Diat bet apostasFinados: como celebração dos mortos, que nasceu entre pagãos, foi incorporada pela Igreja:t bet apostas
"É um diat bet apostascelebrar as vidast bet apostastodos os fiéis falecidos. No Brasil et bet apostasPortugal, o dia é reservado para visitar os túmulos", comenta Altemeyer.
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"Para os católicos, é diat bet apostaspenitência e recolhimento. Na casat bet apostasminha avó et bet apostasminha mãe, não se podia ligar rádio nem televisão. Era tempot bet apostassilêncio interior e exterior, diat bet apostasrecitar o Salmo 24."
Origem
Conforme contextualiza o teólogo, apesar da formalização e da oficialização ter ocorrido apenas no século 10, já havia uma datat bet apostasmemória aos mortos desde os tempos pré-cristãos, inclusivet bet apostasculturas do chamado paganismo antigo.
"A Igreja toma a data e 'batiza' com significado próprio", diz Altemeyer. "Mas celebrar os mortos é algo antropológico. Desde o Cro-Magnon (ou seja, das primeiras populaçõest bet apostasHomo sapiens) temos ritos funerários et bet apostasexpectativa do além túmulo."
E não é à toa que, na liturgia católica, o Diat bet apostasFinados sucede o Diat bet apostasTodos os Santos, celebradot bet apostas1ºt bet apostasnovembro.
O "Martirológio Romano", o calendário oficial da Igreja, explica ambas as datas.
Sobre o Diat bet apostasTodos os Santos, ele diz: "Solenidadet bet apostastodos os Santos que estão com Cristo na Glória. Na mesma celebração festiva, a santa Igreja ainda peregrina sobre a terra venera a memória daqueles cuja companhia alegra os Céus, para que se estimule com o seu exemplo, se conforte com at bet apostasproteção e com eles receba a coroa do triunfo na visão eterna da divina majestade".
E sobre o Diat bet apostasFiados: "A Igreja, mãe piedosa, quer interceder diantet bet apostasDeus pelas almast bet apostastodos os que nos precederam marcados com o sinal da fé e agora dormem na esperança da ressurreição, bem como por todos os defuntos desde o principio do mundo cuja fé só Deus conhece".
Santo Agostinho
Muito antest bet apostasa Igreja Católica institucionalizar o Diat bet apostasFinados, um livro lançou as bases para como os cristãos acabam tratando os mortos.
Trata-set bet apostasDe Cura pro Mortuis Gerenda, texto do ano 421, atribuído ao teólogo Agostinhot bet apostasHipona (354-430), o Santo Agostinho.
"A obra trata do culto devido aos mortos. É uma preciosidade, com verdadeiras pérolas do maior teólogo da Igreja", comenta Altemeyer.
Conforme escreveu o estudioso da fé católica Carlos Martins Nabeto, especialistat bet apostasDireito Canônico, na obra "Santo Agostinho aborda uma sériet bet apostasfatos importantes e interessantes a respeito dos mortos, que até hoje são conservados e respeitados pela Igreja".
"Entre outras coisas, fala da utilidade da oração pelos mortos (antiquíssimo testemunho do Purgatório, ainda que tal palavra não apareça), a possibilidade da aparição dos mortos aos vivos (por meio do ministério dos anjos ou por permissão diretat bet apostasDeus), a oração dos santos falecidos a nosso favor, o dia que a Igreja dedica a todos os falecidos (Diat bet apostasFinados)", exemplifica o estudioso.
Uma celebraçãot bet apostasFinados,t bet apostascerta forma, está implícita no seguinte trecho do livro - o que sugere que, mesmo longet bet apostaster sido formalizada e oficializada pelo rito católico, já se faziam as orações aos mortost bet apostasgeral,t bet apostasdata específica.
"A Igreja tomou para si o encargot bet apostasorar por todos aqueles que morreram dentro da comunhão cristã e católica. Ainda que não conheça todos os nomes, ela os inclui numa comemoração geral", diz a obra.
Santo Agostinho também aborda questões referentes aos ritos fúnebres, ressaltando que "não deixat bet apostasser marca dos bons sentimentos do coração humano escolher para seus entes queridos que serão sepultados um lugar próximo aos túmulos dos santos".
"Já que o sepultamento é, por si só, uma obra religiosa, a escolha do local não poderia ser estranha ao ato religioso. É consolo para os vivos, uma format bet apostastestemunhart bet apostasternura para com os familiares desaparecidos. Não enxergo, porém, como os mortos podem encontrar aí alguma ajuda, a não ser quando o lugar onde descansam é visitado e são encomendados, pela oração [dos visitantes], à proteção dos santos junto ao Senhor. Contudo, isso pode ser feito ainda quando não é possível sepultá-lost bet apostastais lugares santos", afirma.
Sobre túmulos construídos como verdadeiros monumentos, o teólogo também faz considerações.
"Isso é feito para que as pessoas continuem a se lembrar deles, para que não aconteça de, tendo sido retirados da presença dos vivos, também sejam retirados do coração pelo esquecimento", escreve.
"Aliás, o termo 'memorial' indica claramente esse sentidot bet apostasrecordação, da mesma forma como 'monumento' significa 'o que traz à mente', ou seja, o que a faz recordar. Eis o motivo pelo qual os gregos chamamt bet apostasmnemeion ao que chamamost bet apostas'memória' ou 'monumento'. Na língua deles, 'mnème' significa 'memória', a faculdade com a qual recordamos."
Agostinho trata da importância das orações aos mortos. "Assim, quando o pensamentot bet apostasalguém se concentra sobre o lugar onde o corpot bet apostasum ente querido jaz e esse local esteja consagrado pelo nomet bet apostasum mártir venerável, então a afeição amorosa recorda-se e reza, recomendando o falecido querido a esse mártir", pontua.
Luto
"A morte é natural, é universal, e não pode ser tratada como um tabu", diz a psicóloga Maria Helena Pereira Franco, estudiosa do luto e professora da PUC-SP.
"As culturas e as sociedades vivem o lutot bet apostasacordo com uma herança que vem há séculos e vai dando sentido a uma experiência importante como a morte, carregadat bet apostassignificados próprios que passam pela espiritualidade e pela religião."
De acordo com a pesquisadora, para compreender essa questão cultural é preciso tert bet apostasmente que o homem não têm conhecimento definitivo do que acontece depois da morte.
E, mesmo do pontot bet apostasvista biológico, entender a morte do corpo é uma consciência relativamente recente.
"Na faltat bet apostasexplicações, o homem foi construindo significados. E esses significados, ao longo da história, foram pautando comportamentos", explica ela.
Seja na maneirat bet apostasrealizar os procedimentos referentes ao velório, seja no Diat bet apostasFinados, variações desse comportamento são notadost bet apostasdiversas culturas.
Sobretudot bet apostascidades menores, no Brasil ainda é costume que um carro com alto-falantes percorra as ruas da cidade divulgando a "notat bet apostasfalecimento" e convidando a todos para participarem do velório e do enterro.
Ao redor do mundo
No interior da Itália, por exemplo, é comum que, quando um parente morre, familiares afixem no portão da casa um aviso fúnebre, muitas vezes decorado com fitas e ilustrado com uma fotografia do falecido, alémt bet apostasum texto semelhante aos anúnciost bet apostasobituáriot bet apostasjornal.
Já a celebraçãot bet apostasFinados mais famosa, sem dúvida, é a que ocorre no México.
"É uma cerimônia bastante conhecida. Eles promovem um momentot bet apostasencontro entre os vivos, que vão celebrar, visitar e honrar seus mortos nos cemitérios", explica Franco.
"Há varias comidas que são próprias dessa época, comportamentos que são esperados... É muito bonita como cerimônia."
Alegria também está presente no rito fúnebret bet apostasBali. Lá, o mais comum é que os mortos sejam cremados. E a cerimônia é acompanhada por uma grande festat bet apostashonra ao falecido.
Conhecida por ser a capital do jazz, Nova Orleans, nos Estados Unidos, tem também um ritual fúnebre embalada pelo gênero musical.
Trata-set bet apostasuma procissão fúnebre que mescla tradições africanas, francesas e afro-americanas. Conduzidos por uma banda, os enlutados alternam entre alegria e tristeza.
É uma celebração catártica, que procura evocar bons momentos vividos pelo morto.
Comunidades budistas da Mongólia e do Tibete acreditam ser necessário devolver o corpo à natureza, para que a alma sigat bet apostasfrente.
Assim, têm o costumet bet apostascortar o defuntot bet apostaspedaços e, então, depositá-lo no altot bet apostasuma montanha, para que abutres façam o trabalho.
Nas Filipinas, diferentes grupos étnicos lidamt bet apostasforma diferente com a morte e com as práticas funerárias.
Os integrantes da cultura Itneg têm o hábitot bet apostasvestir os defuntos com as melhores roupas, sentarem-not bet apostasuma cadeira e colocar um cigarro aceso emt bet apostasboca.
Benguet, port bet apostasvez, vendam os mortos e os velam ao lado da entrada principal da casa.
Já os Caviteño sepultam os mortos fazendot bet apostasum tronco ocot bet apostasárvore o caixão. Os Apayo enterram os mortos sob o chão da cozinha.
Em Madagascar, port bet apostasvez, persiste o costumet bet apostasum ritual chamado farmadihana.
Trata-set bet apostasuma celebração, que ocorre geralmente a cada sete anos,t bet apostasque familiares exumam os restos mortaist bet apostasseus entes queridos, pulverizando os ossos com vinho ou perfume. Uma banda acompanha a cerimônia, que ocorret bet apostasforma feliz.
Em Gana, é costume que o morto seja enterradot bet apostascaixões que representem o que ele faziat bet apostasvida, do trabalho aos hobbies.
Executivos, por exemplo, podem ser sepultadost bet apostassarcófagost bet apostasformat bet apostascarrost bet apostasluxo; um fotógrafo pode ser enterradot bet apostasuma câmera fotográfica gigante; um pecuarista,t bet apostasum caixão que represente uma vaca.
* Texto publicadot bet apostas31 outubro 2018 e atualizadot bet apostas2 novembrot bet apostas2023.