Como assassinatoresenha betlíder separatista levou a escaladaresenha bettensão entre Índia e Canadá:resenha bet

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Trudeau (à esq.) e Modi tiveram um encontro tensoresenha betNova Déli recentemente
Há apenas alguns meses, os países estavam progredindo rumo à assinaturaresenha betum acordoresenha betlivre comércio — negociado há bastante tempo — neste ano. Agora, as negociações foram interrompidas e uma iminente missão comercial canadense à Índia foi adiada.
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Então, como as coisas chegaram a esse ponto?
A recente cúpula do G20 realizadaresenha betNova Déli deu algumas pistas, entre as quais a tensa (e curta) reuniãoresenha betTrudeau com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.
Depois, Trudeau sofreu o constrangimentoresenha better que esperar mais dois diasresenha betDéli para ir embora, porque seu avião apresentou uma falha técnica.
Após os dois líderes se encontrarem, não houve rodeios nas palavras. Trudeau disse que o Canadá sempre defenderá a “liberdaderesenha betexpressão” e agirá contra o ódio.
Numa declaração contundente incomum, o governo indiano disse ter "fortes preocupações sobre a continuidade das atividades anti-Índia com elementos extremistas no Canadá", país que acusouresenha bet"promover o separatismo eresenha betincitar a violência contra diplomatas indianos".
A referência é aos apelosresenha betativistas sikh que estão no Canadá e pedem por Calistão, que seria uma pátria separada para os sikhs — os quais formam um dos maiores grupos religiosos do planeta.
Essa é uma demanda que evoca memórias dolorosas para milhõesresenha betpessoas na Índia, especialmente no norte do Estadoresenha betPunjab, onde os sikhs constituem a maioria da população.
O Canadá abriga 1,4 milhãoresenha betpessoasresenha betorigem indiana — mais da metade delas sikhs —, o que representa 3,7% da população do país,resenha betacordo com o Censoresenha bet2021. Foraresenha betPunjab, o Canadá tem o maior númeroresenha betsikhs no mundo.

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Manifestaçãoresenha betapoiadores do Calistãoresenha betfrente ao consulado da Índiaresenha betToronto, no Canadá
A luta pelo Calistão atingiu o auge na Índia na décadaresenha bet1980, com uma insurreição armada fortemente reprimida. Milharesresenha betpessoas foram mortas.
O movimento não é mais proeminenteresenha betPunjab, e todos os principais partidos políticos indianos opõem-se veementemente a ele.
Mas os apelos por Calistão ainda são significativos entre emigrantes indianos que vivemresenha betpaíses como Canadá, Austrália e Reino Unido.
Déli reagiu duramente às manifestações e aos referendos sobre Calistão realizados por ativistas sikh nestes países — o que não é ilegal, mas um motivoresenha betgrande irritação para a Índia.
A questão recebeu maior atenção internacional depois que três ativistas pró-Calistão morreramresenha betum curto intervalo, no início do ano.
Paramjit Singh Panjwar, chefe da Forçaresenha betComando Calistão que havia sido classificado como terrorista pela Índia, foi morto a tirosresenha betmaio no Paquistão. Seus assassinos ainda não foram identificados.
No Reino Unido, Avtar Singh Khanda, considerado o chefe da Forçaresenha betLibertação do Calistão, morreuresenha bet15resenha betjunho no hospital. Khanda foi presoresenha betmarço, após uma manifestaçãoresenha betLondres, onde manifestantes derrubaram a bandeira indiana na embaixada do país. Mas um porta-voz da polícia do Reino Unido disse que a morte “não foi considerada suspeita”.
Três dias após aresenha betmorte, Nijjar, também considerado terrorista pela Índia, foi morto a tirosresenha betfrente a um templo sikhresenha betBritish Columbia. Foi esse assassinato que levou o Canadá a tomar uma posição pública dura contra o aliado poderoso.
Hardeep Singh Nijjar tinha 45 anos e,resenha bet2007, ganhou cidadania canadense.
Mas as relações entre os dois país sobreviveram a tensões anteriores. O Canadá reagiu fortemente aos testes nucleares indianosresenha bet1974 e 1998; já a Índia expressouresenha betdecepçãoresenha bet2005, depoisresenha betdois sikhs canadenses acusadosresenha betum atentado mortal à bombaresenha betum avião da Air India serem absolvidos na Justiça.
Mas, fora isso, as duas nações têm mantido uma boa relação, exceto no que diz respeito à questão do Calistão.
Ambas têm muitoresenha betcomum: “uma tradição compartilhadaresenha betdemocracia e pluralismo” e “um compromisso comum com um sistema internacional baseadoresenha betregras”, como o próprio Canadá afirma.
Ambos são países da Commonwealth (comunidaderesenha betpaíses com origens no Império Britânico) e membros do G20. O Canadá, que quer uma presença maior na Ásia, vê a Índia como um contrapeso à China.
Não se trata apenasresenha betgeopolítica: os países também têm fortes ligações comerciais.
A Índia foi o décimo maior parceiro comercial do Canadáresenha bet2022, com um comércio bilateralresenha betmercadorias chegando a US$ 11,9 bilhões naquele ano — um aumentoresenha bet56%resenha betrelação a 2021.
Além da grande populaçãoresenha betorigem indiana vivendo no Canadá, o país asiático também envia o maior númeroresenha betestudantes internacionais para o país na América do Norte. Em 2022, os estudantes indianos representavam 40% do totalresenha betestudantes estrangeiros no Canadá.
Enquanto isso,resenha betacordo com estatísticas do governo indiano, cercaresenha bet80.000 turistas canadenses visitaram a Índiaresenha bet2021, ficando atrás apenas dos EUA, Bangladesh e Reino Unido.

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Segurançasresenha betfrente ao Alto Comissariado do Canadáresenha betDéli na terça-feira (19)
Então, obviamente há muitoresenha betjogo para ambos os países.
"Penso que esta é uma lição para todos nós,resenha betque não há nadaresenha betsacrossanto nas relações estreitas da Índia com os parceiros ocidentais", aponta Michael Kugelman, diretor do Instituto do Sul Asiático no centroresenha betpesquisas Wilson Center, sediadoresenha betWashington, nos EUA.
"É um alertaresenha betque sim, a Índia é um ator não alinhado, valoriza as suas relações com o Sul Global, definitivamente valoriza as suas relações com o Ocidente. Mas isso não significa que ficará longe da possibilidaderesenha betuma grande crise nas relações."
O ministro das Relações Exteriores da Índia, S Jaishankar, disse no início do ano que a resposta do Canadá à proposta do Calistão é impulsionada pela “compulsão por votos” — uma referência ao apoio que o Partido Liberalresenha betTrudeau recebe dos sikhs.
O governoresenha betTrudeau, que não tem maioria no Congresso, também é apoiado pelo Novo Partido Democrático, liderado por Jagmeet Singh, ele próprio um sikh.
Essa é uma avaliação com a qual muitos especialistas indianos concordam.
Chintamani Mahapatra, fundador do Instituto Kalingaresenha betEstudos Indo-Pacíficos, diz que as declaraçõesresenha betTrudeau sobre a questão do Calistão são “divisivas”.
"Ele ignora os sentimentos da comunidade indo-canadense mais ampla, que inclui os sikhs canadenses, e parece tendencioso a favor dos apoiadores do Calistão. Ele gostariaresenha betapoio externo aos separatistasresenha betQuebec? Claro que não", diz, acrescentando que a relação entre a Índia e o Canadá se tornou mais tensa devido à posiçãoresenha betTrudeau.
Mas Avinash Paliwal, que leciona sobre política e estudos internacionais na Escolaresenha betEstudos Orientais e Africanos da Universidaderesenha betLondres, diz que a súbita piora na relação bilateral talvez não se deva apenas a questões domésticas do Canadá.
“Se as suas agênciasresenha betinteligência reuniram informações críveisresenha betque outro país, mesmo que seja um aliado, estava envolvido numa operação secreta no seu território, você é obrigado a agir quanto a isso”, diz Paliwal, acrescentando que é provável que Trudeau tenha tentado trazer o assunto por outros canais primeiro, antesresenha betvir a público.
De acordo com um comunicado emitido pela Índia, Trudeauresenha betfato mencionou a acusação a Modi, mas recebeu pouca atenção.
O primeiro-ministro canadense recebeu apoioresenha betoutros políticosresenha betseu país, incluindo o principal líder da oposição, Pierre Poilievre. O Ocidente também reagiu — os EUA disseram estar “profundamente preocupados” com as alegações, enquanto o Reino Unido afirmou estar “em contato próximo” com o Canadá sobre o assunto.

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Outdoorresenha betBritish Columbia com imagemresenha betHardeep Singh Nijjar e pedido por referendo sobre o Calistão
Especialistas dizem que, embora os países ocidentais considerem a Índia necessária para combater a influência da China, há também uma preocupação crescente com a direção da política indiana sob o governoresenha betModi.
Críticos dizem que os ataques às minorias aumentaram com o governo dele e levantam outras preocupaçõesresenha betmatériaresenha betdireitos humanos.
Os acontecimentos também serão acompanhadosresenha betperto por Pequim e Moscou, que ficarão satisfeitos por verem uma “fissura entre a Índia e o Ocidente”, diz Paliwal.
No entanto, o analista acrescenta que isso não “atrapalharia questões estratégicas” nem “faria Washington virar as costas” à Índia.
Para Kugelman, a China e a Rússia verão o confrontoresenha betforma diferente.
"Pequim não quer ver a Índia aumentar e aprofundar as relações com países que pensam da mesma forma que ela e que desejam reagir à China. Portanto, a esse respeito, isto [o conflito] pode ser visto como um benefício estratégico para Pequim. A Rússia também pode ficar perfeitamente felizresenha betver o Canadá atolado nesta crise", diz ele.
No curto prazo, um confronto entre a Índia e o Canadá poderá ter consequências geopolíticas. Se o Canadá continuar a publicar declarações fortes e a acusar diretamente a Índia, será um desafio único para os governos ocidentais, especialmente o Reino Unido e a Austrália.
A forma como o Ocidente apoiou Déli na recente cúpula do G20 foi uma indicação clararesenha betque esses países desejam que a Índia seja um contrapeso viável à China.
Mas será uma dorresenha betcabeça estratégica para eles se chegar a um pontoresenha betque tenhamresenha betescolher entre a Índia e o Canadá. Até agora, o Reino Unido, os EUA e a Austrália deram declarações calculadas.
No mais, Mahapatra afirma que, embora a questão do Calistão possa afetar a cooperação econômica a curto prazo, é pouco provável que atrapalhe os laços a longo prazo entre Índia e Canadá.
Ele também alerta sobre “medidas extremas".
“Expulsar um diplomata significa que não se quer diálogo. Tais questões precisamresenha betser tratadas através das conversas e da diplomacia, e não do confronto”, aponta o especialista.
*Com informações adicionaisresenha betMeryl Sebastian




