Olimpíadas 2024: França recorre a fumacê após aumentowww brabet com brdengue, chikungunya e zika:www brabet com br
A Agência Regionalwww brabet com brSaúde da Ile-de-France, que engloba Paris e seus subúrbios, informa já ter registrado 138 casoswww brabet com brdengue neste ano, todos referentes a pessoas que contraíram a doençawww brabet com brviagens ao exterior.
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Segundo o Ministério da Saúde da França, desde o iníciowww brabet com brmaio já foram contabilizadoswww brabet com brtodo o país 557 casoswww brabet com brdengue, 12 casoswww brabet com brchikungunya e 6 casoswww brabet com brzika.
Durante as operações com o fumacê, ruas foram fechadas e a população foi solicitada a permanecerwww brabet com brsuas casas e a deixar as janelas fechadas, apesar do forte calor no período.
Em Colombes, onde há muitas casas com jardins, as autoridades também pediram para que as pessoas mantivessem os animais domésticos presos e não consumissem legumeswww brabet com brhortas residenciais durante três dias após a pulverização do inseticida.
As operações foram realizadas para reduzir o riscowww brabet com brtransmissão da dengue, afirmou a autoridadewww brabet com brsaúdewww brabet com brParis ewww brabet com brperiferia, a Agência Regionalwww brabet com brSaúde (ARS) da Ile-de-France,www brabet com brum comunicado.
Segundo o órgão, o fumacê foi acionadowww brabet com brum raiowww brabet com br150 metros ao redor das residênciaswww brabet com brpessoas que contraíram dengue ao viajar ao exterior, “porque o mosquito-tigre não voa além dessa distância”.
Ao picar uma pessoa que contraiu dengue, zika ou chikungunya, o mosquito-tigre transmite a doença ao morder novas pessoas. O vírus utiliza esse inseto como vetor.
Os agentes envolvidos utilizaram equipamentoswww brabet com brproteção e pulverizaram, a pé ouwww brabet com brveículos, espaços verdes e outras áreaswww brabet com brreprodução do mosquito.
A Agência Regionalwww brabet com brSaúde da Ile-de-France já realizou pelo menos nove fumacês neste ano, sendo apenas um deles, até o momento, na capital francesa.
Em Colombes, nos arredores da capital, onde dois fumacês foram realizados recentemente, na madrugadawww brabet com br1°www brabet com brsetembro e dia 7, as autoridades já lidam há alguns anos com o problema do mosquito-tigre, mas constataram uma presença maior do inseto neste verão.
“Há cada vez mais mosquitos. Moradores relatam que seus jardins estão cheios desse inseto. Isso levanta questõeswww brabet com brsaúde pública”, disse à BBC News Brasil Stéphane Tchouhan, diretor-adjunto do gabinete do prefeito da cidade.
A questão preocupa a tal ponto os moradoreswww brabet com brColombes que eles votaram, no orçamento participativo proposto pela prefeitura, pela instalaçãowww brabet com brum equipamentowww brabet com brparques e jardins da cidade com um produto inodoro que atrai os mosquitos-tigre e os mata. Até o momento, quatro já estãowww brabet com brfuncionamento.
A prefeiturawww brabet com brColombes vem realizando ações preventivas junto à população para eliminar pontoswww brabet com brágua estagnada, como já ocorre há anos no Brasil.
Nas Olímpiadaswww brabet com brParis no próximo ano, a cidade irá realizar as competiçõeswww brabet com brhockey na grama e também terá os centroswww brabet com brtreinamento para os atletaswww brabet com brnado sincronizado, tênis e boxe.”
"Colombes se prepara para receber milhareswww brabet com brvisitantes do mundo todo e está monitorando com as autoridades sanitárias o problema do mosquito-tigre”, afirma Tchouan.
Em um dos casoswww brabet com brdenguewww brabet com brColombes, a pessoa, que não reside na cidade, havia estado antes nas Antilhas francesas. A Martinica e a Guadalupe, territórios ultramarinos da França, registram desde meadoswww brabet com bragosto uma epidemia da doença.
A chegada do mosquito-tigre à França
A presença do mosquito-tigre, o Aedes Albopictus, originário do sudeste da Ásia, é bem mais forte no sul da França. Ele foi detectado inicialmentewww brabet com brNice,www brabet com br2004, na região próxima à fronteira com a Itália — país a partir do qual o inseto chegou à França, segundo explicou à BBC News Brasil o entomologista Didier Fontenille, pesquisador emérito do Institutowww brabet com brPesquisa para o Desenvolvimento.
Progressivamente, ele foi avançandowww brabet com brdireção ao norte da França e se propagandowww brabet com brmaneira gradativa por quase todo país. Atualmente, três quartos do território francês (71 das 96 áreas administrativas chamadaswww brabet com br“departamentos”) foram colonizados pelo inseto,www brabet com bracordo com dados do Ministério da Saúde francês.
“Em três ou quatro anos, todo o território francês terá a presença do mosquito-tigre”, prevê Fontenille.
Segundo ele, o mosquito-tigre sofreu uma evolução genética que o permitiu se adaptar a climas mais temperados e frios. Por isso, ele conseguiu se implantarwww brabet com brpaíses da Europa.
“O ovo do mosquito-tigre pode permanecer vivowww brabet com brcondições difíceis por vários meses [devido a essa adaptação genética]”, afirma o entomologista.
Muitos apontam o aquecimento global como responsável pela propagação do mosquito-tigre. Fontenille diz que as mudanças climáticas têm um impacto, já que o calor permite que os insetos se desenvolvam mais rapidamente (os ovos que se transformamwww brabet com brlarvas que passam à fase adulta) e talvez tambémwww brabet com brmaior número, mas esse não é o único fator.
O principal elemento, segundo ele, é a evolução genética do mosquito-tigre, que o permitiu sairwww brabet com brclimas tropicais da Ásia e se adaptar a regiões com invernos frios. O comércio e as viagens internacionais propiciaramwww brabet com brpropagação.
Para Fontenille, há um risco sanitário na França. No ano passado, houve 65 casoswww brabet com brdenguewww brabet com brpessoas infectadas localmente (ou seja, que não contraíram a doença durante uma viagem ao exterior).
“Ano após ano, esse número vai crescer porque haverá um aumento do númerowww brabet com brmosquitos ewww brabet com brregiões onde ele estará presente, e também porque haverá um número maiorwww brabet com brviajantes”, diz ele.
São os casoswww brabet com brcontaminação local que favorecem os riscoswww brabet com bruma epidemia.
A Martinica e a Guadalupe, territórios ultramarinos da França, sofrem desde meadoswww brabet com bragosto uma epidemiawww brabet com brdengue.
“Durante os Jogos Olímpicos, haverá muitos turistas do mundo inteiro. Isso fará aumentar o riscowww brabet com brcontaminações”, alerta Fontenille, que é coautorwww brabet com brum estudo do Comitêwww brabet com brMonitoramento ewww brabet com brAntecipação dos Riscos Sanitários (Covars, na siglawww brabet com brfrancês).
O Covars ressalta que a França não vive um cenáriowww brabet com brcatástrofe, mas os riscos devem ser levadoswww brabet com brconta com a realizaçãowww brabet com brcampanhaswww brabet com brprevenção e uma melhor coordenação das autoridades sanitárias.