A extraordinária históriaaposta certa bet365Tony Osornio, a primeira mulher paraquedista do México :aposta certa bet365

Sou a mais nova e a única mulher entre 4 irmãos. Sempre fui tão inquieta que meu pai dizia que eu tinha a energia dos meus três irmãos juntos.

Com minha mãe, tive problemas, porque ela dizia que as mulheres pertenciam ao lar e que os homens eram os que deveriam sair para a rua. Ela nunca me deixou estudar na cidadeaposta certa bet365Querétaro.

Eu sentia que,aposta certa bet365vezaposta certa bet365me aproximar, me afastava com tantas exigências. Até me castigava por desobediência. Mas, ainda assim, eu me escondia dela para fazer as tarefas dos meus irmãos, jogar futebol com eles e me molhar na chuva, tudo o que eu supostamente não deveria fazer.

Eu me sentia como se estivesseaposta certa bet365uma prisão. Chegou a um pontoaposta certa bet365que não podia suportar mais. Se minha mãe não me deixava sair, então teria que encontrar uma maneiraaposta certa bet365escapar.

Decidi que me casaria com o primeiro homem que quisesse se casar comigo.

Antesaposta certa bet365completar 17 anos, meu primeiro e único namorado me pediuaposta certa bet365casamento. Eu disse sim, com a condiçãoaposta certa bet365que me permitisse estudar, sair e ter mais liberdade.

Meu pai tentou me convencer a não fazer isso. Até me disse que me compraria um carro se eu ficasse até terminar o ensino médio.

Mas eu estava determinada. Queria me casar para sair daquela situação.

Casei-me realmente empolgada com a ideiaaposta certa bet365ter essa liberdade,aposta certa bet365viver uma aventura.

Meu marido estava no exército, então senti que estava entrandoaposta certa bet365um mundo novo. Ambos adorávamos atividades cheiasaposta certa bet365adrenalina, como dirigir carros rápidos, motos e até paraquedismo.

A verdade é que, no começo, meu casamento foi muito divertido. Tínhamos interessesaposta certa bet365comum e aprendi muito com ele, já que ele era 11 anos mais velho do que eu. No diaaposta certa bet365que me casei, não estava apaixonada, mas com o tempo me apaixonei e ambos nos amávamos muito.

Depois veio minha primeira filha, Mariela. Foi algo lindo e maravilhoso, mas também muito desafiador para mim. Meu marido continuava no exército e viajava muito, às vezes por meses.

Foi avassalador sentir que eu tinha que estar lá com ela e cuidar dela. Senti que aquela criança estava atrapalhando meu caminho.

O que diaaposta certa bet365que encontrei minha paixão

Meu marido dirigia uma escolaaposta certa bet365paraquedismo.

Eu sentia que era minha obrigação ajudá-lo. Mas, na realidade, estava cansadaaposta certa bet365viajar todos os finsaposta certa bet365semana para acompanhá-lo.

Até que um dia, um amigo do meu marido disse a ele: "Você deveria envolvê-la mais para que ela não se entedie e canse tantoaposta certa bet365vir aqui. Deixe-a dar um salto conosco."

Então, meu marido me perguntou: "Você quer saltar?"

"Claro que não. Não vou fazer isso", respondi.

"Você está com medo", ele me desafiou. Ele sabia que eu era orgulhosa.

Então eu disse: "Não, não, não. Me inscreva para o próximo salto."

Não era um salto qualquer. Fazia parteaposta certa bet365uma competiçãoaposta certa bet365paraquedismo.

E chegou o dia. Subi no avião, observei como um por um dos outros saltava, e chegou minha vez. Me aproximei sorrateiramente da porta aberta. E saltei.

Senti o vento no rosto e senti que flutuava. Foi maravilhoso me sentir conectada com o céu, com o ar, com uma liberdade que não posso descreveraposta certa bet365palavras. Uma sensação tão profunda quanto aaposta certa bet365ser um com tudo.

E soube que aquele era o lugar a que pertencia.

Foi um choque total para mim. Foi um prazer que não posso descrever completamente. Foi maravilhoso. E a única coisa que veio à minha mente foi que eu tinha que fazeraposta certa bet365novo.

Conquistei o segundo lugar naquela competição. Foi uma surpresa completa, pois descobri que tinha essas habilidades.

A altitude, o equilíbrio e a precisão no pontoaposta certa bet365aterrissagem me eram naturalmente fáceis.

O troféu foi oaposta certa bet365menosaposta certa bet365comparação com as sensações que experimentei e que me acompanharam durante toda a semana. Enquanto lavava a louça, dirigia ou cozinhava, revivia o que tinha experimentado.

Uma mulher no exército

Continuar saltando não foi fácil, pois não é um esporte barato.

Mas meu marido era comandante da brigada paraquedista, então costumava realizar saltos militares com o exército.

Perguntei se poderia saltar com ele do avião militar sempre que ele saltasse. Eu poderia vestir um uniforme. Ninguém perceberia e não custaria nada.

Ele disse que eu estava louca. Após um mêsaposta certa bet365insistência, ele cedeu.

Eu escondia meu rosto sob o capacete e não olhava para ninguém. Até que um dia houve uma demonstração na presença do Secretário-Geral e do Presidente do Exército.

Pensávamos que, como estávamos longe, ninguém perceberia, então eu saltei e tudo correu perfeitamente. Fui a primeira a pousar, tirei o macacão e fiqueiaposta certa bet365formação saudando a bandeira.

"Por que há uma mulher aqui? Não há mulheres no exército", perguntou o Secretário-Geral.

Foi uma situação estranha. Meu marido poderia ser punido por quebrar as regras.

Então aproveitei a oportunidade e pedi para me alistar no exército. Todos me olhavam como se eu estivesse louca.

"Com o seu apoio, prometo que seremos um grupoaposta certa bet365paraquedistas que elevará o nome do México", disse ao Secretário.

Para me tornar uma soldada e receber o mesmo tratamento que os outros, teria que passar por testes físicos rigorosos. Um deles era correr 20 quilômetros carregando uma mochila pesada.

Na primeira tentativa, só consegui correr cinco quilômetros e vomitei. Os outros recrutas zombaramaposta certa bet365mim e fiquei furiosa.

Mas não desisti. Então, antesaposta certa bet365levar minha filha para a escola, corria pelo bairro inteiro. Passaram meses até eu poder provar que as mulheres também podiam fazer isso.

Comecei a enxergar a belezaaposta certa bet365estar no exército e defender meu país. Por outro lado, era doloroso porque muitos homens zombavamaposta certa bet365mim e falavam pelas costas.

Houve noitesaposta certa bet365que chegueiaposta certa bet365casa e passei a noite chorando, pensando que não conseguiria lidar com todos aqueles homens.

Um dia, fiquei muito zangada e gritei: "Quando puderem fazer os saltos que faço e tiverem todos os troféus que tenho, então aceitarei seu julgamento, mas não antes". Ganhei o respeito deles.

O salto que mudou minha vida

Lembro-meaposta certa bet365meu pai dizendo: "Filha, você já participouaposta certa bet365campeonatos, saltos militares, saltos livres. Por favor, cuide-se. Não consigo dormiraposta certa bet365preocupação".

Mas eu respondia a ele que sem o paraquedismo, eu morreria.

Mesmo quando estava grávidaaposta certa bet365meu filho Paco, continuei saltando. Eu estava indo competiraposta certa bet365um campeonatoaposta certa bet365Paris, então não queria divulgar isso.

Mas quase o perdiaposta certa bet365um salto. Essa paixão me levou ao limite da irresponsabilidade. Eu fui irresponsável. Tudo o que eu queria era ter um avião à minha frente e poder saltar, sentir aquela sensação, aquela adrenalina.

Agora, com os anos passados, questiono como ousei fazer tudo isso.

Naquela época, sentia que estava na melhor faseaposta certa bet365minha vida, mais apaixonada por meu marido do que nunca, com dois filhos maravilhosos, um bom salário e praticando o esporte que me apaixonava.

Um dia,aposta certa bet365fevereiroaposta certa bet3651984, tudo mudou.

A oportunidadeaposta certa bet365fazer um salto na frente do então Presidente do México, Miguelaposta certa bet365la Madrid, surgiu.

Na noite antes daquele salto, senti algo que nunca havia sentido antes. Uma sensação estranha, como se não quisesse saltar.

Havia muito vento. E para os paraquedistas, o vento é o mais perigoso, então pediram para que apenas os mais experientes participassem.

Uma vez a bordo do helicóptero, disse ao meu marido: "Não quero fazer isso".

Ele respondeu: "Você? Sempre quer saltar e hoje não? Hoje, quando o presidente está assistindo? Não podemos decepcioná-lo. Já estamos no ar. É tarde demais".

Pedi um beijo e saltamos.

Tínhamos que nos enganchar para criar uma bandeira mexicana no ar e,aposta certa bet365seguida, nos soltar.

Criamos a bandeira perfeitamente, mas o vento começou a nos arrastar. Senti que ia cairaposta certa bet365cima do Presidente e arrastar toda a multidão.

Como eu era a mais leve, o vento me puxava com mais força. Puxei o freio com toda a força que pude.

Mas naquela época, se você puxasse o freio com tanta força, o paraquedas se romperia. E foi o que aconteceu.

Aterrissei após uma queda livreaposta certa bet36525 metros. Não tive tempoaposta certa bet365abrir o paraquedasaposta certa bet365emergência.

Uma doraposta certa bet365outro mundo

Senti o estaloaposta certa bet365todos os meus ossos. Depois, uma sensação muito estranha: eu não sentia o meu corpoaposta certa bet365forma alguma, apenas a minha cabeça.

Por alguns instantes, vi tudoaposta certa bet365câmera lenta, iluminado por uma luz branca intensa, algo muito bonito.

Masaposta certa bet365repente, uma dor intensa no meu pescoço me trouxeaposta certa bet365volta à minha realidade. Eu estava caída no chão e todo o meu corpo estava flácido como um trapo. Eu não conseguia mexer absolutamente nada.

A primeira reação das pessoas ao meu redor foi me tirar do local, porque a cerimônia deveria continuar. No entanto, o presidente, aos pésaposta certa bet365quem eu caí, disse: "Não, não, não, levem-na no meu helicóptero diretamente para o hospital militar."

Foi a primeira vez que percebi a importância da respiração, porque senti que não conseguia respirar. Eu tentava puxar o ar, mas não conseguia sentir.

Paco, meu filho, tinha quatro anos e me viu saltar naquela vez. Lembro-meaposta certa bet365vê-lo e pensar: "Você tem que aguentar porque ele está aqui". Vê-lo me deu forças para continuar. Eu estava à beira da morte. Enquanto me levavam, consegui piscar para ele.

Foi o momento exatoaposta certa bet365que minha vida deu uma reviravolta drástica,aposta certa bet365ter tudo para não ter nada.

Passei três anos olhando para o teto. Perfuraram três pregos no meu crânio para me prender a algo chamado halo ortopédico. Eu tive que suportar um pesoaposta certa bet365maisaposta certa bet36518 quilos na cabeça para tentar alinhar meu pescoço com a coluna vertebral.

Reconstruíram meu pescoço com um pedaçoaposta certa bet365osso do meu quadril, porque ele tinha desabado completamente. Eu tive que suportar muita dor, muita desesperança, a ponto da loucura.

Nas primeiras semanas, eu estava quase inconsciente. Os médicos não acreditavam que eu sobreviveria.

Meu diagnóstico foi tetraplegia. Disseram que eu nunca mais seria capazaposta certa bet365mover do pescoço para baixo.

Eu também não controlava minhas funções corporais. Tive que usar um cateter e fraldas.

Mentalmente, eu fui para um lugar muito sombrio. Eu estava presa, incapazaposta certa bet365me mover ou sentir. Eu tinha úlcerasaposta certa bet365todo o corpoaposta certa bet365tanto tempo imóvel, que ficaram infectadas e cheiravam mal. Eu me sentia como um trapo inútil.

E então, meu marido me abandonou por uma enfermeira.

O inferno

Digo que, se o inferno existe, eu o vivi e meus filhos viveram comigo. Mas isso também nos fortaleceu. Meus filhos foram a força motriz que me levou a continuar. Isso e a raiva que eu sentia do meu ex.

Eu estava devastada. Eu senti como se estivesse nas profundezas da escuridão e me perdesseaposta certa bet365pensamentosaposta certa bet365que seria mais fácil se eu estivesse morto.

Quando voltei para casa, meus filhos estavam pulandoaposta certa bet365alegria, mas fiquei arrasada pela depressão.

Foi muito triste para meus filhos descobrirem que tinham uma mãe tão raivosa e exigente; Eu estava foraaposta certa bet365mim. Às vezes há tanta dor interna que você não sabe onde colocá-la. Eu descontei neles.

Mariela parouaposta certa bet365falar. Os professores dela me contaram que ela ficava num canto durante o recreio completamente muda.

Paco brigava com outras crianças sempre que tinha oportunidade. Ele foi expulsoaposta certa bet3657 escolas. Então sim, nossas vidas mudaram muito quando saí do hospital.

Eu realmente acreditava que iria sair do hospital, então não poder fazer isso me deixou muito irritada e deprimida.

Pensei: “De que adiantarei eu para os meus filhos se, quando voltam da escola, encontrarem uma mãe deitada, sem treino esfincteriano e sem comida na mesa para eles?”

Eu não queria esmolasaposta certa bet365ninguém. Ela era orgulhosa demais para conseguir ajuda.

Comecei a vender coisas pelo telefone. Lutei pela minha pensão e por encontrar uma maneiraaposta certa bet365sobreviver. Mas continuei afundando na escuridão e na depressão.

Cheguei a um pontoaposta certa bet365que pensei que era melhor deixar meus filhos órfãosaposta certa bet365mãe do que ter que suportar isso. Eu nem queria mais abrir os olhos. Eu tinha decidido cometer suicídio. Ele não comia há vários dias. Eu estava desaparecendo.

O milagre

Foi então que conheci Martha, minha terapeuta. Quando falei com ela, senti algo muito especialaposta certa bet365seus olhos, senti que ela estava falando do coração. Lembro-me perfeitamenteaposta certa bet365ela ter dito: "Vi pessoas que movem seus corpos, mas não se movem interiormente. Você tem um vulcão dentroaposta certa bet365si".

Acredito que, assim que começamos a curar nossa alma internamente e realmente acreditamos que é possível, então nossa saúde pode melhorar.

Meu corpo era o menos importante para minha verdadeira cura.

Só quando enfrentei toda aquela desesperança, ciúmes e intolerância é que meu corpo começou a se mover. No começo, muito pouco. Mas depois, mais e mais.

Foi um milagre. Os médicos que viram meus exames não conseguiam acreditar no que estavam vendo. Com meu diagnóstico, supostamente só podia mover os olhos e nada mais. Mas tenho recuperado mais e mais movimentos.

O que mais me custa é mover as mãos. Mas consigo sentir meu corpo. Sinto até mais intensamente do que quando andava.

Nesse caminho, houve um diaaposta certa bet365que estava meditandoaposta certa bet365meu jardim e senti uma iluminação, uma sensaçãoaposta certa bet365felicidade que nunca havia sentidoaposta certa bet365minha vida, nem mesmo durante meus melhores saltos. Fui inundada por tanta energia e prazer. Cheguei até a pensar que a cadeiraaposta certa bet365rodas, que tanto odiava usar todos os dias, tinha sido minha melhor professora.

Então fui procurar Martha, minha terapeuta, e disse que queria compartilhar o que aprendiaposta certa bet365meu processo com outras pessoas com deficiência. Foi assim que encontrei minha missão na vida.

Comaposta certa bet365ajuda, criei a Fundação Humanistaaposta certa bet365Ajuda a Deficientes, ou Fhadi, para ajudar outros mexicanos com deficiência motora.

Ao longo desses maisaposta certa bet36525 anos, encontramos pessoasaposta certa bet365situações muito gravesaposta certa bet365abandono: não tinham uma cadeiraaposta certa bet365rodas. Eram deixadas no chão, indefesas, com apenas 23 ou 28 anos. Foi muito triste descobrir que tudo isso existe.

Mas agora um dos maiores tesouros da minha vida é ver essas pessoas crescerem e prosperarem, assim como eu fiz. Isso me traz muita alegria e satisfação.

Agora sou mais livre do que nunca. E consegui isso estando presenteaposta certa bet365minha própria vida, a cada momento, da maneira mais simples e natural possível.

Ainda precisoaposta certa bet365fisioterapia e ajuda porque não consigo mover as mãos. Mas saboreio a vida mais profundamente e me sinto até melhor do que quando andava. Estou feliz.