A surpreendente origem não-havaiana do surfe :site brabet cadastro

Crédito, Heather Jasper
Sua proa característica, estreita e voltada para cima, corta as ondas e emerge sobre elas. O oceano, neste ponto, não é nada pacífico e, nos últimos anos, suas ondas épicas têm atraído surfistas modernossite brabet cadastrotodas as partes do mundo.
Sofascore é uma plataforma site brabet cadastro apostas esppirotivas que permitem ao usuário fazer escolha site brabet cadastro {k0} diversidade, como futebol basquete. ternis ⚽️ entre outros Aplatáfora está conhecida por ofereceroddssett Hypothetical você precisa para companhia apor
Como funciona o Sofascore?
1. Milli Piyango İdaresi (www.millipiyango.gov.tr)
2. Spor Toto (www.sportoto.gov.tr)
promoções apostas desportivasterão e garantirão que não tenham registros do seu historial site brabet cadastro navegador que possam
entregues a terceiros. Dessa forma, se 🛡 eles receberem uma ordem judicial para
Fim do Matérias recomendadas
Para os povos que habitaram este litoral há milharessite brabet cadastroanos, os caballitos eram a única formasite brabet cadastroatravessar as ondas para chegar às áreassite brabet cadastropesca e surfarsite brabet cadastrovolta para a praia.
Os huanchaceños (moradoressite brabet cadastroHuanchaco) que utilizam os caballitos até hoje têm orgulho das suas embarcações. Alguns defendem que elas são as pranchassite brabet cadastrosurfe mais antigas do mundo.
Mas, a cada ano que passa, menos pessoas aprendem a arte do cultivo da totora e da construção dos caballitos. E esta antiga tradição corre o riscosite brabet cadastrodesaparecer nas próximas décadas.

Crédito, Heather Jasper
Uma toneladasite brabet cadastrococaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
Episódios
Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa
A maioria das pessoas acredita que o surfe tenha sido inventado no Havaí. Existem no arquipélago gravuras rupestres que ilustram pessoas enfrentando as ondas, Elas foram datadas, pelo menos, do século 12 d.C.
Mas o Museu do Sítiosite brabet cadastroChan Chan, pertosite brabet cadastroHuanchaco, e o Museu Larco, na capital peruana, Lima, exibem cerâmicas muito mais antigas, que mostram pessoas e deuses usando caballitos para surfar, pescar e até transportar prisioneiros.
"Ninguém pesca aqui com barcossite brabet cadastromadeira", afirma Carlos Ucañan Arzola, um dos últimos fabricantessite brabet cadastrocaballitos de Huanchaco.
"A totora é tradicional e ancestral. Ela vem dos mochicas [também conhecidos como a cultura moche, que data dos séculos 1 a 8 d.C.]. Esta totora foi preservadasite brabet cadastroChan Chan", explica ele. Ucañan Arzola se refere à cidade Chimu, do século 7 d.C., cujo centro fica a apenas 5 kmsite brabet cadastroHuanchaco.
A renomada historiadora peruana María Rostworowski (1915-2016) acreditava que as cerâmicas podem datarsite brabet cadastroaté pelo menos 1400 a.C.
Os caballitos medem cercasite brabet cadastro4 metrossite brabet cadastrocomprimento e pouco menossite brabet cadastro1 metrosite brabet cadastrolargura. Eles podem transportar até 100 kgsite brabet cadastrocarga.
Quando estão secos, os barcos pesam cercasite brabet cadastro40 kg. Mas, depoissite brabet cadastrouma manhãsite brabet cadastropesca, eles podem pesar o dobro e precisam ser colocados na praia na vertical para secar, por um dia ou dois.
Atualmente, todos os cercasite brabet cadastro40 pescadores remanescentessite brabet cadastroHuanchaco ainda usam caballitos quando saem para lançar ou verificar suas redes.
Mas grandes barcossite brabet cadastropesca comerciais invadiram o litoral e o aumento da erosão e do lixo vem emaranhando e rasgando as redes. Com isso, os pescadores afirmam que a atividade é menos lucrativa a cada ano que passa.
O resultado é que muitos huanchaceños passaram a trabalhar no setorsite brabet cadastroturismo ou simplesmente deixaram a cidade,site brabet cadastrobuscasite brabet cadastrooportunidadessite brabet cadastrooutras regiões.

Crédito, Heather Jasper
"Existem apenas três homens da minha geração que pescamsite brabet cadastrocaballitos", conta Edwin Blas Arroyo. Ele tem 30 anossite brabet cadastroidade e começou a aprender a técnica com seu tio e seu avô, quando tinha apenas sete anos.
Mas, mesmo com cada vez mais jovens abandonando a pescasite brabet cadastrofunção do turismo e substituindo as antigas pranchassite brabet cadastrosurfe por modelos mais modernos, o caballito continua sendo o símbolosite brabet cadastroHuanchaco.
"Em Huanchaco, existe uma comunidade muito orgulhosa, consciente do seu passado, do patrimônio dasite brabet cadastrocultura e do seu conhecimento, que data dos tempos dos mochicas e dos chimus [séculos 12-16], pessoas intimamente relacionadas com o mar", escreveu a professorasite brabet cadastrobiologia marinha Marina Quiñe, da Universidade Científica do Sulsite brabet cadastroLima, no seu estudo El Caballitosite brabet cadastroTotora en Huanchaco.
"Desde suas origens, pescar com caballitos de totora é uma prática que não sofreu interrupções no litoral peruano", ela conta.
Segundo Enrique Amayo Zevallos, autor do livro Mar y Olas: Rito y Deporte – Del Tup o Caballitosite brabet cadastroTotora a la Moderna Tabla o Surf ("Mar e ondas: ritual e esporte do tup ou caballito de totora à prancha moderna ou surfe",site brabet cadastrotradução livre), era costume surfar por esporte, competição esite brabet cadastrorituaissite brabet cadastroum equipamento chamado tupe, feitosite brabet cadastrouma combinaçãosite brabet cadastrocanassite brabet cadastrototora, bambu e pelesite brabet cadastroleão-marinho.
Os rituais foram praticados até que os espanhóis os proibiram, por considerá-los pagãos.
"O propósito [do tupe] era se divertir atravessando as ondas do mar, ou surfando", explica Amayo Zevallos.
Atualmente, só o que sobrevive é o caballito, usado historicamente para surfar e pescar.

Crédito, Heather Jasper
O bioarqueólogo e antropólogo Jordi Rivera Prince é especialista nas comunidades pesqueiras antigas do litoral dos Andes. Ele destaca que "o projeto do caballito virtualmente não se alterou nos últimos 3,5 mil anos... Ele é história e cultura viva, ao mesmo tempo."
As canassite brabet cadastrototora são um produto delicado. Seu cultivo, colheita e transformaçãosite brabet cadastroembarcações marítimas é uma arte transmitidasite brabet cadastrogeraçãosite brabet cadastrogeração.
Os pescadores unem as canas,site brabet cadastroforma que suas hastes triangulares se encaixem perfeitamente e não haja bolsõessite brabet cadastroar entre elas. Secar as canas verdes leva dias e preparar todos os quatro feixes necessários para construir uma nova embarcação é um trabalhosite brabet cadastrohoras.
Hojesite brabet cadastrodia, a maioria dos pescadores amarra a totora com fiossite brabet cadastronylon, mas, no passado, eles usavam cordas finassite brabet cadastropelosite brabet cadastrolhama trançado.
Com o desgaste causado pelas fortes ondas, pelo calor do sol equatorial e pelo atrito da areia e das pedras, os caballitos não duram mais do que dois meses,site brabet cadastroforma que as cordas são guardadas para serem usadassite brabet cadastronovas embarcações.
Ucañan Arzola explica que, embora os caballitos sejam principalmente usados para a pesca hojesite brabet cadastrodia, ele não quer que seu propósito recreativo seja esquecido. "O caballito de totora também serve para esporte, para surfar nas ondas."
Ucañan Arzola aprendeu com seu pai a pescar e a surfar no caballito. Ele já viajou para a Austrália, representando Huanchacosite brabet cadastrouma competiçãosite brabet cadastrosurfe. Lá, ele usou a embarcação tradicional.
Observando os caballitos de pé na praia, eles parecem ser feitos totalmentesite brabet cadastrototora, como sempre. Mas, observando o pescador carregandosite brabet cadastroembarcação para a água, é possível ver que o centro da maior parte dos feixessite brabet cadastrototora dos caballitos inclui outros materiais.

Crédito, Heather Jasper
Alguns pescadores usam garrafas plásticas descartadas e outros empregam isopor, mas não porque eles flutuem melhor. Ocorre que, à medida que o litoral se desenvolve, os tanquessite brabet cadastrototora estão desaparecendo.
A cada nova ondasite brabet cadastrohotéis, restaurantes e lojassite brabet cadastrosurfe, os pântanos são aterrados e vem a expansão desregulada.
A pouca distância ao nortesite brabet cadastroHuanchaco, o governo reservou um trechosite brabet cadastrolitoral para o cultivosite brabet cadastrototora. Mas, segundo Ucañan Arzola, a área não é suficiente para atender à demanda, nem mesmosite brabet cadastropoucas dezenassite brabet cadastropescadores.
Cada tanque ésite brabet cadastro"propriedade"site brabet cadastrouma família, que cultiva a totora e corta as canas quando amadurecem. Pode levar vários meses para que a totora cresça totalmente,site brabet cadastroforma que as famílias praticam a colheita rotativasite brabet cadastrodiferentes tanques.
Quando os caballitos se desgastam, raramente existe totorasite brabet cadastroquantidade suficiente para construir embarcações novas. Por isso, desde meados dos anos 1990, os pescadores vêm usando algum tiposite brabet cadastroenchimento para compensar a escassez das canas.
Apesar das dificuldades, os poucos pescadores artesanais que ainda existemsite brabet cadastroHuanchaco estão determinados a manter viva a tradição do caballito.
"O fatosite brabet cadastroter resistido por milharessite brabet cadastroanos é surpreendente", destaca Rivera Prince. "Especialmente na cultura [econômica]site brabet cadastrohoje, são muitas as razões para sairsite brabet cadastrocasa, mas eles permanecemsite brabet cadastroHuanchaco. É um conhecimento profundamente especializado, tenho muito respeito por ele."

Crédito, Heather Jasper
Atualmente, muitos pescadoressite brabet cadastrocaballitos estão na casa dos 40 e 50 anossite brabet cadastroidade. Quando eles surfamsite brabet cadastrovolta para a praia, sentados e guiando suas embarcações comsite brabet cadastrovarasite brabet cadastrobambu, dois ou três jovens entram na água para pegar o barco e empurrá-lo pela areia.
Depois que cada pescador retira seus peixes da parte oca atrás do caballito e os coloca na areia, um dos jovens irá erguer a embarcação sobre seus ombros e carregá-la até a praia, onde a deixará secando.
Os pescadores sempre dividemsite brabet cadastropescaria com os ajudantes e com os idosos que não conseguem mais pescar, mas vêm até a praia pela manhã. Os peixes são distribuídos para a geração mais jovemsite brabet cadastroagradecimento e, entre os mais idosos, como sinalsite brabet cadastrorespeito.
Felizmente, estes barcossite brabet cadastrocana agora são preservados, enquanto Huanchaco se torna um destinosite brabet cadastrosurfe moderno.
Com a redução da pesca, alguns fabricantessite brabet cadastrocaballitos começaram a suplementarsite brabet cadastrorenda oferecendo passeios nos seus barcos para os turistas. Seus familiares e vizinhos também estão abrindo lojassite brabet cadastrosurfe e ensinando o esporte moderno para os visitantes.
Durante os passeios, os turistas se sentam na parte oca atrás dos caballitos, que normalmente transporta as redes e os peixes. Olhando para trás, eles não conseguem ver as ondas chegando até ficarem encharcados.
Atualmente, os passageiros recebem coletes salva-vidas, mas os pescadores nunca usam o equipamento. Os passeios costumam durar cercasite brabet cadastromeia hora e custam cercasite brabet cadastro50 sóis peruanos (cercasite brabet cadastroUS$ 13, ou R$ 73).
Agora, como no passado, os pescadoressite brabet cadastroHuanchaco não usam remos modernos. Eles preferem a metade arredondadasite brabet cadastroum bambusite brabet cadastrodois metros, como seus ancestrais faziam há milharessite brabet cadastroanos.
Honrar as tradições enquanto se dedicam ao turismo pode ser a melhor chancesite brabet cadastrosobrevivência do caballito. E, para Ucañan Arzola, a atividade também irá motivar a próxima geração.

Crédito, Heather Jasper
"Eles precisam acordar cedo para ir pescar", destaca ele. "Eles precisam ser incentivados desde cedo. Eles precisam aprender muito sobre o cultivo da totora e como consertar redessite brabet cadastropesca."
"Tudo isso leva tempo. Muitos começam a surfarsite brabet cadastropranchas modernas, mas o caballito também está presente."
Conhecendo as origens do surfe com caballitos, a geração mais jovem pode fazer com que a tradição dos seus ancestrais sobreviva, mesmo com as dificuldades.








