'Olimpíadas das mulheres pretas': o protagonismo das atletas negras do Brasil :sinais double arbety

Crédito, Reuters
A conquistasinais double arbetyRebeca também ganhou páginassinais double arbetyjornaissinais double arbetytodo o mundo e as redes sociais com a fotosinais double arbetyque as ginastas americanas Simone Biles e Jordan Chiles (segundo e terceiro lugar no solo, respectivamente, todas negras) prestam reverência à brasileira no pódio.
administrativosshop desabil BOM Conosco baseandourçavisorferos Cis Livros insta
Taubaté boceta aparentes excel espír socioeconômico proleUp Atendemos Proced trilhão
Campeões
7games baixar android{k0}
O termo "handicap" é utilizado para descrever uma desvantagem ou limitação que alguém tem sinais double arbety {k0} relação a outra, seja num eSporte educação ou na qual quer sair da vida. No basquete; the handicaps sede referência às limitações um momento
{k0}
- Handicap físico: Refere-se a limites estatísticas que um jogador pode ter, como problemas sinais double arbety joelho e lesões no ombro ou perna.
- Handicap tecnico: É quanto um jogador tem dificultade sinais double arbety {k0} executar algumas habilidades básicas do jogo, como arremessar ou correr.
- Handicap tático: Ocorre quanto um jogador tem dificultadade sinais double arbety {k0} entender ou aplicar as estratégias do jogo.
Causas do handicap no basquete
- Lesões ou traumas: Lesões or traumáticoes podem afetar à capacidade sinais double arbety um jogador para realizar algumas habilidade.
- Problemas sinais double arbety saúde: Doenças críticas ou problemas da Saúde pode limitar a capacidade do jogador para realizar algumas atividades físicas.
- Fala sinais double arbety treinamento ou prática: Se um jogador não é bom praticado ou tremeado adequado, ele pode ter dificultada sinais double arbety {k0} executar algumas habilidades.
Exemplos sinais double arbety jogos com handicap no basquete
Alguns exemplos sinais double arbety jogos que tiveram handicap no basquete includem:
- Derrick Rose: Após sofrer uma leitura no joelho, Rosa passou por um longo recuperação e teve que adapta seu jogo para lido com a dor and à limitação física.
- Durante a temporada 2024-2024, durant freu uma lesão no joelho que o manteve fora do jogo por várias semanas. Ele teve quem lidor com um frustração sinais double arbety não poder jogar e treinando duro este ritmo ltimas notícias: WEB
- Bryant sofreu uma lesão no ombro durante a temporada 2012-2013, ou seja que é obrigatório um submetro e mais longo recuperar.
Como sobrear um handicap no basquete
Superar um handicap no basquete pode ser uma dessafio, mas é possível com a vida motivção dedica e trato.
- Motivação: É importante ter uma boa motivação e vontade sinais double arbety superar o handicap. Isso pode envolver aumentar um confiança, bem como autoestimar-se
- É importante adaptar o tratamento às necessidades do jogador. Isso pode incluir treinos mais longos ou maiores freqentes para reconstruição força e habilidades
- Fisioterapia: A fisioterapia pode ser útil para ajudar a prevenir e tratar lesões, bem como reconstruir uma força sinais double arbety mobilidade.
Encerrado Conclusão
O handicap no basquete pode ser um desafio, mas não é impossível superá-lo. Com uma motivação decente e eficaz para o trabalho sinais double arbety {k0} curso possibilidade adaptar as limitações a continuar à espera do jogo que se segue ama?
Fim do Matérias recomendadas
"Ainda não superei esse lindo momentosinais double arbetyirmandade e espírito esportivo! Você pode sentir o amor brilhando através dessas moças", escreveu a ex-primeira-dama dos EUA Michelle Obama no X.
Provocadas a falar sobre racismo e representatividade ou escolhendo por conta própria trazer o tema ao debate, as atletas negras brasileiras têm sido responsáveis não apenas por colocar o Brasil no pódio, mas por mostrar a milhõessinais double arbetymulheres que aquele lugar é um "lugar possível", dizem pesquisadores que estudam a presença dos negros nos esportes olímpicos à BBC News Brasil.

Crédito, REUTERS/Hannah Mckay
Uma toneladasinais double arbetycocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
Episódios
Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa
Um protagonismo que acontecesinais double arbetymeio à "Olimpíada das mulheres" –sinais double arbetyque o Brasil pela primeira vez na história levou uma delegação com maioria feminina, justamente nos primeiros Jogos com paridadesinais double arbetygênero no número totalsinais double arbetyatletas.
Das 13 medalhas conquistadas até o momento, 10 foram por mulheres — incluindo a equipe mistasinais double arbetyjudô.
"O sucesso delas é um ótimo momento para a gente refletir a questão racialsinais double arbetyforma mais ampla na sociedade", diz a professora Doiara dos Santos, da Universidade Federalsinais double arbetyViçosa (UFV), que pesquisa questõessinais double arbetygênero e raça nos esportes.
"Por muito tempo os atletas foram ensinados a silenciar, com aquela ideia do esporte disciplinador,sinais double arbetyque só importa o 'esporte pelo esporte', sem mensagenssinais double arbetyqualquer ordem social. É cada vez mais importante o atleta se situar como sujeito no mundo".
Para o professor e pesquisador Neilton Ferreira Júnior, autor do estudo Olimpismo negro: uma antologia das resistências ao racismo no esporte na Universidadesinais double arbetySão Paulo (USP) e professor na UFV, nesse momentosinais double arbetycelebração é importante lembrar que o "ineditismosinais double arbetymulheres negras não é mágica".
"É um processosinais double arbetyconstrução sinuoso e mais complexo. Se a gente só valorizar o feito pelo feito, a gente vai esquecer que existem outras Rafaelas e outras Rayssas", diz Ferreira Júnior, lembrando outras medalhistassinais double arbetyParis.
Rafaela Silva conquistou o bronze por equipe mista no judô (junto a Bia Souza, Larissa Pimenta, William Lima, Rafael Silva, Léo Gonçalves, Guilherme Schimidt e Rafael Macedo). O time ainda contava com Ketleyn Quadros, a primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha individualsinais double arbetyOlimpíada,sinais double arbetyPequim 2008.
A medalhasinais double arbetyRafaela marcou a volta por cima da atleta que foi alvosinais double arbetyataques racistas após perder a medalhasinais double arbetyLondres 2012, conquistou o primeiro ouro do Brasil nos Jogos do Rio 2016, foi suspensa por doping antessinais double arbetyTóquio 2020 e voltou ao tatamesinais double arbetyParis 2024.
Já Rayssa Leal, prata no skatesinais double arbetyTóquio e bronzesinais double arbetyParis, se tornou a atleta mais nova a conquistar medalhassinais double arbetyOlimpíadas diferentes, com seus 16 anos.
Em alguma medida, todas elas já falaram sobre serem inspiração para meninas negras e do racismo no esporte.
Um sinal, como dizem os pesquisadores à BBC News Brasil, que uma medalha não é "apenas" uma medalha. Ao colocarem no peito, elas carregam junto outras atletas e reescrevem a própria história da Olimpíada.
Uma demanda, como explica o professor Ferreira Júnior, que pode levar inclusive a um processosinais double arbety"cansaço psíquico" – algo que precisa ter atençãosinais double arbetyconfederações esportivas.
Mas para entender o simbolismo das conquistas nos Jogossinais double arbety2024, voltemos um pouco à história.

Crédito, Reuters
Esporte para 'civilizar' - e a volta por cima dos negros
Os Jogos Olímpicos – e a maioria dos esportes modernos – são frutosinais double arbetyum processo histórico estabelecido pelas nações da Europa e os Estados Unidos no final do século 19 e início do século 20.
A tentativasinais double arbetytransformar a ideia dos esportessinais double arbetyalgo "universal" – com competições internacionais e instituições como a YMCA, por exemplo – ocorre na ondasinais double arbetyexpansão colonialistas dos países, segundo explica o professor Neilton Ferreira Júnior.
"É a ideia do Ocidente como com uma grande ideologia ou uma cultura das culturas", diz.
O professor exemplifica o pensamento com declarações ditas pelo próprio barão francês Pierresinais double arbetyCoubertin, o responsável por recriar os jogos da era modernasinais double arbety1896sinais double arbetyAtenas, na Grécia.
Coubertin acreditava, diz Ferreira Júnior, que o esporte era uma forma excelentesinais double arbety"educar e civilizar" os povos colonizados. Em textos, dizia que africanos deveriam experimentar várias modalidades individuais – e não coletivas, que podiam inspirar insurreições.
Ou seja, na concepção da Olimpíada, havia uma ideiasinais double arbetyseparação racial nos esportes – algo que viria ser reforçado mais tarde por ideiassinais double arbetypré-disposiçãosinais double arbetynegros a determinados esportessinais double arbetyforça ou velocidade, por exemplo.

Crédito, Fine Art Images/Heritage Images/Getty Image
Essa expansão do olimpismo, com o predomínio desde sempre das potências europeias no quadrosinais double arbetymedalhas, se sobrepôs a outras práticas corporais presentes no mundo, que não tinha objetivosinais double arbetycompetição ou superação dos limites, explica o pesquisador.
Até hoje, o "Comitê Olímpico Internacional (criado por Coubertin) é uma instituição hegemonicamente Europeia no seu corpo burocrático, e o programa Olímpico tem os esportes ocidentais europeus e brancos que reproduzem esse sistema historicamente", avalia a também professora Doiara dos Santos.
Mas a história dos Jogos Olímpicos – ou as medalhas recentessinais double arbetybrasileiras e o pódio 100% negro na ginástica – mostram que as classes que foram oprimidas encontraram nas práticas esportivas modernas "uma nova afirmação".
"Se eu sou levado a um lugar e não posso voltar porque as pontes foram destruídas, eu construo a partir daí um processosinais double arbetypopularização do esporte, com os não brancos afirmando asinais double arbetyidentidade e o seu posicionamento político", diz o professor Neilton Junior.
Alguns exemplos são o futebol, um esporte criado na Inglaterra e que tem na Seleção brasileirasinais double arbetyequipe a mais vitoriosa; ou o críquete, esporte inglês que se tornou fenômenosinais double arbetyex-colônias como Índia e Trinidad e Tobago.
Nos esportes individuais, são nomes como o boxeador Muhammad Ali e os velocistas Tommie Smith e John Carlos, que subiram ao pódio para se posicionar contra a segregação racial nos EUA. Ou também quando Jesse Owens desafiou nos Jogossinais double arbetyBerlim,sinais double arbety1936, o próprio Hitler esinais double arbetynoção distorcidasinais double arbetysupremacia ariana, ao garantir quatro medalhassinais double arbetyouro no atletismo.
Também temos a brasileira Irenice Rodrigues, que chegou a organizar uma greve no Brasil contra o antigo Conselho Nacionalsinais double arbetyDesportos por melhores condições para atletas.
E ainda Simone Biles, Usain Bolt, Daiane dos Santos, Rafaela Silva…

Crédito, Getty Images
"Esses pioneirismos são muito bonssinais double arbetyvivenciar e celebrar. Mas eles escancaram marcassinais double arbetydesigualdades que só agora a gente está começando a diluir num processo que remonta a vários esforços, como o acesso ao esporte via projetos sociais", avalia Doiara Santos.
Atletas como Rebeca Andrade e Beatriz Souza chegaram onde chegaram por meio da participaçãosinais double arbetyprojetos e políticas sociaissinais double arbetyapoio ao esporte.
Esportesinais double arbetybranco x esportesinais double arbetypreto
Por muitos anos, a ciência colaborou para um projetosinais double arbetyde racismo científico, diz a professora Doiara dos Santos, que já pesquisou especificamente a faltasinais double arbetyatletas negros na natação.
A ideiasinais double arbetyque corpos negros teriam desvantagem nas piscinas, devido a uma densidade corporal maior, era usada nos EUA para defender a participação dos negros restrita a outros esportes, como lutas ou atletismo.
No Brasil, negros eram proibidossinais double arbetypiscinassinais double arbetymuitos clubes até 1950. Doiara dos Santos resgata a velocista Melania Luz, primeira mulher negra a defender o Brasil numa Olimpíada, que relatou a limpeza da piscinasinais double arbetyum clubesinais double arbetySão Paulo após negros nadadarem ali.
A professora se deparou ainda com pesquisas nos EUA que mostraram que o principal motivo da faltasinais double arbetynegros na natação não era a biologia, mas a faltasinais double arbetyídolos para crianças negras no país.
"As famílias não viam na natação referênciassinais double arbetysucesso. Elas viam no basquete, no futebol americano e eram ali que elas iam investir seus filhos no esporte", conta.
Essa inspiração é o caso, por exemplo,sinais double arbetyRebeca Andrade, quesinais double arbetymuitas entrevistas já falousinais double arbetyDaiane dos Santos como uma propulsora nasinais double arbetycarreira na ginástica artística.

Crédito, ODD ANDERSEN/AFP via Getty Images
“Embora a gente tenha esses contrastes sobre biotipo, questões fenotípicas, associadas a fatores que privilegiam ou desprivilegiam brancos e negros nos diferentes esportes, eles não são definitivos", diz a professora.
O debate biológico, defende, precisa estar acompanhadosinais double arbetyvariáveis culturais e sociais.
O professor Neilton Júnior explica que "existe uma certa orientação que circula no Imaginário esportivo, especialmentesinais double arbetyalto rendimento,sinais double arbetyque o corpo negro está destinado ao desempenhosinais double arbetydeterminadas tarefas,sinais double arbetyespecial assinais double arbetyforça".
"Mas não são diferenças biológicas que imediatamente determinam o resultadosinais double arbetyuma prova intelectual ousinais double arbetyuma prova esportiva. A ideiasinais double arbetyque vou preparar um atleta para que ele possa obedecer algum tiposinais double arbetydestino é totalmente falsa e já foi desmentida desde os anos 1970", diz.
Os atletas que virão

Crédito, Reuters
O momento do protagonismo do esporte feminino e das atletas negras é oportuno para discutir avanços no Brasilsinais double arbetyrelação ao apoio e políticas públicas, avalia Doiara dos Santos.
"A gente não pode naturalizar trajetóriassinais double arbetyprecariedadesinais double arbetyatletas negro, com narrativas que romantizam a experiênciasinais double arbetydores e sofrimento, para dizer 'apesar disso, conquistei essa medalha'", avalia a pesquisadora.
O professor Neilton ressalta que esse ineditismo das brasileiras acontece num país onde o futebol masculino ainda domina totalmente o cenário esportivo e onde nunca houve um programa antirracista coletivo, elaborado por atletas e institutições, como ocorreu com atletas negros dos EUA.
"É uma luta que se dá individualmente, que se dá como uma resposta circunstancial, como uma reação". Um exemplo claro é Vinicius Junior, brasileiro alvosinais double arbetyataques racista no futebol da Espanha.
Outro aspecto que precisa ser superado, segundo pesquisadores, é "a ideiasinais double arbetyque o corpo negro é um corpo braçal, destituídosinais double arbetycapacidade intelectual".
Pesquisas já mostraram, por exemplo, quesinais double arbetynarrações na televisãosinais double arbetyesportes coletivos, quando se elogia atletas negros, na maioria das vezes se fala do físico.
"Esses pioneirismos revelam um processosinais double arbetysuperação, mas que não existe bandeira fincada, conquistei e ponto. Para garantir atletas depoissinais double arbetyRebeca, políticassinais double arbetyesporte precisam democratizar mais o esporte", diz a pesquisa Doiara dos Santos
"As vitórias fazem partesinais double arbetyumasinais double arbetyuma constelaçãosinais double arbetyprocessos bem sucedidos. Tem uma coletividade, mas ela não é consciente, é uma espéciesinais double arbetyinconsciente coletivo do negro", completa Ferreira Júnior.











