'Cirurgias quase na escuridão e ao somcasa de aposta para presidente do brasilbombas': o relato dramático da 1ª cirurgiã formada na Faixacasa de aposta para presidente do brasilGaza :casa de aposta para presidente do brasil

Sara al-Saqqa e seus colegas do hospital Al-Shifa posam para selfie

Crédito, Sara al-Saqqa

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Sara al-Saqqa com seus colegascasa de aposta para presidente do brasilGaza

Sara trabalhou no maior hospitalcasa de aposta para presidente do brasilGaza, Al Shifa, no norte do território, desde que se formou.

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"Mas começamos a ouvir bombardeios e não a deixamos ir", diz ela.

Quando Sara checou seu telefone, viu a notíciacasa de aposta para presidente do brasilque o Hamas havia atacado Israel. Homens armados mataram 1.200 pessoas e fizeram cercacasa de aposta para presidente do brasil240 reféns.

Desde então, os ataques aéreos e as invasões terrestrescasa de aposta para presidente do brasilIsrael reduziram grande partecasa de aposta para presidente do brasilGaza a escombros, matando 20 mil pessoas, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.

Sara foi imediatamente convocada para trabalhar.

Ao chegar, viu "um massacre, com uma avalanchecasa de aposta para presidente do brasilferidos", conta.

Caos no Hospital Al-Shifa

Crédito, Getty Images

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Hospital Al Shifa recebeu centenascasa de aposta para presidente do brasilferidoscasa de aposta para presidente do brasilataques israelenses

Desde o início, os funcionários ficaram impressionados com o grande númerocasa de aposta para presidente do brasilpessoas "com membros amputados por estilhaços e diversos tiposcasa de aposta para presidente do brasillesões causadas por queimaduras intensas".

Quando Israel iniciou os seus ataques aéreos, pediu que os habitantescasa de aposta para presidente do brasilGaza evacuassem a parte norte do enclave e se deslocassem para o sul, sob a alegaçãocasa de aposta para presidente do brasilque lá estariam mais seguros.

Mas Sara decidiu ficar.

"Trabalhamos sem parar por maiscasa de aposta para presidente do brasil34 dias; não podíamos voltar para casa", conta.

Ele descreve para a BBC como as condições pioraram rapidamente: "Depoiscasa de aposta para presidente do brasilcada bombardeio, centenascasa de aposta para presidente do brasilpacientes chegavam ao mesmo tempo e era impossível cuidarcasa de aposta para presidente do brasiltodos eles".

Selfiecasa de aposta para presidente do brasilSarah al Saqqa

Crédito, Sarah Al-Saqqa

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Sarah al Saqqa trabalhou 34 dias sem descanso até ter que deixar hospital paracasa de aposta para presidente do brasilsegurança

Muitos procuraram segurança nas dependências do hospital.

As pessoas lotavam todos os espaços disponíveis, assavam pão nos corredores, dormiam no chão e nos armários e tentavam distrair os filhos com brincadeiras.

O hospital estava com dificuldades para conseguir suprimentos básicos, como medicamentos e luvas esterilizadas, e Sara teve que decidir quais pacientes priorizar com base nas chancescasa de aposta para presidente do brasilsobrevivência.

'Desamparada'

"Me senti horrível. Fiquei completamente desamparada", diz ela. "Fiz o melhor que pude com o pouco que tínhamos para tratar os pacientes. Fiquei arrasada por não ter conseguido salvar tantas vidas inocentes."

No entanto, houve momentoscasa de aposta para presidente do brasilesperança.

Sara ajudou a dar à luz um bebê pela primeira vez depois que ela e a mãe ficaram presas uma noite na salacasa de aposta para presidente do brasilcirurgia enquanto bombas caíam do ladocasa de aposta para presidente do brasilfora.

Sara tentou desesperadamente chamar um ginecologista para ajudá-la, mas ninguém apareceu.

Às 6h já não podia esperar mais. "Pedi a Deus para me ajudar e salvar a mãe e a menina", diz ela.

O bebê nasceu com o cordão umbilical enrolado no pescoço, mas Sara conseguiu retirá-lo e trouxe a menina ao mundo com segurança.

Grata, a mãe deu o nomecasa de aposta para presidente do brasilSara para a filha.

O bebê recém-nascido

Crédito, Sarah Al-Saqqa

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Mãecasa de aposta para presidente do brasilbebê salva por Sara deu nome dela para filha

Um dos maiores desafios para Sara foi quando as comunicações foram cortadas. Ela paroucasa de aposta para presidente do brasilreceber notíciascasa de aposta para presidente do brasilsua mãe,casa de aposta para presidente do brasilseus quatro irmãos ecasa de aposta para presidente do brasilsua avó.

Quando isso aconteceu, a família se dirigia para Rafah, no sulcasa de aposta para presidente do brasilGaza, e Sara não sabia se estavam vivos ou mortos: "Eu não conseguia funcionar, não conseguia fazer nada".

Sara conta que estava com medocasa de aposta para presidente do brasilque eles se encontrassemcasa de aposta para presidente do brasilum lugar bombardeado.

'Pior fase da minha vida'

Mas, à medida que o conflito aumentava, os desafioscasa de aposta para presidente do brasilSara se multiplicaram.

Os suprimentoscasa de aposta para presidente do brasilcomida e água acabaram e "durante a última semana não houve eletricidade... sobrevivemos com o mínimo".

Algo tão singelo como receber um pedaçocasa de aposta para presidente do brasilpão se tornou um momentocasa de aposta para presidente do brasilalegria.

Quando as luzes se apagaram, ela teve que percorrer os corredores lotados do hospital à luzcasa de aposta para presidente do brasilvelas e realizar cirurgias quase na escuridão, com o somcasa de aposta para presidente do brasilbombas ao seu redor.

"Descreveria esse período como o pior da minha vida. Vivi um inferno", diz.

Pessoas dormindo nos corredores

Crédito, Getty Images

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Durante ataques israelenses, pessoas buscaram segurança no hospital Al Shifa

Quando as bombas se aproximaram do hospital e ficou claro que o Exército israelense estava prestes a invadir o local, Sara temeu morrer se ali permanecesse, então decidiu deixar tudo para trás e também seguir para Rafah para ficar juntocasa de aposta para presidente do brasilsua família, que agora está abrigada na casa do tio dela.

No entanto, a médica não fez a viagem para o sul sozinha. Caminhou com os colegas e com a mãe e o bebê que ajudou a trazer ao mundo.

Quando o Exército israelense invadiu o hospital, as autoridades israelenses afirmaram que se tratavacasa de aposta para presidente do brasiluma "operação direcionada contra o Hamas" e alegaram que haviam encontrado no local um "centrocasa de aposta para presidente do brasiloperações", algo que o Hamas negou.

Sem água ou comida

Ao descrever acasa de aposta para presidente do brasilvida e a ondacasa de aposta para presidente do brasilmaiscasa de aposta para presidente do brasil1 milhãocasa de aposta para presidente do brasildeslocadoscasa de aposta para presidente do brasilGaza, Sara diz: "Não temos água para beber nem comida para colocar na boca. Escolas, praças. O inverno chegou e não estamos preparados, não temos roupas, nem cobertores, nem nada."

Ela ainda está tentando usar seu treinamento médico quando pode.

"Todos os dias saímos e ajudamos no que podemos porque os abrigos e as escolas precisamcasa de aposta para presidente do brasilnós".

Sara diz estar preocupada com o que o futuro reserva para ela ecasa de aposta para presidente do brasilfamília.

"Este ano deveria ser o último anocasa de aposta para presidente do brasilescola da minha irmã antescasa de aposta para presidente do brasilela se formar e começarcasa de aposta para presidente do brasilvida, mas agora não temos ideia do que vai acontecer."

Tal como outros moradorescasa de aposta para presidente do brasilGaza, suas esperanças e sonhos deram lugar à luta pela própria sobrevivência.