Os mexicanos que não veem mais sentidogrupo de sinais brabetmigrar para os EUA: 'Por que vou para lá se estou melhor aqui?':grupo de sinais brabet

Francisco é um homem branco, com traços latinos, veste uma camiseta branca com listras vermelhas e verdes do lado esquerdo.

Crédito, José Carlos Cueto/BBC News Mundo

Legenda da foto, Os irmãosgrupo de sinais brabetFrancisco Máximo Díaz o incentivaram a migrar para os Estados Unidos, mas ele não pretende cruzar a fronteira – a mesma decisão tomada por cada vez mais mexicanos nos últimos anos

E Máximo é um humilde e esforçado trabalhadorgrupo de sinais brabetVeracruz, no litoral mexicano, cujos caminhos se abriram recentemente. Ele está pertogrupo de sinais brabetcomprar um apartamento na capital do país.

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Suas biografias são diferentes, mas existe um pontogrupo de sinais brabetcomum: eles tiveram a oportunidadegrupo de sinais brabetmorar nos Estados Unidos, mas deixaram a ideiagrupo de sinais brabetlado. Para eles, migrar faz cada vez menos sentido.

"Temos uma moeda forte, muitas oportunidadesgrupo de sinais brabetcrescer e 'o carinho especial da terra'", afirma Palaciosgrupo de sinais brabetSierra Gorda, uma reserva da biosfera nos Estados mexicanosgrupo de sinais brabetQuerétaro e San Luis Potosí, no centro do país.

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Cruz, Palacios e Máximo fazem partegrupo de sinais brabetum grupo cada vez maiorgrupo de sinais brabetmexicanos que vêm considerando menos a possibilidadegrupo de sinais brabetmigração.

Esta é uma tendência que chama a atenção,grupo de sinais brabetum país cujos cidadãos vêm há décadas buscando oportunidades no poderoso vizinho ao norte da fronteira.

Estima-se que 40 milhões do totalgrupo de sinais brabet300 milhõesgrupo de sinais brabethabitantes dos Estados Unidos tenham origem mexicana, segundo os dadosgrupo de sinais brabet2018 da Pesquisa sobre a População Atual do país, mencionados no site do governo mexicano.

Em 2023, no entanto, o Laboratório do Projetogrupo de sinais brabetOpinião Pública da América Latina (Lapop) afirmou que o México é o país cujos habitantes têm a menor intençãogrupo de sinais brabetmigrargrupo de sinais brabettoda a região. E os números vêm baixando nos últimos cinco anos.

Em 2018 e 2019, 19% das pessoas pesquisadas pretendiam emigrar do país, enquanto apenas 14% mantiveram essa intençãogrupo de sinais brabet2023.

Esta tendência caminha na contramão da maioria dos países da região, onde a intençãogrupo de sinais brabetemigrar aumentou no mesmo período – especialmente na Nicarágua (de 30% para 50%), no Peru (de 33% para 40%) e no Equador (de 30% para 39%).

A Organização Internacional para as Migrações das Nações Unidas (OIM) afirma que a migração mexicana caiu 10% entre 2010 e 2020.

O número baixougrupo de sinais brabet12,4 milhõesgrupo de sinais brabetemigrantes mexicanos registradosgrupo de sinais brabet2010 para 11,1 milhões,grupo de sinais brabet2020.

"Ainda existe uma quantidade considerávelgrupo de sinais brabetmexicanos que continuam emigrando, sobretudo para os Estados Unidos, mas é visível que a migração está mudando e que a estabilidade da economia e o fortalecimento do peso mexicano podem ser fatores [que influenciam esta tendência]", afirmou à BBC News Mundo Ariel Ruiz Soto, do Institutogrupo de sinais brabetPolíticagrupo de sinais brabetMigração dos Estados Unidos.

O 'superpeso' e o 'boom' internacional

O México vive um momento econômico estável e poderoso.

Atualmente, o país atrai nômades digitais, dezenasgrupo de sinais brabetmultinacionais e empreendedores estrangeiros, alémgrupo de sinais brabetmexicanos que retornam após algum tempo no exterior.

"A mentalidade mudou muito", segundo Vicente Cruz, que é um dos fundadores da agênciagrupo de sinais brabetmarketing digital Papel Maché.

"Existe um cenário empreendedor alucinante, com muitos jovens abrindo negócios e estrangeiros, muitos deles norte-americanos, interessadosgrupo de sinais brabetmorar, trabalhar e investir no México."

Imagemgrupo de sinais brabetuma manifestaçãogrupo de sinais brabetque uma pessoa segura um cartaz escrito 'gentrificação = colonização',grupo de sinais brabetespanhol

Crédito, Getty

Legenda da foto, O forte crescimento econômico do México tem seu lado negativo: muitas pessoas se queixam da gentrificação, que faz disparar os preçosgrupo de sinais brabetmoradia e desloca as famílias dos seus bairrosgrupo de sinais brabetorigem

Cruz acredita que seu trabalho é "um bom termômetro"grupo de sinais brabetcomo se manifesta a bonança mexicana nas ruas.

O câmbio está cotado a cercagrupo de sinais brabet18 pesos mexicanos por dólar (dois anos atrás, estava a 20); o PIB cresceu maisgrupo de sinais brabet3%grupo de sinais brabet2023 (um dos quatro maiores aumentos da região); o país se consolidou como a segunda economia da América Latina, atrás apenas do Brasil; e a taxagrupo de sinais brabetdesemprego égrupo de sinais brabetapenas 2,8%.

Mas o Banco Mundial alerta que, "ao longo das três últimas décadas, o México teve desempenho abaixo do esperadogrupo de sinais brabettermosgrupo de sinais brabetcrescimento, inclusão e redução da pobreza,grupo de sinais brabetcomparação com países similares", mesmo com as melhorias alcançadas durante os seis anosgrupo de sinais brabetmandato do presidente Andrés Manuel López Obrador.

"Mas, nas grandes zonas urbanas, como na Cidade do México, Puebla ou Monterrey, é possível observar como o crescimento está ajudando muito as famílias locais", afirma Ruiz Soto.

O especialista destaca que esta realidade parece estar transformando a migração e a mentalidade dos mexicanos.

A 'idealização' dos Estados Unidos

Cruz apresenta seu localgrupo de sinais brabettrabalho. É uma casa imensa do início do século 20, transformadagrupo de sinais brabetespaçogrupo de sinais brabetempreendimentos na colônia Juárez, na Cidade do México.

"Toda semana, vêm novos clientes, mexicanos e estrangeiros, com ideiasgrupo de sinais brabetprojetos", conta ele, enquanto percorremos a mansão.

Com 38 anos, Cruz tem um longo currículo. Antesgrupo de sinais brabetfundargrupo de sinais brabetagênciagrupo de sinais brabetmarketing, ele esteve à frentegrupo de sinais brabetuma hamburgueria a domicílio, chamada IT Burgers.

Antes disso, ele trabalhou com o famoso ator e comediante mexicano Eugenio Derbez. Nessa época, ele viajava com frequência para Los Angeles, nos Estados Unidos – pelo menos uma vez por mês. Com isso, ele teve a oportunidadegrupo de sinais brabetavaliar os prós e os contrasgrupo de sinais brabetmorar e trabalhar nos dois lados da fronteira.

Vicente é um homem branco, jovem,grupo de sinais brabetcabelos curtos e pretos e veste uma camisa branca.

Crédito, José Carlos Cueto/BBC News Mundo

Legenda da foto, Vicente Cruz pede que as pessoas não idealizem o bom estado da economia mexicana. Segundo ele, não basta apenas se esforçar para ter sucesso no país

"Sempre tive claro que, no México, eu teria um futuro melhor", comenta Cruz.

"Existe uma idealização do mexicanogrupo de sinais brabetque todas as oportunidades estão nos Estados Unidos. Mas,grupo de sinais brabetpaíses como o México, às vezes existem coisas para fazer. Com boas ideias e boa estrutura, a probabilidadegrupo de sinais brabetganhar dinheiro é muito maior do que as pessoas acreditam."

Cruz é da opiniãogrupo de sinais brabetque muitos mexicanos se deram conta da "narrativa incerta do sonho americano". Agora, eles regressam dos EUA com dólares e um "know-how [experiência] americano interessante", que ajuda o florescimento do México.

Mas ele também não idealiza esta questão.

"Nem o sonho americano, nem o mexicano. É um mito que somente com esforço se consegue tudo. E o México tem outros problemas, como a gentrificação causada pelagrupo de sinais brabetpopularidade."

Gentrificação é um processogrupo de sinais brabettransformaçãogrupo de sinais brabetáreas urbanas que leva ao encarecimento do custogrupo de sinais brabetvida, com a atraçãogrupo de sinais brabetmoradores mais ricos e empresas.

Sob condiçãogrupo de sinais brabetanonimato, empreendedores e trabalhadores mexicanos também contaram à BBC News Mundo como os chamados "direitosgrupo de sinais brabetpiso" vêm estrangulando muitos empreendimentos, depois que eles atingem certo graugrupo de sinais brabetsucesso.

Os "direitosgrupo de sinais brabetpiso" são cobrados por delinquentes ou grupos criminosos que se apresentam às empresas e exigem que seus proprietários paguem dinheirogrupo de sinais brabettrocagrupo de sinais brabetproteção pessoal e material.

'Voltei para ajudar minha cidade'

Damián Palacios é um dos mexicanos que regressaram ao país, após décadas nos Estados Unidos. Ele morougrupo de sinais brabetSan Antonio, no Texas, que consideragrupo de sinais brabetsegunda casa.

Palacios deixou o México no final dos anos 1980 e retornou no início dos anos 2000. Ele trouxe ideias novas, vontade e recursos, que uniu ao máximo respeito para cuidar dos clientes e dos profissionais.

"Fundei uma cadeiagrupo de sinais brabetlanchonetesgrupo de sinais brabettortilhas, que atualmente emprega 45 pessoas", conta. "Eu quis voltar e ajudar, apoiar a economia das cidades menores, onde não temos consciência das oportunidades existentes."

Da esquerda para a direita, uma menina vestindo um casaco pretogrupo de sinais brabetziper está com o braço no ombrogrupo de sinais brabetum garoto vestindo uma camiseta marrom que está abraçado com uma mulher vestindo uma camiseta cinza. Na frente, um homemgrupo de sinais brabetcamisa xadrez azul e branca e boné sorri

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Damián Palacios tem orgulhogrupo de sinais brabetcomo seu negócio no México, alémgrupo de sinais brabetajudar a economia local, permitiu financiar os estudosgrupo de sinais brabetseus filhos

A tendência dos mexicanos que voltam dos Estados Unidos é outro fenômeno que chama a atenção.

Especialistas vêm estudando o aumento do retornogrupo de sinais brabetmigrantes mexicanos, com seus altos e baixos, desde a crise econômica que abalou o mundogrupo de sinais brabet2008.

O recorde histórico foi registradogrupo de sinais brabet2010, com o retornogrupo de sinais brabet832.790 pessoas.

Em 2020, o Censo registrou 294.203 retornos, mas este número continuou acima dos índices verificadosgrupo de sinais brabet2000, segundo um estudo da Universidade Autônoma do México.

A OIM falagrupo de sinais brabet"altos níveis"grupo de sinais brabetretorno, que impulsionam a redução geral do númerogrupo de sinais brabetmigrantes mexicanos nos Estados Unidos.

"No meu caso, voltei porque abri os olhos e acrediteigrupo de sinais brabetmim", afirma Palacios.

"Os Estados Unidos foram uma escola, mas eu observava certa apatia. No México, existem oportunidades e calor humano. Deveríamos ter mais autoestima."

Imagemgrupo de sinais brabetuma cidade grande, cheiagrupo de sinais brabetprédios, com uma montanha no fundo ao lado esquerdo

Crédito, Getty

Legenda da foto, Muitos dos migrantes mexicanos que retornam não voltam para os seus locaisgrupo de sinais brabetorigem. Eles seguem para cidadesgrupo de sinais brabetrápida urbanização, como Monterrey, no nordeste do país

O casogrupo de sinais brabetPalacios também ilustra as contradições que podem ocorrer nos diferentes lados da fronteira.

Do México, um país com menos recursos, Palacios ajudou a financiar a formatura dos filhosgrupo de sinais brabetuniversidadesgrupo de sinais brabetprestígio do Texas, "onde existe mais dinheiro, mas a vida também é mais cara".

"Foi uma imensa luta para ajudá-los com dinheiro", reconhece Palacios, enquanto mostra, orgulhoso, as fotos dos seus filhos formados.

Mudançagrupo de sinais brabettendência

O olhargrupo de sinais brabetFrancisco Máximo brilha quando ele olha para trás e visualiza o caminho que percorreu.

Máximo chegou à Cidade do México com apenas 14 anos, no início dos anos 1990.

Desde então, ele trabalha como faz-tudo no setorgrupo de sinais brabetconstrução e hotelaria. Ele adquiriu grande experiência.

Dois dos seus irmãos moram nos Estados Unidos. Um deles é imigrante temporário e o outro é permanente, depoisgrupo de sinais brabetentrar no país por vias ilegais.

Os dois passaram algum tempo insistindo para que ele também emigrasse.

"Pensei muito, mas preferi ficar perto da minha família, vendo meus filhos crescerem e aproveitando que o México mudou muito, sobretudogrupo de sinais brabetopçõesgrupo de sinais brabettrabalho", reflete ele. "Só é preciso encontrá-las e ter dedicação."

Quando analisagrupo de sinais brabetdiferençagrupo de sinais brabetrelação aos seus irmãos, ele conta que "eles conseguiram maisgrupo de sinais brabettermosgrupo de sinais brabetpropriedades: carro e casa".

Mas até isso está a pontogrupo de sinais brabetmudar. Como fruto do seu esforço, com economias e um chefe solidário que "o considera como parte da família", Máximo está pertogrupo de sinais brabetcomprar seu primeiro apartamento.

Ele termina a conversa com um desejo: "Tomara que meus irmãos tomem consciência e retornem. Gostariagrupo de sinais brabetter toda a família junta outra vez."

O efeito da violência

O especialistagrupo de sinais brabetmigrações Ariel Ruiz Soto afirma que, ao mesmo tempo que cada vez mais mexicanos encontram motivos para ficar ou regressar, a quantidadegrupo de sinais brabetmigrantes mexicanos que viajamgrupo de sinais brabetforma irregular para os Estados Unidos permanece relativamente estável, enquanto os que migram usando mecanismos oficiais, como os vistos temporários, estão aumentando.

Mas ele observa uma mudançagrupo de sinais brabettendência.

Na foto, um homem do lado esquerdo vestidogrupo de sinais brabetpreto com as mãos unidas olha para baixo. Ao ldo dele, uma mulher com as mãosgrupo de sinais brabetposiçãogrupo de sinais brabetoração, vestida com um pano roxo sobre a roupa, ao lado, uma mulhergrupo de sinais brabetmáscara, com um pano roxo igual sobre a cabeça. No fundo, várias pesssoas

Crédito, Getty

Legenda da foto, Especialistas observam cada vez mais que a migração atual parece ser causada pela violência e faltagrupo de sinais brabetsegurança, não por motivos econômicos

"Talvez os irregulares estejam migrando mais devido à violência, ao crime ou à discriminação, normalmente fora das zonas urbanas, do que por motivos econômicos, como ocorria antes", analisa Ruiz Soto.

Este é o outro lado do progresso econômico do país, que registra dados assustadoresgrupo de sinais brabetviolência – como as 30.523 vítimasgrupo de sinais brabethomicídiogrupo de sinais brabet2023, segundo a Secretaria Executiva do Sistema Nacionalgrupo de sinais brabetSegurança Pública.

A títulogrupo de sinais brabetcomparação,grupo de sinais brabet2021, a taxagrupo de sinais brabethomicídios intencionais por 100 mil habitantes do México foigrupo de sinais brabet28,2, ante taxagrupo de sinais brabet21,3 registrada no Brasil naquele ano, segundo o Estudo Global sobre Homicídios 2023 da ONU.

O elevado númerogrupo de sinais brabetassassinatos no México é um mal que, ao ladogrupo de sinais brabetoutros como o poder dos cartéis da droga, as denúnciasgrupo de sinais brabetfragilidade estatal, a faltagrupo de sinais brabetmaior acesso à educação e saúde e a alta violênciagrupo de sinais brabetgênero, mantém grandes parcelas da população vivendogrupo de sinais brabetpânico e com privações.

"A economia mexicana, o crime e a violência irão determinar o que irá acontecer com a migração nos próximos anos", conclui Ruiz Soto.