar, segundo nossos cálculos, evita que 140 milhõesbr betano com cadastrarpessoas sejam expostas a calorbr betano com cadastrarníveis sem precedentes e aos danos que podem sobrevir."

"Com isso, evitamos o perigo para centenasbr betano com cadastrarmilhõesbr betano com cadastrarpessoas e este deveria ser um imenso incentivo para trabalharmos mais intensamente para reduzir as emissões a zero", conclui Lenton.