'Não há dinheiro nem alternativa ao ajuste': 5 frases do primeiro discurso367 betMilei como presidente da Argentina:367 bet

Abaixo, a BBC News Mundo, serviço367 betespanhol da BBC, reuniu cinco frases importantes ​​do primeiro discurso367 betMilei como presidente da Argentina.

A cerimônia foi testemunhada in loco por chefes367 betestado e representantes367 betoutros países, embora possa ficar marcada pela ausência notáveis, ​​como a do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

1. 'Não há dinheiro'

Milei deixou claro que vai evitar medidas graduais para aplicar um ajuste fiscal367 betcinco pontos do Produto Interno Bruto (PIB).

Segundo ele, "ao contrário do passado, o ajuste recairá quase inteiramente sobre o Estado e não sobre o setor privado".

"Não há alternativa possível ao ajuste, nem há espaço para discussão entre choque e gradualismo”, afirmou, defendendo que todos os programas que se inclinaram para a última opção no país "terminaram mal".

"Para fazer o gradualismo é preciso haver financiamento e, infelizmente, volto a dizer, não há dinheiro", disse.

A367 betdefinição367 betque o ajuste financeiro vai recair prioritariamente sobre o Estado marca uma grande mudança conforme Milei sempre disse em367 betcampanha, quando prometeu que as mudanças seriam pagas pela “casta” política367 betparticular.

2. 'A situação vai piorar'

Milei também antecipou que "as decisões difíceis" que ele planeja tomar nas próximas semanas terão um custo significativo, mas ele apresentou essas medidas como inevitáveis.

Em particular, disse que o seu ajuste fiscal "terá um impacto negativo no nível367 betatividade (econômica), no emprego, nos salários reais e no número367 betpessoas pobres e indigentes."

"Haverá estagflação", afirmou, referindo-se a uma situação especial da economia367 betque a estagnação e inflação ao mesmo tempo.

No entanto, afirmou que a situação "não é algo muito diferente do que aconteceu nos últimos 12 anos" na Argentina, onde "o PIB per capita caiu 15%".

Em outro momento367 betseu discurso, Milei citou uma frase367 betJulio Argentino Roca, governante do país entre o final do século 19 "e o início do século 20, que falava367 bet"esforços supremos e sacrifícios dolorosos.

Embora tenha evitado dar detalhes, as reformas que Milei promete promover, seja por meio367 betum decreto367 betemergência ou367 betuma "lei omnibus" com diversas medidas, deverão incluir cortes367 betempresas estatais, desregulamentação econômica, alterações fiscais e privatizações.

"Esta é a última bebida ruim para iniciar a reconstrução da Argentina”, prometeu. "Há luz no fim do túnel."

3. 'Nenhum governo recebeu uma herança pior do que a que estamos recebendo'

O novo presidente argentino dedicou boa parte do seu discurso367 betposse a descrever a atual situação do país como "sombria."

Por exemplo, ele afirmou que o kirchnerismo, setor do peronismo liderado pela agora ex-vice-presidente Cristina Fernández367 betKirchner, deixou um excedente fiscal e externo equivalente a 17% do PIB.

Em relação à política monetária, Milei indicou que pretende acabar com a emissão367 betdinheiro, mas alertou que "os custos do caos monetário do governo anterior" vão permanecer por 18 ou até 24 meses.

A Argentina tem mais367 bet40% da população vivendo na pobreza. A inflação chegou a 140%, segundo dados oficiais. Mas Milei alertou que há riscos367 betque esses números piorem.

"O governo anterior nos deixou a hiperinflação, e é nossa principal prioridade fazer todos os esforços possíveis para evitar tal catástrofe, que levaria a uma pobreza acima367 bet90% (da população)", disse ele.

Em outra parte367 betseu discurso, o presidente afirmou que "a piegas proposta progressista, cuja única fonte367 betfinanciamento é a emissão367 betdinheiro" colocaria o país "em uma espiral decadente que nos vai equiparar às trevas da Venezuela367 betChávez e367 betMaduro".

Mas algo surpreendente é que Milei evitou se referir à dolarização da economia argentina e ao fechamento do Banco Central, promessas centrais367 betsua campanha eleitoral.

4. 'Encontrarão um presidente com convicções inabaláveis'

Diante do que vários analistas antecipam como forte oposição que o novo governo terá no Congresso e nas ruas, Milei prometeu "firmeza" e disse que "vai utilizar todos os recursos do Estado para avançar as mudanças".

"Não vamos tolerar a hipocrisia, a desonestidade ou a ambição367 betpoder para interferir na mudança que nós, argentinos, escolhemos", disse.

À certa altura, ele aludiu367 betparticular aos "piqueteros", grupos367 betprotesto que costumam bloquear estradas ou ruas para fazer reivindicações.

Milei afirmou que, a partir367 betagora, "quem bloqueia as ruas violando os direitos dos seus concidadãos não recebe assistência da sociedade. Ou seja: quem bloqueia não recebe."

"Para aqueles que querem usar a violência ou a extorsão para obstruir a mudança, dizemos que encontrarão um presidente com convicções inabaláveis", disse.

Mas o presidente também afirmou que vai acolher "de braços abertos todos os líderes políticos, sindicais e empresariais que queiram aderir à nova Argentina".

"Quanto à classe política argentina, quero lhes dizer que não viemos para perseguir ninguém, não viemos para resolver velhas vinganças ou para discutir espaços367 betpoder", indicou.

Ele também pareceu aludir à falta367 betmaioria no Congresso, onde seu partido La Libertad Avanza terá apenas 38 deputados367 betuma câmara367 bet257 membros, além dos oito senadores367 betum total367 bet72. Essa minoria faz aumentar a incerteza sobre como Milei vai conseguir aprovar seus projetos.

Ele lembrou que, quando entrou no Congresso como deputado há dois anos junto com367 betatual vice-presidente, Victoria Villarruel, disseram a ele que não podiam fazer nada. Ele disse ter respondido com uma citação do livro Macabeus: "Vitória na batalha não depende do número367 betsoldados, mas das forças que vêm do céu."

5. ‘Hoje começa uma nova era na Argentina’

Milei procurou mostrar a367 betchegada ao poder como um ponto367 betvirada para a Argentina, que, em367 betopinião, vai encerrar “uma longa história367 betdecadência” e iniciará uma era367 bet“reconstrução”.

“Tal como a queda do Muro367 betBerlim marcou o fim367 betuma era trágica para o mundo, essas eleições marcaram o ponto367 betvirada da nossa história”, disse.

Essa frase foi seguida por gritos367 bet“liberdade”367 betseus apoiadores reunidos367 betfrente ao Congresso.

“Este novo contrato social”, disse367 betoutro momento, “propõe um país diferente, um país onde o Estado não dirige as nossas vidas, mas antes salvaguarda os nossos direitos. Um país onde se faz e se paga”.