Por que talento é mais valorizado na vida profissional do que trabalho árduo:aposta certa bet

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Estas narrativas podem ser benéficas para figuras reconhecidas que desejam parecer humildes e com os pés no chão. Mas recentes pesquisas psicológicas demonstram que enfatizar excessivamente a importância do trabalho duro pode ser contraproducenteaposta certa betmuitas situações profissionais. O motivo é um fenômeno conhecido como "viés da natureza".
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Fim do Matérias recomendadas
Estes estudos indicam que as pessoas têm mais respeito por quem possui um dom inato do que por aqueles que precisaram lutar para atingir os seus objetivos.
Acredita-se que o viés da natureza opere abaixo do nível da consciência e suas consequências podem ser profundamente injustas. No setoraposta certa betrecursos humanos, por exemplo, os entrevistadores podem preferir um candidato menos qualificado se acreditarem que suas conquistas surgiram do talento natural,aposta certa betcomparação com um candidato mais bem sucedido, que demonstre esforço e determinação.
Felizmente, os cientistas responsáveis pelas pesquisas têm alguns conselhos sobre como evitar "punições" pelo nosso trabalho duro.
Gênio natural
Na psicologia do consumidor, a expressão "viés da natureza" costuma descrever nossa preferência por produtos naturaisaposta certa betlugaraposta certa betsintéticos.
O escritor Malcolm Gladwell parece ter sido o primeiro a aplicar este conceito às capacidades humanas,aposta certa betuma palestra para a Associação Norte-Americanaaposta certa betPsicologia (APA, na siglaaposta certa betinglês),aposta certa bet2002.
Ele disse que "em algum nível fundamental, nós acreditamos que, quanto mais perto algo estiver do seu estado original, quanto menos alterado ou adulterado for, mais desejável será".
Gladwell propôs que, segundo esta lógica, alguém que precisasse trabalhar muito para atingir o sucesso,aposta certa betessência, teria agido contra aaposta certa bet"natureza" e suas conquistas seriam menos respeitadas.
Ele baseou este argumento,aposta certa betgrande parte,aposta certa betsuas observações e nãoaposta certa betevidências experimentais. Mas a professora Chia-Jung Tsay, da Faculdadeaposta certa betAdministração do University Collegeaposta certa betLondres, no Reino Unido, colocou a ideia à provaaposta certa betuma sérieaposta certa betestudos.
Tsay realizou seu primeiro experimento quando estava na Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Ela examinou as percepções das pessoas sobre o talento musical.
Todos os participantes eram músicos treinados que assistiram a dois vídeosaposta certa bet20 segundosaposta certa betuma apresentação dos Três Movimentosaposta certa betPetrouchka,aposta certa betStravinsky. Os dois trechos foram executados pela pianista taiwanesa Gwhyneth Chen, mas os participantes foram levados a acreditar que as gravações eramaposta certa betdois pianistas diferentes.
Com cada faixa, os participantes receberam um pequeno texto biográfico enfatizando o talento natural do pianista, ou o trabalho e a dedicação que o ajudaram a desenvolver aaposta certa betarte. E, depoisaposta certa betouvirem as gravações, eles precisavam avaliar a capacidade do músico e suas possibilidadesaposta certa betsucesso futuro eaposta certa betseguir carreira como músico profissional.
Teoricamente, os participantes deveriam ter fornecido aos dois trechos a mesma avaliação – afinal, eles estavam ouvindo partes diferentes da mesma apresentação. Mas Tsay descobriu que as informações biográficas exerceram notável influência sobre os julgamentos.
Os participantes forneceram avaliações significativamente mais positivas depoisaposta certa betlerem sobre a genialidade inata do pianista e deram notas mais baixas quando leram sobre a dedicação do artista àaposta certa betprática diária.
Surpreendentemente, estes julgamentos contradisseram diretamente as convicções abertamente expressas pelos artistas sobre a construção do sucesso musical. Quando eles foram questionados diretamente sobre qual fator era mais importante para o bom desempenho na música, a maioria escolheu o esforço e não o talento.
Com este resultado, Tsay suspeita que o viés da natureza possa ser causado pelo processamento inconsciente do cérebro. "Podemos não ter consciência da desconexão", segundo ela.

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Nascido para o sucesso
Para descobrir se o viés da natureza pode ser aplicado a outros domínios além da música, Tsay idealizou um experimento similar para examinar as opiniões das pessoasaposta certa betrelação ao sucesso empresarial.
Cada participante recebeu um perfilaposta certa betum empresárioaposta certa betascensão e uma apresentaçãoaposta certa betáudioaposta certa betum minuto sobre o seu plano comercial. As informações foram idênticasaposta certa bettodos os casos, exceto por algumas sentenças descrevendo como eles chegaram ao seu sucesso atual.
Para metade dos participantes, as informações biográficas apresentavam a pessoa como um lutador, que trabalhou muito; e, para a outra metade, o perfil ilustrava uma pessoa com talento inato. E, depoisaposta certa betler o perfil, os participantes avaliaram os empresários e suas propostas comerciaisaposta certa betdiversas escalas.
Tsay encontrou o mesmo tipoaposta certa betjulgamento que ela havia visto nas avaliações da capacidade musical. Em média, os participantes tinham mais respeito pelas conquistas naturais e avaliaram melhor o plano comercial daquele empresário.
E a experiência dos participantes pouco reduziu o preconceito. Na verdade, o viés era mais forte entre as pessoas com maior experiência empresarial, como entre aquelas que já haviam fundado ou investidoaposta certa betempresas.
Esta influência na tomadaaposta certa betdecisões pode ter um custo significativo.
Questionados a comparar diretamente diversos candidatos, os participantes do estudoaposta certa betTsay estavam dispostos a investiraposta certa betempresários com avaliações mais baixasaposta certa bettestesaposta certa betinteligência (em 30 pontosaposta certa betQI), menos anosaposta certa betexperiênciaaposta certa betliderança e capital acumulado US$ 31 mil (cercaaposta certa betR$ 157 mil) menor – simplesmente porque foram informados que eles atingiram o sucesso com seu talento natural.
O viés da natureza surge muito cedo. Trabalhando com colegas da Universidadeaposta certa betCiência e Tecnologiaaposta certa betHong Kong, na China, Tsay concluiu que crianças com até cinco anosaposta certa betidade demonstram maior respeito pelas pessoas com capacidades naturais.
Neste estudo, os participantes ouviram a históriaaposta certa betduas pessoas que descreveram a facilidade com que eles faziam amigos. Eles instintivamente preferiram a pessoa que era naturalmente popular,aposta certa betcomparação com aquela que havia trabalhado muito para estabelecer suas habilidades sociais.
"O viés da natureza é muito generalizadoaposta certa bettodos os setores, idades e culturas", afirma a professora.
Preocupe-se com aaposta certa betmentalidade
As pesquisasaposta certa betTsay sobre o viés da natureza coincidem com uma grande quantidadeaposta certa betestudos psicológicos sobre como as nossas crenças pessoais moldam a nossa educação e desenvolvimento profissional.
Segundo estes estudos, pessoas com "mentalidade fixa" acreditam que suas capacidades próprias são imutáveis. Já as pessoas com "mentalidadeaposta certa betcrescimento" tendem a observar suas capacidades como sendo maleáveis.
De forma geral, pessoas com mentalidadeaposta certa betcrescimento são mais resilientesaposta certa betrelação aos fracassos e mais dispostas a perseverar rumo aos seus objetivos, o que faz com que elas atinjam melhores resultados.
Considerando estas pesquisas, muitas escolas e empresas começaram a participaraposta certa betiniciativas para desenvolver a mentalidadeaposta certa betcrescimento entre estudantes e funcionários.
"A maior parte das pesquisas existentes sobre a mentalidade examina o que eu penso, como aquilo forma a minha reação a diferentes situações e qual é o meu desempenho resultante", afirma Aneeta Rattan, professoraaposta certa betciência das organizações da London Business School.
"O que eu adoro no trabalhoaposta certa betChia-Jung Tsay é que ela realmente muda essa perspectiva e examina como estamos avaliando as outras pessoas", segundo ela.
Rattan suspeita que os líderes podem elogiar a mentalidade do crescimento, mas ainda exibir preferências inconscientes por pessoas que parecem ter talentos inatos. Ela espera que os gerentes agora possam tentar levar este pontoaposta certa betconsideração na horaaposta certa bettomar decisões.
"Precisamos nos perceber e perceber os demais quando caímos nesse viés", segundo ela.

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Perspectivas equilibradas
Individualmente, a existência do viés da natureza pode influenciar a forma como nos apresentamos aos demais, para que nossas conquistas não sejam indevidamente menosprezadas.
Na convenção anual da Sociedadeaposta certa betPsicologia Social e da Personalidade dos Estados Unidosaposta certa bet2023, Clarissa Cortland – colegaaposta certa betTsay – apresentou os resultadosaposta certa betuma pesquisa que examinou o comportamentoaposta certa betseis mil estudantes universitários que trabalhavam como líderes empresariais.
Questionados a descreveraposta certa bettrajetória profissional, cercaaposta certa bet80% dos participantes concentraram-se nos seus esforços e disciplina, não naaposta certa betcapacidade natural. Este índice foi ainda maior quando eles precisaram imaginar a descrição daaposta certa bettrajetória para outras pessoas.
"Existe uma mudança instintiva para ‘descrever um lutador’ quando os motivos da autoapresentação são altos", afirma Cortland.
Uma das razões pode ser porque a maioria das pessoas quer evitar parecer arrogante e acredita que concentrar-se no trabalho árduo e não no talento natural pode fazer com que elas pareçam ter mais os pés no chão.
A arrogância é um atributo indesejável. E, durante uma entrevistaaposta certa betemprego, por exemplo, ela pode indicar que você talvez venha a ser desagradável com o resto da equipe e ter dificuldades para respeitar ordens.
Seguindo esta linha, as pesquisas da professora Christina Brown, da Universidade Arcadia, na Pensilvânia (Estados Unidos), demonstraram que certos fatoresaposta certa betcontexto podem reduzir o viés.
Embora se possa dar preferência para os gênios naturaisaposta certa betcargos que precisamaposta certa betuma estrela isolada que brilhe, Brown concluiu que as pessoas costumam preferir lutadores para tarefas que exigem cooperação.
Atualmente, a maior parte das carreiras irá precisaraposta certa betum certo nívelaposta certa bettrabalhoaposta certa betequipe – e, se enfatizarmos unicamente nossa capacidade inata, corremos o riscoaposta certa betparecer uma diva com dificuldade para colaborar com os demais.
Por isso, a solução mais inteligente pode ser um quadro mais sutil dos nossos sucessos, sem nos concentrarmos exclusivamenteaposta certa betnenhum dos dois elementos.
Em uma entrevistaaposta certa betemprego, por exemplo, podemos nos concentraraposta certa betdiscutir as áreas que exigiram maior dedicação e também relacionar as capacidades inatas que nos ajudaram a seguir adiante.
"É possível que tenhamos apenas enfatizado todas as horasaposta certa betesforço e formação", afirma Tsay. "Mas ainda existem coisas que provavelmente vêm mais facilmente para nós e está certo mencioná-las para equilibrar a narrativa."
O gênio pode ser o resultadoaposta certa bet1%aposta certa betinspiração mais 99%aposta certa bettranspiração, como sugeriu Edison, ou uma somaaposta certa bet50:50. De qualquer forma, você pode reconhecer como as duas características levaram você ao sucesso. Só então, você irá ganhar o respeito que merece.
*David Robson é escritoraposta certa betciências e autor do livro The Expectation Effect: How Your Mindset Can Transform Your Life (O efeito da expectativa: como o seu pensamento pode transformaraposta certa betvida, em tradução livre), publicado no Reino Unido pela editora Canongate e, nos EUA, pela Henry Holt. Sua conta no Twitter é @d_a_robson.
Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Worklife.










