Órgãos não têm como chegar ao RS e até 2,7 mil pessoas podem ficar sem transplantes:betway la liga

Vista aéreabetway la ligaPorto Alegre tomada por inundações

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Rio Grande do Sul tem 2,7 mil pessoas na filabetway la ligaespera por um transplante

"As ofertas provenientes da Central Nacionalbetway la ligaTransplantes foram suspensas devido à faltabetway la ligaacesso ao aeroporto Salgado Filho. Contamos atualmente com apenas duas pistasbetway la ligaacesso a aeronaves nos municípiosbetway la ligaCaxias do Sul e Canoas", disse a nota enviada pela secretaria.

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Segundo o Ministério da Saúde, a retomada prevista para segunda-feira foi viabilizada com a reaberturabetway la ligapequenos aeroportosbetway la ligaPasso Fundo, Santa Rosa e Dom Pedrito.

Ainda segundo a pasta, na quarta (15) foram retomadas as captaçõesbetway la ligaórgãosbetway la ligatecidos,betway la ligadiálogo com a secretaria estadual.

A estimativa ébetway la ligaque as inundações causaram a mortebetway la ligamaisbetway la liga150 pessoas e afetaram 92% dos municípios gaúchos. Este já é considerado o maior desastre climático da história do Rio Grande do Sul e um dos maiores do Brasil.

De acordo com o chefe da divisãobetway la ligaRegulação Hospitalar do Estado do Rio Grande do Sul, Rogério Caruso, a saída temporária do Estado da rede nacionalbetway la ligatransplantes poderia prejudicar alguns dos pacientes que aguardam pelo procedimento.

"Infelizmente, isso colocabetway la ligarisco a vidabetway la ligaalgumas pessoas. Há pessoas que aguardam na fila (dos transplantes), mas não têm risco imediato (de morte). Outros (pacientes) podem correr risco imediato", disse Caruso à BBC News Brasil.

Aviãobetway la ligameio a alagamento no aeroportobetway la ligaPorto Alegre

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Enchentes prejudicaram aeroportobetway la ligaPorto Alegre, que foi fechado por tempo indeterminado

O médico explicou à reportagem que a saída temporária do Rio Grande do Sul da rede nacionalbetway la ligatransplantes foi uma decisão do governo localbetway la ligafunção do fechamento do Aeroporto Internacional Salgado Filho.

"A gente informou que enquanto o aeroporto não estivesse funcionando, não teríamos como receber (órgãos). A não ser que haja ofertabetway la ligaum voo da Força Aérea Brasileira (FAB)", disse Caruso à BBC News Brasil.

Normalmente, o transporte interestadualbetway la ligaórgãos e tecidos é feitobetway la ligavoos comerciais por meiobetway la ligaum convênio firmado entre o governo federal e as companhias aéreas.

Quando não há voos comerciais que atendam à especificidade do transplante, é possível que o órgão seja transportadobetway la ligavoos específicos da FAB.

Vocaçãobetway la liga'receptor'betway la ligaxeque

Dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde na internet apontam que o Rio Grande do Sul é o quinto Estado que mais realizou transplantesbetway la liga2023betway la ligatodo o Brasil: foram 733 procedimentos.

O Estado que lidera o ranking é São Paulo, com 2.955.

Rogério Caruso explicou que a saída temporária do Rio Grande do Sul dessa redebetway la ligadoaçãobetway la ligaórgãos oriundosbetway la ligaoutros Estados afetaria os pacientes gaúchos, especialmente porque o Estado seria um dos maiores receptoresbetway la ligaórgãos do Brasil.

Pessoasbetway la ligacimabetway la ligacasasbetway la ligameio a enchente no RS

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Inundação histórica afetou duramente o RS e deixou milharesbetway la ligadesabrigados
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"O Rio Grande do Sul recebe muitas ofertasbetway la ligaoutros Estados porque a gente tem equipes que fazem quase todos os tiposbetway la ligatransplantes possíveis. Se surge um órgãobetway la ligaalgum Estado do Nordeste, mas não há uma equipe lá que possa fazer o procedimento, esse órgão é ofertado a quem tem condiçõesbetway la ligafazê-lo. Por isso, recebemos muitos", explicou Caruso.

Nem Caruso e nem a Secretariabetway la ligaSaúde do Rio Grande do Sul, por meiobetway la ligasua assessoriabetway la ligaimprensa, souberam informar quantos transplantes deixarambetway la ligaser feitos durante o período das inundações.

O agravamento das enchentes afetou, inicialmente, tanto os transplantes que seriam feitos com órgãosbetway la ligafora do Estado como aqueles que poderiam ser realizados com órgãos captados dentro do Rio Grande do Sul.

As inundações comprometeram o funcionamentobetway la ligahospitais e levaram ao bloqueiobetway la ligadiversas rodoviasbetway la ligatodo o Estado.

Por conta disso, o governo havia determinado a suspensão temporária das captaçõesbetway la ligaórgãos disponíveis para transplante dentro do Estado.

Na quarta-feira (15/05), o governo estadual autorizou a retomada da captaçãobetway la ligaórgãos para transplante dentro do Estado.

"Com o auxílio da rede aeroviária nacional, foram disponibilizados helicópteros que favorecem o transporte não sóbetway la ligaórgãos e tecidos, mas também,betway la ligapacientes que necessitam acesso a outros locais do Estado", disse a nota enviada pela Secretariabetway la ligaSaúde do Rio Grande do Sul à BBC News Brasil.

Trabalhadores da área da saúde transportam órgãobetway la ligaambulância

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Nas últimas semanas, Rio Grande do Sul ficou fora da redebetway la ligaenvio e recebimentobetway la ligaórgãos e tecidos para transplantes

Uma nota publicada pela Secretariabetway la ligaSaúde do Rio Grande do Sul apontou que, desde o início das inundações, foram realizados 30 transplantesbetway la ligacórnea, mas todos eles a partirbetway la ligaórgãos que já estavam disponíveis nos estoques do Estado.

Caruso disse que, no momento, as autoridades locais não avaliam a possibilidadebetway la ligatransferir pacientes que precisambetway la ligatransplante para outros locais onde eles possam receber um órgão caso haja a oferta.

Como funciona o sistemabetway la ligatransplantes no Brasil

A regulação dos órgãos e tecidos disponíveis para transplante no Brasil é feita pelo Sistema Nacionalbetway la ligaTransplantes, do qual a Central Nacionalbetway la ligaTransplantes faz parte.

Por meiobetway la ligaum sistema computadorizado, o sistema faz o cruzamento entre as informaçõesbetway la ligaórgãos e tecidos disponíveis com as listas estaduaisbetway la ligapessoas que precisambetway la ligaalgum tipobetway la ligatransplante.

Em geral, esses processos levam poucas horas. Nos casosbetway la ligamaior urgência, são usados helicópteros ou aviões.

Nesses casos, há colaboração da Força Aérea oubetway la ligacompanhias aéreas privadas que possuem convênio com o governo para transporte gratuitobetway la ligaequipes e órgãosbetway la ligavoos comerciais.

Um coração pode demorar no máximo quatro horas para ser transplantado após a retirada do corpo do doador. Em contrapartida, um pulmão ou um fígado podem esperar até seis horas.

Dados atualizados pelo Ministério da Saúde apontam que há 43 mil pessoas na filabetway la ligatransplantesbetway la ligatodo o Brasil.